Fanfic: Amor em Preto & Branco. | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

(Ignorem as roupas, pensem apenas na posição de cada um na hora do beijo, boa leitura)

"A vida não é medida pelo número de vezes que respiramos, mas pelos lugares e momentos capazes de tirar nosso fôlego." — Bob Marley.

— Maite? — ele indagou confuso e se aproximou da mesma. Sim, era ela. Mas que raios estava fazendo ali? Sozinha e chorando, parecia ainda estar ferida. Preocupado, abaixou-se a sua frente e fez uma leve caricia nos seus cabelos para que ela levantasse a cabeça e assim a mesma fez.

— Pro-professor... O-o que fa.. faz aqui? — indagou entre soluços. Sentia sua pele arder, a região da sua costela doía e sua cabeça latejava.

— O que houve, Maite? — perguntou, ignorando o que a menina havia dito. — Raios, menina. Está frio aqui fora, vai ficar doente — disse e estava escuro, ele ainda não havia visto os seus ferimentos. Tirou seu paletó depressa e pôs em volta dela que gemeu de dor e ele franziu o cenho.

— Tá machucado. Eles... Eles me machucaram — contou chorando e ele puxou levemente uma parte do paletó que colocara sobre os ombros da garota para trás, vendo que estava arranhada. Seu semblante ficou sério.

— Quem fez isso com você? — perguntou com a voz dura.

— Eu... Eu não sei, não conheço... Um deles queria... queria me pegar a força, eu não quis e ele... Logo outros apareceram e... Oh meu Deus.

— Eles tocaram em você? — perguntou possesso. Estava tomado pela raiva.

— Na-não... Mas me machucaram... — contou chorando como uma criança e ele sentiu dó.

Trilha Sonora Optativa para a Cena: Thinking Out Loud – Ed Sheeran

(http://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA)

Suspirou tentando se acalmar e pegou-a no colo como se a mesma fosse uma boneca de tão leve pela facilidade. Ela estava meio grogue, mal entendia o que estava acontecendo, só sentia a cabeça rodar. Deitou a cabeça em seu ombro, frágil. E ele respirou fundo tentando se conter, por que... Por que ela tinha que mexer tanto com ele? Ouviu-a chorar entre soluços e fungadas em seu ombro enquanto a levava até a enfermaria do local. Sabia que a mesma estava vazia aquele horário, mas ele mesmo faria os curativos em Maite. Tinha que fazer algo, não podia deixa-la assim.

Quando suas pernas não funcionarem como antes
E eu não puder mais te carregar no colo
A sua boca ainda se lembrará do gosto de meu amor?
Os seus olhos ainda sorrirão em suas bochechas?

— Shh. Vai ficar tudo bem — disse com a voz tranquila e abriu a porta da enfermaria, colocando-a em uma maca que lá havia, depois de acender a luz do local.

Só então pode ver que além dos arranhões, alguns locais estavam ralados, rapidamente procurou no armário dali e achou um kit de primeiros socorros para urgências. Aproximou-se dela que passava as mãos no rosto, limpando as lágrimas e se acalmando aos poucos. Ele pegou um algodão e com uma água maravilha começou a limpar todos os seus ferimentos – que eram pequenos. Hora ou outra, Maite fazia caretas e assoprava as feridas, o que o fazia rir de leve. Parecia uma menininha indefesa. E talvez fosse. Algumas lágrimas também escapavam dos seus olhos, mas as mesmas eram rapidamente limpadas por ela.

Então, querida, agora

Me abrace com seus braços de amor

Beije-me sob a luz de mil estrelas

Coloque sua cabeça em meu coração que bate

Estou pensando alto

Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos

— Mais algum? — ele perguntou com a voz calma, Maite até se surpreendera por tudo que ele estava fazendo, mas também sabia que só estava o fazendo porque ela era sua aluna, era quase uma obrigação a ajudar.

— Não, isso não, mas... Mas minha costela... Está doendo. Um deles chutou quando eu tentei fugir e acabei caindo — contou e ele apertou os olhos e os punhos furioso.

— Quando eu descobrir quem fez isso, eu vou... Arg! — pensou alto irritado e ela o olhou temerosa. Seu semblante estava tenso demais. — Deixe-me... Deixe-me ver isso... — ele pediu com a respiração pesada, estava tentando ficar calmo, mas estava difícil. Ela engoliu a seco.

— Mas... O vestido. Não tem como eu mostrar... — ela dizia sem graça.

— Raios, menina! Estou tentando te ajudar, colabore — disse com o jeito rude de sempre e ela sorriu de lado.

— Esse sim é o professor Herrera — deixou escapar e ele não segurou o riso dessa vez, fechando a cara em seguida só pra não perder o costume.

