Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

Christopher girou para ela e Dulce começou a dizer-lhe mas se interrompeu de repente ao ver algo em seus olhos que a distraiu.
Parecia desejo, mas não quis acreditar.
-Dulce -disse Christopher lhe acariciando o cabelo.
Fascinada por como havia dito seu nome, Dulce o observou enquanto se inclinava sobre ela. Quando seus lábios se encontraram, Dulce fechou os olhos e se agarrou a sua camisa.
Não foi um beijo casto como o daquela tarde, e sim um beijo apaixonado que lhe chegou à alma. A língua do Christopher pediu espaço e Dulce não duvidou em conceder-lhe deixando que se introduzisse em sua boca e a explorasse.
Christopher a abraçou e Dulce sentiu que se perdia naquele corpo tão grande. Sem pensar na loucura que deu em ambos, Dulce se apertou contra seu peito.
Naquele momento, Lui protestou, pois tinha de comer de novo. Seu pranto dissipou a neblina sensual que se criou entre eles.
Christopher foi o primeiro em afastar-se.
-Perdoe-me, Dulce. Não foi minha intenção que isto acontecesse -desculpou-se olhando-a -Sinto muito.
-Pois eu não -respondeu Dulce sinceramente. -O que estava ocorrendo? Por que havia dito a verdade? -Quero dizer... Que...
Sentia que as bochechas lhe ardiam. O que podia dizer para arrumar a situação? Pior que havê-lo admitido era sentir que era a verdade. Não se arrependia do que acabava de acontecer e isso lhe chateava.
-Tudo bem, Dulce. Tenho trinta e quatro anos, não sou um adolescente que não saiba se controlar -disse Christopher ameaçando lhe acariciar o cabelo, mas mudando de opinião -A partir de manhã, não vais me ver muito. A primavera é uma das temporadas de mais trabalho no rancho e vou ter que fazer um monte de coisas.
Depois de dizer aquilo, girou e saiu do quarto.

Dulce ficou olhando como fechava a porta. Por que sentia como se a tivessem abandonado de novo? Por que a certeza de que Christopher não queria nada com ela, a fazia ter vontade de chorar?
Dulce sacudiu a cabeça e tentou acostumar-se à idéia. Já estava acostumada que os homens a abandonassem. Quando tinha quatro anos, seu pai tinha encontrado outra mulher e não tinha duvidado em deixar a ela e a sua mãe como se jamais tivesse se importado. Dez anos depois, quando os serviços sociais entraram em contato com ele depois da morte de sua mãe, seu pai havia tornado a lhe dar as costas.
Tomou seu filho nos braços e aguentou as lágrimas. O abandono pior que tinha sofrido por parte de um homem tinha sido, entretanto, o do Pablo quando havia dito que ia ter um filho. Uma coisa era que a rechaçasse e outra que rechaçasse o Lui.
Mas tudo aquilo não explicava sua reação ante o rechaço do Christopher. Apenas se conheciam e, além disso, não lhe interessava aquele homem. Não lhe interessava nenhum homem. Os homens não eram seres nos que se pudesse confiar quando mais os necessitar.
-Tudo isto é culpa dos hormônios -disse em voz alta -Quando passar tudo isto, poderei voltar para a normalidade.

Christopher saiu do abrigo, olhou o céu sem estrelas e andou para sua casa.
Fazia um mês que esperava todas as noites que Dulce apagasse a luz de seu quarto para deixar de trabalhar e todas as manhãs despertava e ia antes de que Dulce despertasse.
Mesmo assim, tinha-a visto umas quantas vezes, mas, à exceção dos jantares dos domingos e algumas visitas de seu irmão e sua cunhada, tinha conseguido manter a distância.
O mau era que em lugar de sentir-se aliviado, sentia-se cada vez mais atraído por ela.
Christopher sacudiu a cabeça ante sua imbecilidade. Inclusive tinha abandonado a idéia de sair para passar a noite com alguma jovenzinha porque algo em sua cabeça tinha advertido que o único que ia conseguir era terminar sentindo-se culpado por ter traído Dulce.
Aquilo era completamente ridículo.
-Está louco, Uckermann -disse enquanto subia as escadas do alpendre.
Abriu a porta e se dirigiu à cozinha. Como de costume, Dulce tinha deixado a luz acesa, mas em lugar de estar já em seu quarto, estava ali, dormindo sobre a mesa com os papéis de seu ansiado acampamento ao redor.
Christopher engoliu seco e se aproximou dela.
-Dulce?
-Mmm...
-Estará mais cômoda em sua cama.
Dulce abriu os olhos lentamente e Christopher engoliu seco ao imaginar despertando assim a seu lado depois de uma noite de...
-Estava te esperando -disse Dulce sentando e afastando o cabelo do rosto. -Queria te perguntar uma coisa.
Christopher olhou o relógio e se sentiu culpado por havê-la feito esperar. Teria que madrugar na manhã seguinte para ocupar-se de seu filho e eram quase meia noite.
-Do que se trata? -perguntou Christopher lhe afastando uma mecha de cabelo.
-Frank me disse que há uma peça do carro que não chegou e preciso ir ao Laramie amanhã pela manhã. Não lhe pediria isso se não fosse realmente importante -acrescentou dúbia -Importaria-se de me deixar uma de suas caminhonetes?

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bjix da Naty