Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

Selou seu cavalo preferido e pensou que tudo aquilo não tinha nenhum sentido. Afinal, conhecia a Dulce há só três dias. Sim, mas o certo era que cada vez sentia com mais força a necessidade de ajudá-la e a seu filho e que, cada vez que olhava em seus olhos cor avelã, sentia como se asfixiasse.
Quando Christopher partiu, Dulce esperou vários minutos que seu pulso normalizasse. Que demônios estava passando?
Christopher não lhe interessava. Na realidade, não lhe interessava nenhum homem. Entre seu pai e Pablo tinha aprendido a lição: não podia contar com os homens. Sempre acabavam deixando às mulheres.
A melhor maneira de que um homem não a defraudasse era não ter jamais uma relação com ele. Ponto final. Enquanto não esquecesse aquilo, estaria a salvo.
Assentiu com decisão e foi à cozinha. Estava decidida a cumprir sua palavra sobre cozinhar e limpar. Ainda lhe doíam as costas, mas pensou que se não forçasse muito e descansasse, a atividade física iria bem.
Deixou o auricular onde podia ouvir o Lui sobre o balcão e ficou a fazer uma lista de compra. Duas horas depois, tinha escritas três folhas completas. Quão único havia na geladeira do Christopher era carne.
-Dulce?

Ao ouvir uma voz feminina que não esperava, Dulce deu um salto. Saiu da cozinha e se encontrou com uma mulher miúda e loira que levava duas bolsas de mantimentos.
A mulher deixou a mercadoria sobre o balcão e girou sorridente para Dulce.
-Olá, sou Any Uckermann -apresentou-se -a mulher de Alfonso, o irmão do Christopher.
-Prazer em conhecê-la, Any -respondeu Dulce sorrindo também -Estava mesmo fazendo a lista da compra para ver o que punha de jantar.
Aquilo fez rir Any.
-Temo que os Uckermann são um pouco limitados em sua dieta. Só comem carne.
-Já me dei conta -respondeu Dulce -É o único que encontrei no congelador.
-Por isso te trouxe umas quantas coisas mais -disse Any assinalando as bolsas que tinha deixado no balcão -De caminho ao norte do rancho, Christopher parou em nossa casa e nos comentou que tinha uma convidada. Sei por experiência que a despensa estaria vazia, então te trouxe o que tinha em casa.
Dulce assentiu.
-Estava queimando os miolos me perguntando o que podia cozinhar com carne de boi, pão e geléia de uva.
-E então o que comestes?
-Um sandwich de...
-De carne assada com queijo. -riu Any -São a especialidade de Leo, mas tão asquerosos porque sempre passa com o molho picante e os rabanetes -acrescentou abrindo o geladeira e metendo em seu interior leite, margarina e queijo.
-Me alegro de não haver comido isso -sorriu Dulce.
-Christopher nos contou de seu parto. Se posso ser de ajuda, é só me dizer isso.
Aquele gesto emocionou a Dulce profundamente.
-Estamos bem -respondeu com lágrimas nos olhos. -Nesse momento, Lui ficou a chorar. Sua mãe sorriu. -Bom, meu filho estará muito melhor quando tiver dado de comer.
-Vá tranquila.
-Já desço. Obrigado por tudo, de verdade.
-Na realidade, fiz porque te queria pedir um favor em troca -sorriu Any -Queria ver seu filho para saber no que me meti.

-Está grávida? -Any assentiu e Dulce abraçou a sua nova amiga. -Que maravilhosa notícia -disse Dulce sorrindo -Quando terminar de lhe dar de comer, desço com ele.

-Essa égua e o semental negro vão ter um potro lindo -comentou Christopher com seu irmão Alfonso.
-Certamente -respondeu seu irmão sorridente.
Entraram em casa comentando os últimos lucros de seu irmão mais novo, Dérrick, no rodeio. Tinha ficado em segunda posição no último em que tinha participado. O primeiro prêmio tinha sido para o Jack Duarte, seu melhor amigo e irmão de Zoraida, a garota que gostava.
Ao chegar à cozinha e ver duas mulheres cozinhando lado a lado, Christopher ficou gelado no lugar.
Estava acostumado que sua cunhada fosse fazer comida para todos eles, quando tinham uma temporada de muito trabalho, mas não estava preparado para ver Dulce com farinha em uma bochecha e o rosto ruborizado pelo calor do forno.
Aquilo era tudo o que desejava, mas não contava ter jamais: uma mulher, uma família e um lar cheio de amor e risadas.
Seu irmão se aproximou de sua mulher, abraçou-a e a beijou como um soldado que acabasse de chegar da guerra.
Ao recordar os lábios da Dulce, Christopher engoliu seco. Por que sentia a imperiosa necessidade de fazer o mesmo?
Que diabos estava acontecendo? Mal conhecia aquela mulher.
Enquanto observava como Any apresentava Dulce a seu marido, Christopher se perguntou quando poderia ir ao Bear Creek. Sem dúvida necessitava de uma noite de farra. E rápido. Do contrário, ia ficar louco.
O bebê emitiu um agudo grito e Dulce se apressou secando as mãos para tomá-lo nos braços.
-Suponho que terá que arrotar de novo -comentou sua mãe.
-Eu faço -ofereceu-se Christopher surpreendendo seu irmão e sua cunhada -Você e eu já temos certa experiência nisto, não é? -acrescentou olhando Lui.
Dulce sorriu.
-E não se esqueça por uma toalha sobre o ombro -aconselhou.
Christopher sorriu também.

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bjix da Naty