Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

Dulce engoliu seco. Apenas em pensá-lo, excitou-se, mas não podia dizer a Any que embora se beijaram umas quantas vezes não havia entre eles noites de paixão.
Notou que tinha formado um nó na garganta e que sentia um imenso vazio no peito, mas Christopher e ela tinham chegado um acordo e teria que cumpri-lo.
Então, por que pensar que não iam compartilhar o que compartilhavam outros casados a fazia sentir tão mal? Por que a fazia sentir-se tão sozinha? Isso era o que ela queria, não?
-Obrigado, Any -respondeu deixando a caixa no armário -A qualquer homem que se aprecie, adoraria ver assim a sua mulher.

Quando seu irmão mais novo pôs em marcha a música, Christopher sentiu que tinha um nó no estômago e se perguntou que demônios estava fazendo.
Seis anos atrás, prometeu a si mesmo não casar-se nunca, a não ser nunca responsável pelo bem-estar de outra pessoa.
Mesmo assim, ali estava, esperando que Dulce descesse as escadas e se reunisse com ele ante a lareira para que o reverendo pudesse convertê-los em marido e mulher.
Christopher recordou que aquela era a única maneira que Dulce não perdesse o que era dela. Mesmo assim, teve que meter o dedo na gola da camisa para tentar afrouxar-lhe um pouco e poder respirar com mais facilidade.
-Relaxe, irmão -disse Alfonso -Casar é o melhor que pode te acontecer na vida. Viu alguma vez a uma mulher mais bonita que Any? -acrescentou ao ver aparecer a sua esposa com Lui no alto da escada.

Christopher abriu a boca para responder que parecia um adolescente, mas não sairam as palavras porque, naquele momento, apareceu Dulce.
Usava o cabelo solto e o olhava como se fosse a única pessoa que houvesse no recinto. Com o vestido de noiva de sua mãe e uma simples rosa branca nas mãos, estava preciosa.
Christopher engoliu seco e ficou olhando à mulher com quem ia se casar.
-Any é quase tão bonita como Dulce -respondeu por fim.
-Estou ficando com náuseas -murmurou Dérrick —São as duas um horror.
-Agradeça que não lhe pusemos diante delas descendo as escadas atirando pétalas de rosa -brincou Christopher sem deixar de olhar a Dulce.
-Claro -respondeu seu irmão mais novo -O que tenho muito claro é que jamais me vou apaixonar como vós.
-Algum dia te tocará -advertiu-lhe Alfonso adiantando-se para escoltar a sua esposa e ao Lui junto ao fogo.
Christopher sentiu que o coração pulsava rapidamente e temeu que os joelhos fossem falhar à medida que Dulce se aproximava dele. Entretanto, quando Dulce chegou a seu lado e colocou sua mão sobre a sua, invadiu-o uma maravilhosa sensação de calma que não se soube explicar.
-Está linda -disse sinceramente olhando-a aos olhos.
Dulce sorriu e a Christopher pareceu que seu sorriso iluminava a estadia.
-Eu estava precisamente pensando em quão bonito está você -disse.
-Está preparada? -perguntou Christopher colocando a mão sobre seu braço.
Dulce respirou fundo e assentiu.
-Acredito que sim.
Christopher a conduziu ante o reverendo Hill, olhou Lui, que dormia nos braços de Any, e logo a sua mãe. Estava a ponto de se encarregar de uma mulher e de seu filho, mas em lugar de sentir medo, sentia uma grande satisfação que não podia explicar.

-Queridos irmãos, reunimo-nos hoje aqui para unir a este homem e a esta mulher... -começou o reverendo Hill.
À medida que a cerimônia transcorria, Christopher foi se sentindo culpado. Não gostava de mentir e, menos ainda com algo tão sagrado. Não tinha nenhum problema em honrar e respeitar a Dulce, mas acabava de prometer amá-la até que a morte os separasse.
Engoliu seco. Deveriam ter escrito as promessas eles. Assim, não teriam que ter mentido.
Entretanto, quando a ouviu prometer amá-lo, honrá-lo e respeitá-lo até que a morte os separasse, sentiu-se o homem mais ditoso do mundo.
A idéia de tê-la a seu lado durante toda a vida o fazia imensamente feliz. Naqueles momentos, preferiu não pensar que seu casamento tinha prazo de validade.
Quando o estóico e ancião reverendo pediu as alianças, Christopher entregou os anéis que tinha comprado no Laramie no dia anterior.
O reverendo devolveu a mais pequena e indicou que devia pôr em Dulce ao mesmo tempo que pronunciava as palavras pela qual tomava como sua esposa.
-Com este anel... -disse Christopher olhando-a aos olhos -Eu te desposo.
-Quando as compraste? -sussurrou Dulce com lágrimas nos olhos.
-Ontem -respondeu Christopher lhe beijando a mão.
O reverendo Hill entregou a Dulce a outra aliança e Dulce a pôs ao Christopher repetindo as mesmas palavras que ele acabava de pronunciar enquanto uma lágrima escorregava pelo rosto.
-Pelo poder que me foi concedido em nome de Deus e do Estado, declaro-lhes marido e mulher -concluiu o reverendo -Pode beijar à noiva.

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bjix da Naty