Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

Dulce ficou em pé e começou a passear pelo escritório. Não podia permitir que a confundisse.
-E se conhecer alguém? Estaria amarrado a mim. O que aconteceria então?
-Não vou conhecer ninguém -respondeu Christopher tão seguro de si mesmo que Dulce se surpreendeu.
-Isso nunca se sabe, Christopher.
-Eu sim o sei -insistiu ele com serenidade -Dou-te minha palavra de que, enquanto estejamos casados, nem sequer olharei a outra mulher.
-Mas nosso casamento o seria só da porta para fora -esclareceu-lhe Dulce.
Christopher deu de ombros.
-Assim, as coisas seriam mais simples.
Aquela não era a resposta que Dulce esperava ouvir. Estava disposto Christopher a permanecer durante dois anos em estado de celibato? Como demônios podia estar tão tranquilo falando de casamento embora não fosse de verdade?
-Por que quer me ajudar, Christopher? -perguntou Dulce com certo receio -O que ganha você com tudo isto?
-Nada -respondeu Christopher -Só quero que Lui e você tenham o que é seu e, de passagem, ajudo a umas quantas crianças que o necessitam.
-Faz só por isso?
Dulce custava acreditar que alguém estivesse disposto fazer um sacrifício assim por uma pessoa que mal conhecia.
Christopher assentiu e pegou suas mãos.
-Quero te ajudar, Dulce -assegurou-lhe tomando-a pela cintura -E a única maneira que tenho de fazê-lo é me casando contigo.
Dulce mordeu o lábio inferior. Não podia acreditar que estava considerando seriamente aceitar sua oferta apesar de ter promet ido não voltar a confiar em um homem em sua vida.

Como se Christopher tivesse pressentido o que estava pensando, sorriu.
-Que me diz, Dulce? -sussurrou-lhe ao ouvido -Quer te casar comigo, conservar o rancho de seu avô e poder ajudar a esses meninos, ou vais dizer que não te casa comigo e perder tudo?
Dulce não podia pensar tendo-o tão perto. Sentia seu fôlego no pescoço e aquilo estava lhe fazendo sentir um imenso calor por todo o corpo.
-Não sei o que fazer... -confessou com voz trêmula.
-Diga que sim, Dulce -disse Christopher lhe beijando o pescoço.
-Mas...
Christopher a olhou aos olhos com intensidade.
-Sim -insistiu.
-Sim -gaguejou Dulce por fim sem poder acreditar que acabasse de aceitar casar-se com o Christopher Uckermann.

Christopher pôs as mãos nos quadris enquanto escrutinava o espaço em busca do velho baú. Tinha que estar por ali. Seu pai tinha recolhido todas as coisas de sua mãe pouco depois de sua morte e, por isso Christopher sabia, não havia as tornado a tocar em vinte e sete anos.
Por fim, viu-o em um canto. Afastou umas quantas caixas com adornos de natal e ali estava. Abriu-o e imediatamente o aroma de jasmim lhe recordou à mulher que lhe tinha dado a vida.
Sua mãe tinha morrido quando ele só tinha sete anos, mas Christopher ainda recordava suas doces carícias, seus beijos de boa noite e o aroma de seu perfume de jasmim quando o abraçava.
Sentiu que lhe formava um nó na garganta. Apesar de que seu pai se esmerou com seus três filhos e se esforçou para ser pai e mãe de uma só vez, Christopher sabia que perderam muitas coisas ao não tê-la por perto.
Christopher se ajoelhou no chão e começou a revirar. Sentiu-se um pouco culpado. Era como se estivesse invadindo a intimidade de sua mãe, mas de algum jeito se tranquilizou sabendo que lhe pareceria bem o que ia fazer.
Ao ver a bolsa de plástico branca ao fundo do baú, sorriu. Tirou-a, voltou a colocar todo o resto, fechou o baú e desceu ao salão.
-Dulce?
-Estou na cozinha.
Quando Christopher entrou, a encontrou colocando uma travessa de carne no forno. Tinha as bochechas rosadas e lhe tinham escapado umas quantas mechas de cabelo do prendedor.
Nunca a tinha visto tão bonita.
-Não sei se te ficará bem, mas se ficar, poderia pôr isso no domingo -sorriu lhe entregando a bolsa.

Dulce ficou olhando a bolsa uns segundos e logo o olhou a ele.
-Era de sua mãe?
Christopher assentiu e, de repente, não soube se tinha feito bem oferecendo o vestido de noiva de sua mãe para a pequena cerimônia que tinham organizado para no domingo.
Tinha feito porque sabia que Dulce não teria dinheiro para comprar um e rechaçaria a idéia de que ele comprasse, mas possivelmente às mulheres não gosta de vestir roupa de outras mulheres.
-Se não quiser pôr isso entenderei –disse passando a mão pelo cabelo -Tinha pensado que...
-Não, claro que vestirei -respondeu Dulce acariciando a bolsa de plástico como se fosse preciosa e frágil -Será uma honra para mim pôr isso Christopher, mas... Não acredita que deveria guardá-lo para quando te casar de verdade?
-Esta vai ser a única vez que vou me casar -espetou Christopher.
Arrependeu-se de ter sido tão brusco, mas não estava disposto a explicar para Dulce sua decisão nem as razões que o tinham levado a tomá-la. Era muito complicado e não queria que Dulce soubesse que tinha sido o culpado da morte do Viviana.
-Eu também -respondeu Dulce surpreendendo-o -Depois de Pablo, decidi que é melhor estar sozinha que mal acompanhada. Não digo só por mim a não ser, sobre tudo, por meu filho. Não quero que nenhum homem possa fazer o dano que meu pai me fez .
Christopher sentiu como se um gigante estivesse esmagando seu coração. Não podia imaginar ninguém tratando mal Dulce e ao Lui.
Não pôde conter-se mais e a abraçou.

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bjix da Naty