Fanfic: Amor em Preto & Branco. | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.
"Saudade é sentir que existe o que não existe mais. Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam. Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver." — Pablo Neruda.
— Wow! Estava insaciável hoje, campeão... — Judith disse assim que ele caiu para o lado da cama, respirando pesadamente. — Mas me diz ai... Quem é Maite?
Ele a mirou rapidamente. — Como?
— Você ouviu, quem é Maite?
— Por que a pergunta?
— Porque até onde eu saiba meu nome é Judith Albuquerque Martins. Não entendo o motivo de gemer o nome “Maite” quando está fuden/do comigo e não com ela — disse, possessa. Ele não pode esconder a surpresa, ele nem notara que falava aquilo.
— Ninguém especial — respondeu, sério.
— Uhum, sei bem! — disse irônica e se levantou, vestindo a roupa. Ele não disse nada, embora ela quisesse ouvir um pedido para ficar, ou ao menos de desculpa. Ele levantou em seguida, vestindo a cueca. Assim que viu que Judith estava devidamente vestida, abriu a porta e esperou a mesma sair. Ela caminhou até lá negando com a cabeça. — Idiota! — esbravejou antes de sair e ele apenas lhe lançou um sorriso irônico e fechou a porta, passando as mãos nos cabelos lisos, irritado. Por que aquela morena com uma beleza dos infernos não saia do seu pensamento?! Pensando no maldito e tão saboroso beijo que dera na morena, vestiu seu short.
Trilha Sonora Optativa da Cena: Tears in Heaven – Eric Clapton. (Ouçam, é linda e triste)
(https://www.youtube.com/watch?v=kMvLoYW100Q)
Será que você saberia o meu nome
Se eu te visse no paraíso?
Será que você seria o mesmo
Se eu te visse no paraíso?
Eu preciso ser forte
E seguir em frente
Porque eu sei que não pertenço
Aqui no paraíso
Saiu dali e foi direto para o seu escritório, precisava relaxar. Porém chegando lá deu de cara com as fotos que mantinha em sua impecável mesa. Pegou um porta retrato entre as mãos e respirou fundo engolindo a seco. Que falta aquela mulher fazia! Era uma dor grande, a culpa maior ainda, o remorso o sufocava e a penumbra do seu peito parecia que nunca iria ter fim. As malditas lágrimas tomaram os seus olhos e ele as deixou cair. Mais um – dos poucos – momento de fraqueza. Possesso, saiu jogando tudo do seu escritório no chão, empurrou a mesa com força e nem ligou ao ouvir o estrondo alto da mesma no chão. Jogou também os livros que estavam em algumas estantes dali e com o coração acelerado, as mãos tremendo e a dor o sufocando, deixou o corpo cair no chão se encostando na parede fria e só então chorou como uma criança. Soluços altos, que vinham bem do fundo do peito como um refúgio para a dor que lhe tomava por inteiro...
— POR QUE, DROGA?! POR QUE ME DEIXOU?! — ele gritou como se esperasse resposta e jogou o porta retrato longe. Apoiou os braços no joelho e continuou a chorar. Seu rosto estava vermelho, sofrido, seus olhos estavam fundos e inchados. Ele levantou entre um soluço e outro e foi saiu dali rapidamente indo até a sua adega e pegando um Whisky sem nem ao menos escolher, pegou o primeiro que viu.
Será que você seguraria na minha mão
Se eu te visse no paraíso?
Será que você me ajudaria a levantar
Se eu te visse no paraíso?
Eu encontrarei o meu caminho
Pela noite e pelo dia
Porque eu sei que não posso ficar
Aqui no paraíso
Sem nem cuidar em pegar um copo ou algo do tipo, voltou para o escritório e trancou a porta, sentando-se no mesmo local de anteriormente. Abriu a garrafa em questões de segundos usando apenas a mão. Então virou-a de vez na boca, bebendo cerca de dois ou três goles, sentindo a garganta queimar logo em seguida, apertou os olhos e colocou a garrafa do deu lado. Mirou o retrato que há poucos minutos jogara longe e foi até lá, pegando-o e vendo que estava quebrado. Apertou os olhos arrependido e tirou a foto que ali havia apertando-a contra o peito e chorando ainda mais. Raios, inferno! Deus, se é que você existe, por favor, tire essa dor insuportável de mim, por favor. Ele implorava em seus pensamentos e a penumbra ia o consumindo cada vez mais. Deitou-se ainda abraçado a foto no chão frio mesmo e fechou os olhos, sendo fraco. Fraco o suficiente para deixar a dor tomar-lhe o corpo, a mente, tudo.
