Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

-Um par de semanas -respondeu Frank -Pode ser um pouco mais. A Ford já não fabrica esse modelo e temo que vou ter problemas para conseguir determinadas peças -concluiu seguindo Christopher até o abrigo que utilizavam para arrumar a maquinaria.
Christopher se deu conta de repente que o fato de que Dulce tivesse que ficar, no mínimo duas semanas, o agradava.
Sacudiu a cabeça e se disse para consultar um psicólogo.
-Faz tudo o que possa, Frank -disse.
-Você é o chefe -respondeu o outro homem -Mas se este carro fosse meu, te asseguro que não me incomodaria em arrumá-lo.
Enquanto Frank ia chamar um par de oficinas, Christopher abriu a porta do carro de Dulce e tirou duas malas velhas e uma bolsa com utensílios de bebê.
Dulce não ia achar nenhuma graça no rumo que tinham tomado as coisas. Por um lado, era óbvio que não ia ter dinheiro para arrumar o carro e, por outro, aquilo de ter que ficar no Lonetree durante um período de tempo indefinido não ia gostar.
Christopher voltou a sentir um grande alívio e amaldiçoou a si mesmo. O longo e frio inverno de que acabavam de sair devia ter sido muitíssimo mais longo e muitíssimo mais frio do que recordava.
Disse que o último queria na vida era uma mulher e um bebê.
-Tem certeza que está tão mal? -perguntou Dulce -Quando vim de Sacramento, estava bom -acrescentou com o cenho franzido -Fazia um ruído estranho, mas o motor funcionava.
Christopher provou o sandwich que tinha diante e assentiu.
-Não é uma questão do motor aguentar ou não. Pelo visto, está claro que não vai aguentar. Poderia andar cem quilômetros mais, mas também poderia romper-se ao sair daqui.
-Agora mesmo, não posso permitir arrumá-lo -disse Dulce deixando o sandwich sem tocar no prato.
Segundos antes, o sandwich de carne assada com queijo lhe tinha parecido delicioso, mas depois de ouvir o que Christopher havia dito sobre o carro tinha lhe tirado a fome.

-Não se preocupe com isso -respondeu Christopher e tomou um gole de chá gelado.
-Não te atreva a fazê-lo -advertiu-lhe Dulce.
-A fazer o que?
-Sabe perfeitamente ao que me refiro -respondeu Dulce sacudindo a cabeça -É meu problema e eu o solucionarei. Já pagou a fatura do hospital porque não pude impedir mas, não vou consentir que pague a reparação de meu carro.
Christopher a olhou com exasperação.
-Já disse ao Frank que vá procurando as peças que necessita.
-Pois lhe diga que deixe de fazê-lo -respondeu Dulce com energia -Arriscarei que caia o motor pela estrada, mas agora não posso me permitir o luxo de arrumar esse carro.
-Não diga tolices, Dulce -disse Christopher olhando-a aos olhos -E se alguma coisa acontece com o menino? Não pode te pôr na estrada com um bebê tão pequeno e arriscar-se desse jeito. Por aqui não vive muita gente, assim às vezes transcorrem horas até que passe outro carro pela mesma estrada que você.
Dulce sentiu que lhe encolhia o coração. Christopher tinha razão. Não se podia arriscar a conduzir um carro tão quebrado com o Lui no interior.
-Está bem -respondeu aceitando a derrota -Que arrumem o carro, mas com uma condição: que me deixe te devolver o dinheiro.
-Não me preocupa o...
-A mim sim -interrompeu Dulce -Quando meu pai nos deixou, minha mãe teve que lutar muito para ter uma casa e comida. Não foi fácil, mas conseguiu sem a ajuda de ninguém, e eu penso fazer exatamente o mesmo -explicou levantando-se e guardando seu sandwich na geladeira -Sei que o faz com boa intenção, mas é algo que tenho muito decidido. Não é nenhum segredo que estou passando por uma má fase, mas é temporário. Assim que o médico diga que posso voltarei a trabalhar, procurarei trabalho e te devolverei o dinheiro -disse indo para a porta -Tem governanta ou cozinheira? -perguntou de repente.

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bjix da Naty