Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

Seis anos atrás, tinha manifestado julgamentos errôneos. O que aconteceria se tomasse uma decisão equivocada e danificasse seu bem-estar?
Christopher fechou os olhos e se apoiou na cabeceira. Como lhe tinha ocorrido dizer a Dulce que seu casamento era de verdade? Não seria porque se deixou levar pelo desejo e não tinha escutado seu sentido comum?
Voltou a respirar fundo e soltou lentamente. Tinha gostado de jogar a culpa daquela situação ao longo e frio inverno, mas o certo era que tinha tido um mês e meio para sair e ter uma aventura com outra mulher e não tinha feito.
Tragou o medo que estava preso na garganta, abriu os olhos e os olhou de novo. Como ia fazer para viver dois anos com aquela mulher e com seu filho sem envolver-se ainda mais com eles?
Tinha tentado manter a distância, mas não tinha funcionado. Passou dias inteiros trabalhando da alvorada até o entardecer, mas o único que tinha conseguido tinha sido chegar à extenuação e passar as noites pensando em Dulce.
Talvez, compartilhar os dias com ela e fazer amor de noite o ajudasse a tirá-la da mente. Por outra parte, corria o risco de afeiçoar-se a aquela vida que sempre tinha querido, mas que não se atrevia a ter.
Tinha prometido a Dulce que ia ajudar a recuperar seu rancho e estava disposto a cumprir sua palavra, mas não sabia como ia fazer para viver com eles, desempenhar o papel de marido e pai e não envolver-se emocionalmente.
Christopher sacudiu a cabeça confuso.
Não tinha respostas. Quão único sabia era que devia tentá-lo.
Pelo bem de todos.

Na manhã seguinte, enquanto Dulce esvaziava as gavetas de roupa, mordeu o lábio inferior. Tinha tomado a decisão correta mudando-se para o quarto de Christopher?
A noite anterior, converteu-se em sua esposa em todos os sentidos, mas aquilo terminaria assim que cumprisse com as condições do testamento de seu avô. Ao pensar nisso, sentiu um horrível nó na garganta.
-Quando tivermos terminado de levar a roupa, vou guardar suas malas no sótão -anunciou Christopher pondo as mãos nos ombros -Quando vier Dérrick, vou pedir que me ajude com o berço. Assim, só ficará para subir o que está no seu carro.
Dulce sentiu um maravilhoso calafrio pelas costas quando Christopher a beijou no pescoço.
-Muito bem -respondeu -Estamos fazendo o correto? -acrescentou olhando-o aos olhos.
Christopher ficou vários segundos em, silêncio.
-Dulce, sinceramente não sei o que te dizer -confessou -Não oculto que te desejo –sorriu -E é óbvio que você também me deseja , mas quero que saiba que embora esteja casada comigo é livre para fazer o que quiser. Eu não posso decidir o que é bom para ti e para o Lui.
-Não estou segura de poder fazê-lo eu tampouco -respondeu Dulce sentindo-se repentinamente cansada e insegura de tudo.
Christopher tomou o rosto entre as mãos.
-O único que posso prometer é que vou lhes cuidar e que jamais farei mal intencionadamente.
Dulce tentou sorrir.
-Ao menos, durante os seguintes dois anos.
A expressão do Christopher se tornou de repente inescrutável.
-Pelo menos -assentiu.
Olharam-se nos olhos durante o que pareceu uma eternidade, até que ouviram passos nas escadas.

-Christopher, onde demônios está? -disse uma voz masculina.
-No quarto de convidados -respondeu Christopher dando a Dulce um beijo no nariz -Quer que levemos o berço ao meu quarto ou mudaste de opinião?
Dulce assentiu ao recordar a doçura com que aquele homem tinha feito amor a noite anterior e como a tinha abraçado enquanto ela dava o peito seu filho.
-O que fazem aqui? -perguntou Dérrick entrando no quarto -Que tal está meu sobrinho? -acrescentou aproximando-se do berço -Continua sem ter dentes?
Ao ouvir seu cunhado referir-se a seu filho como seu sobrinho, formou um nó no peito de Dulce. Enquanto estivesse casada com o Christopher, Lui ia ter o que ela sempre tinha desejado: uma família.
-Não, ainda não saíram -sorriu Dulce.
-Irmãozinho, vai ter que me ajudar com duas coisas antes de ir -disse Christopher a seu irmão.
Dérrick sorriu.
-Só duas? Normalmente tens uma lista enorme.
Aquilo fez Christopher rir, que empurrou a seu irmão para a porta.
-Onde quer que deixemos as coisas que tem no carro? -perguntou a Dulce girando para ela.
-Se me recordo bem, o que ficou no carro são coisas de cozinha -respondeu Dulce -por agora, as deixe na despensa.
-Muito bem -respondeu Christopher -Venha, vamos, Dérrick.
Enquanto Dulce terminava de tirar sua roupa e a de seu filho do armário, ouviu as risadas dos dois irmãos que se afastavam conversando pelo corredor.

-Dulce?
Ao ouvir seu nome, levantou o olhar e encontrou com Dérrick na porta.
-É Christopher? Passa algo?
Dérrick negou com a cabeça.
-Não, tudo vai bem. Christopher foi ao carro.
-Precisa de alguma coisa? -perguntou Dulce vendo que não saía.
Dérrick deu de ombros.
-Só queria te agradecer -respondeu.
-Por que?
-Às vezes, Alfonso e eu damos dores de cabeça ao Christopher, mas ele nunca se queixa porque é um bom homem e tem um grande coração. A verdade é que queria agradecer porque lhe fez ser feliz de novo.
Antes que Dulce tivesse tempo de perguntar a que se referia, Dérrick deu a volta e desapareceu pelo corredor.

-Terminaste? -perguntou Christopher.
-Acredito que sim -respondeu Dulce olhando a seu redor.
Seu olhar posou na caixa de lingerie que tinha lhe presenteado Any.
-O que é isso?
-É... é... Um presente de Any -respondeu Dulce ruborizando -Importar-te-ia de levar isso pro seu quarto enquanto eu certifico de que não esqueci de nada? -acrescentou assinalando um pacote de fraldas para tentar mudar de conversa.
-Agora é nosso quarto, carinho -respondeu Christopher aproximando-se dela e beijando-a até deixá-la sem fôlego.

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bjix da Naty