Fanfic: -----Vai Sonhando!?----- Vondy | Tema: Vondy

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Enquanto Dulce conversava a sós com Israel no

quarto da Casa della Nonna, Ucker se sentou com

os menores em volta de uma mesa para desenhar.

Sempre tinha gostado de estar com crianças e todas

ali faziam de tudo para ficar com ele. Suhaila se

sentou ao seu lado e, enquanto os outros lhe

mostravam seus desenhos, ela apertou sua mão.

— Meu irmão fez coisa errada?

— Não, linda.

— Então por que a Dul tá brava? Ela nunca fica

brava.

Através do vidro da porta, ele observou como

Dul, sentada de frente para Israel, falava com

expressão séria e gesticulava muito. O jogador

desviou os olhos para a menina e explicou:

— Dul não está brava. Só está preocupada com

seu irmão.

Séria, Suhaila olhou para o vidro da porta, depois

aproximou o rosto do ombro dele e cochichou:

— Não quero que a Dul brigue com a gente.

Ela é muito boa e…

Ucker se comoveu com o biquinho que a

menina fez e a colocou no colo, sussurrando ao

segurar seu queixo:

— Ei… não quero que minha garota chore, tá?

— A criança fez que sim e ele insistiu ao ver seu

rosto: — Juro que Dulcenão está brava, acredite

em mim, tá? — reforçou ele ao ver que ela não estava

muito convencida.

— Você jura?

— Juro.

Ouvindo aquilo, a menina sorriu.

— Gosto de ser a sua garota — respondeu

Suhaila, dando um beijo no rosto dele, apertando sua

mão com força.

Ucker ficou sem palavras, comovido pelo

contato, e aceitou o beijo, sorrindo. Aquela

mãozinha buscando refúgio na sua o encheu de

ternura de tal forma que ficou com pena de ter que

soltá-la quando Dulceterminou a conversa com

Israel e tiveram que ir embora.

Ao sair, Dulceprestou atenção em como

Ucker olhava para a menina e isso tocou seu coração.

Via pena em seu olhar, uma pena que ela nunca

desejou demonstrar.

Suhaila soltou Ucker quando a viu e foi se

enroscar em suas pernas. Dulcelogo a pegou no

colo.—

Ucker jurou que você não estava brava com a

gente. Dulcee Ucker trocaram um rápido olhar e ela

respondeu:

— Mas claro que não, querida, só estou

preocupada, não quero que aconteça nada com vocês.

A menina olhou para o jogador, que deu uma

piscadinha, e disse instantes depois:

— Sabia que sou a garota do Ucker?

— Não me diga! Não sabia disso. Ipi… ipi…

hurra! — respondeu Dulela, com jeito divertido.

— E sou a garota porque a namorada é você, não

é?

Ouvindo aquilo, o rosto de Dulcemudou e,

olhando para o jogador que tinha se surpreendido

tanto quanto ela com o comentário, murmurou:

— Não, meu bem, não sou a namorada dele, sou

só uma amiga.

Quinze minutos depois, por fim, puderam

convencer a menina.

— O que aconteceu com Israel? — perguntou

Ucker quando saíram do abrigo.

Dulceapertou as chaves do carro com força e

olhou Ucker fixamente.

— Um imbecil do colégio se meteu com ele.

— Do que você está falando?

— Parece que hoje eles conversaram na escola

sobre o que querem ser no futuro. Israel disse que

queria ser médico pra curar a irmã. Pois bem, na

saída, um menino com quem ele não se dá bem disse

que ele nunca poderia ser médico porque era um

morto de fome — respondeu Dulela, furiosa com

aquele tipo de injustiça.

— Como?! — espantou-se Ucker.

Entraram no carro e, colocando o cinto de

segurança, Dulcecontinuou:

— As crianças são muito cruéis e, quer a gente

goste ou não, existem alguns obstáculos que Israel e

meninos como ele têm que superar. Sempre vão

existir pentelhos ou filhinhos de papai para falar que

eles não são ninguém pra lutar e realizar seus sonhos.

Por isso Israel chegou irritado hoje do colégio. Ele se

esforça pra tirar boas notas e tentar realizar seu sonho,

mas então…

Ucker se assustou ao ver os olhos de Dulcese

enchendo de lágrimas e a abraçou, oferecendo

consolo. Assim que sentiu que a respiração dela se

normalizou, ele a soltou e, sem falar nada, ela deu

partida no carro.

Com o rosto menos tenso, Dulcedirigiu até a

casa dele. Quando chegaram à porta, ela parou.

Ucker olhou para ela e perguntou: