Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

-Competia também Alfonso?
-Não -suspirou Any -Mas se sente culpado por não estar ali. Diz que se tivesse competido, talvez, poderia ter feito algo.
Christopher não se surpreendeu que seu irmão pensasse assim.
-Vão os dois ao funeral no Oklahoma?
-Sim, vamos amanhã pela manhã.
-Diga a Alfonso que conduza com cuidado e dêem os pêsames de minha parte a Zoraida.
-Muito bem. Nos chame assim que saiba alguma coisa da Dulce -recordou-lhe Any.
-De acordo -respondeu Christopher desligando o telefone.
Deixou o celular no assento do passageiro e acelerou. Inteirar-se da morte do Jack lhe tinha recordado quão imprevisível era a vida.
Se algo tivesse ocorrido a Dulce ou ao menino, jamais se perdoaria por não ter estado em casa com eles.
Ao chegar frente a sua casa, parou o carro em seco, tirou o cinto de segurança e desceu a toda velocidade. Correu para as escadas do alpendre e abriu a porta da cozinha.
-Dulce? -gritou.
Nada.
Correu pelo corredor e subiu as escadas de dois em dois.
Ninguém.
Voltou a descer e se dirigiu ao salão. A porta de seu escritório estava fechada. Rezou para que Dulce estivesse ali, para que tivesse cochilado trabalhando.

Christopher sabia que não era muito provável, mas naqueles momentos estava disposto a aceitar qualquer explicação, sempre e quando Dulce e o menino estivessem bem.
No escritório, é obvio, não havia ninguém.
Onde demônios estariam?
Quando se dispunha a abandonar a estadia, a forte claridade que entrava pela janela lhe fez fixar em algo brilhante que havia sobre a mesa.
Ao aproximar-se e ver que era a aliança da Dulce, sentiu que o mundo caía aos pés.
Estava sobre o contrato de compra e venda do rancho de seu avô.

Dulce apertou seu filho contra si e olhou ao redor da sala de seu desvencilhado rancho.
As lágrimas não lhe permitiam ver bem. Tentou não recordar a noite em que tinha conhecido o Christopher, a noite em que Christopher a tinha ajudado trazer seu filho para ao mundo.
Então, ele tinha sido sua rocha, sua força e sua segurança. E ela, como uma parva, tinha deixado que aquilo continuasse sendo assim até que se apaixonou por ele.
Soluçando, pensou que o abandono de seu pai tinha doído enormemente e a negativa do Pablo a se encarregar de seu filho a tinha marcado, mas tinha se reposto de ambas as coisas.
Entretanto, estava segura de que não ia ser capaz de recuperar-se da traição de Christopher.
Por que tinha acreditado nele? Por que tinha deixado que a convencesse de que o único que queria era ajudá-la a ter sua herança? E por que se apaixonou por ele?
-O que aconteceu com Lui?
Ao ouvir aquela voz, Dulce girou e encontrou Christopher na porta, tal e como o tinha visto a primeira vez.
Apenas via os olhos pois usava o chapéu impregnado, mas pela maneira como apertava a mandíbula estava claro que estava zangado.
Exatamente igual à noite em que se conheceram.
-Está em propriedade privada -advertiu-lhe -Isto é invasão de moradia.
Christopher deu de ombros.
-Pois chama à polícia para que venha me deter.
-Isso é exatamente o que vou fazer -respondeu Dulce embalando ao menino.
-O que faz aqui, Dulce?
Ao ouvir sua voz, o bebê deixou de chorar.
-Passa algo ao menino?

Dulce se deu conta de que Christopher parecia preocupado e soube que, embora não sentisse nada por ela, queria bem a seu filho.
-Não lhe acontece nada, só tem sono -respondeu.
Christopher se aproximou da lareira e se sentou.
-Quando dormir, falaremos.
-Não, nada disso.
-Sim, tudo disso -insistiu Christopher com decisão.
-Não temos nada do que falar -insistiu Dulce por sua parte.
-Temos muitas coisas das que falar -disse Christopher -E estou decidido a que me escute.
Dulce começou passear pela sala e negou com a cabeça.
-Não vai te servir de nada, assim economize a saliva.
-Olhe, Dulce, tive um dia horrível e não gostaria de discutir contigo -disse cansado -Justo antes de chegar a casa para descobrir que minha esposa e meu filho tinham desaparecido, disseram-me que o melhor amigo do Dérrick, Jack, acaba de morrer depois de um torneio com um touro.
-Oh, sinto muito por seu irmão -disse Dulce sinceramente -Como ele está?
-Any me disse que muito mal -respondeu Christopher ficando em pé e olhando a seu redor -Onde está o carrinho do Lui? Já está dormido.
-No sofá -respondeu Dulce.
Christopher pegou o menino nos braços e o depositou com cuidado em seu carrinho. Continuando, girou para sua mãe.
-Por que não falamos no Lonetree?
-Prefiro falar aqui. Prefiro não ir lá.
-Por que?
-Porque lá não é minha casa -respondeu Dulce sentindo que lhe rompia o coração.

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bjix da Naty