Fanfics Brasil - Ucker - parte 4 Mais que um amigo (Vondy) - Terminada

Fanfic: Mais que um amigo (Vondy) - Terminada


Capítulo: Ucker - parte 4

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Novembro tinha chegado, e o dia 11, sábado, dia do Baile de Boas-Vindas, amanheceu frio mas ensolarado. Na sexta à tarde já tinha preparado tudo para a festa: minha mãe me ajudara a escolher um buquê de rosas vermelhas para Angelique, eu tinha mandado meu único terno para a lavanderia e até mesmo lavara o meu carro. Estava tudo arrumado.
Como Kuno era um jogador e Karla a líder de torcida, Angelique e eu fomos sozinhos ao jogo dos Raiders. Depois voltaríamos para casa para trocar de roupa, e todos nos encontraríamos por volta das nove horas. Ainda não estava muito contente por ter a companhia de Kuno e Karla, mas já estava mais conformado com a idéia.
Chegando ao estádio, Angelique quis sentar nas arquibancadas em frente às garotas da torcida.
— Vamos sentar aqui — ela pediu. — Assim podemos ver todos os nossos amigos.
Ela acenou para Karla, que respondeu chacoalhando um pompom vermelho.
Vi Christian sozinho em um canto e fiz sinal para ele vir se sentar conosco. A expressão de desolação que ele tinha não era normal.
Angelique ficou em pé e deu um abraço nele, que em seguida sentou-se.
— Oi, Chris, como vai?
Ele coçou a cabeça e esfregou o rosto, o que fez as bochechas ficarem vermelhas.


— Para falar a verdade, já estive melhor.


Aparentemente Angelique nem ouviu sua resposta.
— Então, quem você vai levar ao baile?


Chris balançou a cabeça negativamente.
— Eu não vou ao baile.
— Pensei que você fosse convidar a Rachel Hall — disse eu.
Ele andara criando coragem durante uns dois dias e tinha jurado que ia pedir a Rachel na sexta-feira depois das aulas.
— Eu achei que ela não iria gostar. Ficaria parecendo que eu achava que ela não tinha conseguido um acompanhante.
— Rachel Hall? Aquela garota desajeitada da biblioteca?


Dei uma cutucada nas costelas de Angelique. Ela era bonita e inteligente, mas diplomacia não era o seu ponto forte.
— Eu acho ela uma gracinha — falei. Chris fez que não se importava.
— Acho que Angelique está certa. Afinal o que eu tenho em comum com uma garota que trabalha numa biblioteca?
— Não acho que vai querer sair com ela. Tenho certeza de que você pode conseguir alguém muito mais popular.
— Dulce gosta de Rachel — comentei. — Elas estavam na mesma turma de inglês no ano passado, e as duas viviam conversando sobre livros.
Atirei um olhar para Angelique tentando fazer sinal para que ela deixasse Chris em paz. Rachel era a primeira garota por quem ele manifestava interesse, e não me agradava ver Angelique colocando pedras em seu caminho.
— Bem, o fato de Dulce gostar não quer dizer muita coisa. Ela não é exatamente a pessoa mais por dentro do que acontece no colégio.
A voz dela era suave, mas as palavras fizeram meu estômago revirar.
— O que você quer dizer?
Quase esquecera que Chris estava sentado perto de nós. Minha atenção total se voltava para Angelique.
— Bem, duvido que Dulce seja popular entre a turma do último ano. Ela é legal, mas...
Angelique deixou uma interrogação no ar como se tivesse dito tudo que há para dizer sobre Dulce.
— Mas o quê? Dul não fica de papo-furado com a turma por que tem um monte de coisas muito melhores para fazer. Como, por exemplo, dançar. Ou escrever. Ou passar uma parte de seu tempo conversando comigo.


Sabia que soara meio irritado, mas não deu para segurar. Se havia uma coisa que me tirava do sério era ouvir alguém falando mal de Dulce. Eu poderia discorrer por horas sobre todas as coisas que ela faz que me perturbam, mas quando alguém falava mal dela eu perdia a linha.
— Desculpe, Ucker. Eu só quis fazer uma simples observação.


Pareceu que Angelique tinha ficado sentida, e na hora achei
que talvez tivesse jogado pesado demais com ela. Afinal este é um pais livre. Ela podia falar o que quisesse. Além do mais, Dulce não precisava de que eu a defendesse.
— Desculpe — disse eu, arrependido. — Acho que só estou sendo superprotetor em relação a Dulce Maria. Chris sabe o que quero dizei, não é?
Virei-me para a esquerda, esperando que Chris confirmasse. Mas ele não estava mais ali. Ainda deu para vê-lo caminhando em direção às numeradas.
— Tudo bem, esquece — disse Angelique colocando a mão em meu joelho. — Tenho certeza de que a gente pode se divertir bastante com outras coisas e não precisamos ficar falando de Dulce.
Concordei em silêncio e coloquei meu braço em seus ombros.
— Concordo plenamente. Vamos falar de nós mesmos.


Enquanto Angelique comentava sem parar de como eu iria gostar de seu vestido de baile, eu olhava disfarçadamente para as arquibancadas.
A nossa direita e algumas fileiras acima, Dulce estava sentada com Derrick. Eles tinham um grande cobertor xadrez enrolado em volta deles, e não dava para ver se ela e o Cara-de-Panaca (era assim que chamava  em meus pensamentos) estavam de mãos dadas. Não que me importasse. Porém, de um ponto de vista social, achava muito interessante observar Dulce se comportando de um modo totalmente contrário ao que era normal para ela. Em outras palavras, estava curioso.


Maite Perroni tava sentada atrás deles. Com certeza o cara ao lado dela era o seu par para o baile, mas eles se sentavam a um metro um do outro. Maite tinha uma tremenda cara de pouco-caso, e não consegui segurar a risada. Dulce me contara sobre Maite e o sutiã milagroso, e então eu me esforcei para conseguir dar uma boa olhada nela. Pelo que pude ver, parecia igual ao de sempre. Mas também ela vestia um casaco grosso, e por isso anotei mentalmente para conferir mais tarde, durante o baile.
Olhei meio sem querer para Dulce. Estava morto de curiosidade para saber o que se passava debaixo daquele cobertor xadrez.
Nessa mesma hora Dulce olhou para mim. Ela arregalou os olhos e em seguida desviou o olhar. Senti meu rosto avermelhando. Ela teria achado que eu a estava encarando?
A voz de Angelique cortou meus pensamentos.
— Meu pai disse que hoje posso ficar duas horas a mais do que o normal. Não é legal?
Cheguei mais perto de Angelique e dei um abraço grande e apertado nela.
— Legal! Muito legal mesmo!
— Eu sei. Especialmente porque vai ter uma festinha particular depois do baile e é só para convidados, mas tenho certeza de que vou estar na lista.
Concordei em silêncio, virando meu rosto em direção a Dulce. Nossos olhares se cruzaram brevemente e ela se mexeu. O cobertor escorregou do seu colo, e finalmente pude ver que ela e o Cara-de-Panaca estavam mesmo de mãos dadas.
Fechei os olhos imaginando se ela sentia tanto quanto eu que encontrar o verdadeiro amor era assim tão difícil. Por alguma razão achei que no caso dela, não.


 



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Autor(a): narynha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 801



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  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:48

    <3

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:39

    A

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:28

    T

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:23

    I

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:17

    E

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:11

    F

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:15:03

    R

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:14:53

    E

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:14:46

    P

  • lalavdlove Postado em 11/11/2015 - 21:14:32

    Simplesmente... perfeita


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