O tempo pode te deixar deprimido
O tempo pode fazê-lo curvar-se
O tempo pode despedaçar o seu coração
Fazê-lo implorar por favor
Implorar por favor
No EWS, Maite não estava tendo uma noite boa. Inquieta, com dor, suando frio, abriu os olhos e se deparou com a escuridão do seu dormitório. Tirou a coberta do seu corpo e se levantou devagar, sua cabeça estava melhor, já não doía. Porém sua costela... Jesus, que dor! Desfez a trança que naquela altura do campeonato já estava bem bagunçada e respirou fundo mirando-se no espelho fazendo uma leve careta pela dor. Viu que seus lábios estavam levemente inchados e deu um suspiro tocando os mesmos levemente... O beijo não saia da sua mente. E que beijo... Negou com a cabeça tentando afastar os pensamentos e decidiu que precisava tomar um banho, esfriar a mente, os pensamentos. Entender o que estava acontecendo, tomar mais um remédio para aquela dor cessar e só então, descansar tranquila. Pegou sua toalha e foi até o banheiro devagar. Retirou seu vestido e mordendo o lábio inferior e com uma caretinha de dor no rosto, retirou a atadura que Alfonso havia enrolado no local e viu que o lugar estava bem roxo e inchado.
Além do escuro
Há paz
Com certeza
E eu sei que não haverão mais
Lágrimas no paraíso
Enquanto a água gelada batia em seu corpo e molhava o seu corpo devagar e relaxadamente, Maite pensava em seus pais... Deu um leve e fraco sorriso ao pensar no desespero que sua mãe sentiria ao vê-la daquele jeito, machucada daquela forma e o pior... Sofrendo tanto da sua forma. As lágrimas já caíam quando ela desligou o chuveiro para ensaboar o corpo devagar, com cuidado pelos seus ferimentos, que ainda assim, ardiam. Seu corpo estava quente, apesar de tudo e ela dava leves estremecidas pelo contato com a água, pensou estar com febre e realmente estava, embora baixa. Assim que terminou de se ensaboar ligou novamente o chuveiro, apertando os olhos e lembrando de cada traços dos seus pais, dos seus avós... Eles não gostariam de vê-la sofrer tanto, ela sabia. Mas a verdade é que ela não aguentava mais e ela já sabia responder uma pergunta que haviam lhe feito um dia...
Será que você saberia o meu nome
Se eu te visse no paraíso?
Será que você seria o mesmo
Se eu te visse no paraíso?
Eu preciso ser forte
E seguir em frente
Porque eu sei que não pertenço
Ao paraíso
Porque eu sei que não pertenço
Ao paraíso.
Quando tudo que amamos é tirado de nós... O que sobra é a dor, a escuridão, o medo, as feridas e as cicatrizes; que nunca serão curadas.
Ou pelo menos ela pensava que assim seria.
Autor(a): Fabi Sales
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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Andy Herrera Beorlegui Postado em 11/12/2016 - 21:02:55
Primeiro, Sim, você está enrolando pra eles "fod/erem"! SHUSHUSHSUAHSU.. Segundo, bom... eu li 50 tons e essa parte final me lembrou muito quando o Christian vai tirar a virgindade da Ana. Você deve ter se inspirado, ou slá! hsuhahsuahsuha
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Andy Herrera Beorlegui Postado em 11/12/2016 - 17:51:22
Parabéns! Estou começando a ler e ja estou amando! Pelos comentários você parou de escrever, CONTINUEEE <3
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taynaraleal Postado em 27/04/2016 - 09:43:04
Quando vc vai voltar para aqui FABIIIII
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dahnm Postado em 17/03/2016 - 15:16:12
NÃO ABANDONA.... POR FAVOR ... CONTINUA...
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amanda_herroni Postado em 31/01/2016 - 21:20:12
Continuaaa
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Gisele Beorlegui Postado em 04/01/2016 - 10:33:11
Hey, não abandona não :(
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crisjhessi Postado em 28/12/2015 - 03:19:32
Continuaaaaaaaaaaaaa porque parou
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chaverronis2forever Postado em 13/12/2015 - 01:29:03
Cooontinua ameeeei o hoot
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iancaherroni Postado em 06/12/2015 - 14:07:18
não vai postar mais aqui? continuaaaa
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Juh Santos Postado em 06/12/2015 - 00:55:24
ENTÃO... QUERO MEUS CAPÍTULOS, MULHER