Fanfic: Oferta de casamento - Adaptada - TERMINADA

Um dia, ao voltar do trabalho, Pablo já não estava: foi para Los Angeles porque queria ser músico. Foi então quando Dulce se deu conta de quão egoísta era aquele homem. Nem sequer tinha tido o valor de dizer-lhe à cara.
Limitou-se a deixar uma nota na geladeira dizendo que tinha passado muito bem juntos, mas que tinha que ir.
-Não há muito que contar -encontrou-se dizendo.
Não sabia por que lhe importava a opinião do Christopher, mas por alguma razão queria que aquele homem soubesse por que estava sozinha.
-Não estávamos casados e não soube que estava grávida até depois de nos separar.
-Não sabe que tem um filho?
-Oh, sim, eu disse -respondeu Dulce tentando não recordar a dor das palavras do Pablo -Não lhe pedi ajuda, mas acreditei que tinha direito de saber que ia ser pai. Entretanto, Pablo não mostrou nenhum interesse em ter contato com seu filho, nem agora, nem nunca. Ofereceu-se a renunciar a seus direitos, assim aceitei. Ponto final da história.
-E como lhe ocorreu fazer uma estupidez assim?
Dulce se deu conta imediatamente da repugnância que Pablo inspirava no Christopher. Era evidente que, se estivesse na mesma situação, ele tinha feito justamente o contrário.
Dulce olhou seu filho, que estava dormido, e sentiu vontade de chorar.
-Suponho que o fez para assegurar-se de que nunca pedisse dinheiro -respondeu.
-Para mim, um homem que evita assim suas responsabilidades, não merece viver -sentenciou Christopher.
-Lui e eu estamos melhor sem ele. Pablo era um homem muito egoísta -disse Dulce acariciando a bochecha de seu filho -Não quero que um homem assim me ajude a criar a meu filho. Não quero que Lui tenha esse exemplo. Meu filho merece um pai que o queira incondicionalmente.
-Estou completamente de acordo, mas quando um homem deixa uma mulher grávida, queira ou não é seu filho, tem a obrigação moral de ajudá-la -disse Christopher lhe acariciando a nuca.

Imediatamente, Dulce sentiu uma agradável sensação de bem-estar. Assombrada por sua reação, separou-se dele e se apoiou na porta.
-Quero te fazer uma pergunta.
-Faça -sorriu Christopher.
Ante seu sorriso, Dulce notou que lhe acelerava o pulso.
-O que você quis dizer no hospital quando disse que estava tudo arrumado?
-Exatamente isso -respondeu Christopher -que a fatura estava paga.
-E quem a pagou?
-Eu.
Dulce sentiu que a ira se apoderava dela.
-Por que? -quis saber.
-Digamos que foi um presente para o pequeno -respondeu Christopher com um sorriso tão incrível que Dulce teve que fazer um esforço sobre-humano para não deixar se deslumbrar.
-Os bebês estão acostumados a receber de presente uma cadeira, uma manta ou uma chupeta, mas não paga a fatura do hospital -insistiu tentando enfurecer-se.
-Olhe, Dulce, tenho dinheiro e não me importa te ajudar.
-Não necessito que me ajude -disse ela com teimosia -Não necessito que tenha pena.
-Eu não disse que tinha isso.
-Quanto era a fatura? -perguntou Dulce tirando papel e caneta da bolsa -Pagarei isso assim que encontre trabalho.
-Não, nada disso.
-Sim, tudo disso.
-Demônios, disse que não -disse Christopher exasperado.
-Está muito acostumado que as pessoas façam as tuas vontades, não é?
Christopher deu de ombros e não respondeu.
-Pois te vou dizer uma coisa, vaqueiro. Vivo sozinha desde os dezoito anos, tomo minhas decisões e pago o que devo.
Nesse momento, o bebê abriu os olhos e ficou a chorar.
-Por que não deixamos isto para quando chegarmos a casa? -sugeriu Christopher pegando o caminho que levava a Laramie.
Dulce acalmou a seu filho, olhou pela janela e franziu o cenho. Não lembrava daquela paisagem.
-Onde vamos? -perguntou fixando-se nos verdes pastos que havia em ambos os lados da estrada.
-Ao Lonetree -respondeu Christopher.
-Por que? Tem que recolher algo antes de me levar a casa?
-Não.

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bjix da Naty