— Abre atrás? — ele indagou de repente nervoso, embora não transpassasse isso. Ela assentiu e virou-se de lado, ele puxou o zíper para baixo devagar, as mãos geladas fazendo com que ela se arrepiasse toda vez que a pele dos dois se roçavam em um curto contato.

Quando meu cabelo parar de crescer, minha memória falhar

E as plateias não lembrarem mais do meu nome

E minhas mãos não tocarem as cordas do mesmo jeito

Eu sei que você me amará assim mesmo

Ele puxou apenas um lado do vestido para baixo e viu que a região da sua costela, apenas do lado esquerdo, estava roxa. Ela fez uma careta e deu uma leve chegada pra trás quando ele tocou no local. Alfonso praguejou um “inferno” irritado e decidiu enrolar o local depois de passar uma espécie de gel massageador com suavidade ali, tentando a todo momento não olhar demais para o belo corpo da jovem. O lado esquerdo do seu corpo estava quase que completamente exposto e só Deus sabe o quanto aquilo estava o atormentando, na hora de enrolae uma faixa no local, Maite teve de abaixar o outro lado do vestido com o rosto completamente corado, mordendo diversas vezes o lábio inferior nervosa e com vergonha de estar daquela forma na frente do seu professor. Ele teve que prender a respiração ao ver o belo corpo da morena e só queria acabar logo aquilo para fugir daquela tortura. Enrolou com cuidado e assim que terminou, a viu fazer uma careta.

Estou pensando em como

As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas

Talvez seja parte de um plano

Eu continuarei a cometer os mesmos erros

Esperando que você entenda

— Está muito apertado? — ele indagou e os dois estavam muito próximos. Próximos demais, ambas pensavam. Ela assentiu também prendendo a respiração, embora aquele momento estivesse lhe tirando quase total fôlego. E então ele folgou um pouco. — Melhorou? — indagou e ela o mirou, assentindo de leve. Perto demais.

Que, querida, agora

Me abrace com seus braços de amor

Beije-me sob a luz de mil estrelas

Coloque sua cabeça em meu coração que bate

Estou pensando alto

Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos

E assim que ela respondeu, ele tentou se afastar. Mas não conseguiu; nem ele mesmo sabia se queria se afastar pra falar a verdade. As respirações ficaram pesadas e os olhares iam dos olhos a boca de ambas. Um fogo subia pelos dois e eles precisavam fazer aquilo. Nenhum dos dois soube bem como e porque aconteceu, mas uma hora eles estavam apenas trocando um intenso olhar e segundos depois, os lábios estavam se encontrando ferozmente. As grandes mãos deles tomaram a cintura dela de forma nada sutil. E os braços dela rodearam o pescoço de Alfonso. Ele explorava cada canto da boca carnuda dela com sua língua e ela o saboreava de forma calorosa, com suas pernas em volta do corpo forte de Alfonso. As mãos do professor Herrera subiam e desciam acariciando a cintura dela com cuidado, mas ao mesmo tempo com fúria. Desejo, ardência, excitação, redenção e penitência: essas eram as sensações que lhe percorriam até as veias naquele momento. Ela já estava perdendo o fôlego quando ele se afastou rapidamente e passou a mão na boca. A respiração dos dois estavam ofegantes, ela estava com os olhos arregalados, surpresa e sentindo um ardor estranho, “lá em baixo” e ficou ainda mais... Excitada, quando viu a ereção do professor pela calça que o mesmo usava.

Querida, agora

Me abrace com seus braços de amor

Beije-me sob a luz de mil estrelas (oh, amor)

Coloque sua cabeça em meu coração que bate

Estou pensando alto

— Raios, menina! Isso não podia acontecer, isso... Isso não pode acontecer.

— E-Eu... Professor... Oh meu Deus, eu não... Eu...

— Cale a boca! — bradou irritado e passou a andar de um lado para o outro arrependido. — Certo... Certo! Já foi, mas não vai acontecer de novo. Vamos esquecer isso e... – Ele dizia rápido demais, agoniado. — Por Deus, levante esse vestido! — pediu exasperado e ela o fez rapidamente, esquecendo-a que estava machucada e gemendo baixinho de dor.

Ele revirou os olhos e teve que se aproximar, ajudando-a a pôr o vestido, embora aquela aproximação fosse tão... Perigosa. Assim que fechou o zíper se afastou e ela pulou da maca desconcertada, logo sentindo-se tonta e mais uma vez, seu corpo desfaleceu. Rapidamente Alfonso a segurou pela cintura colando o corpo dos dois e ambas sentiram uma espécie de choque elétrico tomar conta dos seus corpos, só então ela abriu os olhos.

— Minha cabeça... Dói. — disse baixinho e ele suspirou.

— Vou te levar para o seu dormitório. Pode me mostrar onde é? — ela assentiu e deixou-se mais uma vez ser carregada por ele.