Fanfic: Amor em Preto & Branco. | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

"Tudo começa com um olhar, quando uma atração perigosa e irresistível nasce entre os dois e no fundo eles sabem... Irão se render. Eles precisam e têm que se render." — Maite Elizabeth Herrera Perroni Campbell.

“— Vamos lá, Maite. Você escolhe, primeiro o papai ou a mamãe, já que os avôs já foram?” — indagou debochado enquanto caminhava de um lado para o outro, hora ou outra passando a arma pela cabeça de cada um. Ela apenas chorava implorando silenciosamente a Deus que tivesse piedade e salvasse a sua família, por mais que para isso, fora preciso leva-la. “— Ué, não consegue falar? Quer que eu tire o esparadrapo?” — indagou rindo, era sangue frio, sem escrúpulos, mau. “— Que menina má, não vai me responder mesmo?! Só por isso vou matar primeiro a mamãe. Meninas geralmente são mais apegadas a elas mesmo.” — deu de ombros e apontou a arma para a cabeça de Amélia. Maite gemeu alto, tentando gritar e a última coisa que viu antes do alto barulho de tiro atingir o seu ouvido e um corpo sem vida cair no chão, foi o sorriso maléfico de...” 

— Nãããão! — gritou sentando-se na cama. Seu corpo estava encharcado de suor e seu rosto banhado por lágrimas.

Até quando aqueles pesadelos cruéis e tão tristes de se recordar a assombrariam? Quando aquela dor insuportável iria embora? Ela deitou-se novamente de lado abraçando o travesseiro com força e deixando suas lágrimas caírem com intensidade, molhando-o. Oh céus... Doía tanto. E foi chorando, que pegou no sono novamente.

No dia seguinte, acordou às seis e meia. As aulas começariam sete e vinte, daria tempo de sobra pra se arrumar e tomar um rápido café da manhã. Maite tomou um banho frio e optou por não lavar os cabelos naquele dia. Depois de fazer toda a sua higiene pessoal, vestiu o uniforme escolar – que era uma saia, uma blusa, uma gravatinha e para quem quisesse, por conta do frio que fazia na região, uma jaqueta com o símbolo do Internato na mesma. Deixou os cabelos negros e longos soltos, caindo em cascata pelas suas costas. Nos pés, usava botas, como a maioria das meninas dali. A morena não era do tipo de menina que gostava de maquiagens, brincos, essas coisas e por isso não colocou os mesmos. Amava ser plenamente natural e de fato, era muito bonita assim.

Deu uma olhada nas suas aulas do dia e separou os módulos que usaria naquela manhã. Em seguida, decidiu levar tudo e colocar no seu armário que pelo que entendera no mapa que estava em seu dormitório que mostrava todos os locais do Internato, ficava perto da sua sala. Equilibrando os módulos nas duas mãos ela saiu a procura dos armários escolares e quase ajoelhou e agradeceu a Deus quando os achou. Depois de guarda-los voltou para o dormitório, pegou sua mochila já arrumada, guardou a chave do armário na gaveta de uma escrivaninha que ali havia e foi em direção que já estava cheio, o que a surpreendeu. Era tão cedo. Pelo jeito, todos seguiam mesmo as regras rigorosas daquele local. Ela optou por pegar apenas uma maçã e uma caixinha de leite. Escolheu a mesa que ficava bem no canto do refeitório e sentou-se sozinha, mas não por muito tempo.

— Oi! — uma morena se aproximou sorridente e sentou-se na frente de Maite, que riu desconcertada. — Me chamo Angeline, tenho 16 anos e sou filha do Diretor Geral aqui, ele deve ter falo de mim e saiba que eu estava muito ansiosa para que chegasse, conheci seus tios algum dia ai que eu não me lembro — deu de ombros. — E você é Maite, não é?

— Sim. Muito prazer, Angeline. — sorriu meiga.

— O prazer é meu e olha, algo me diz que seremos muito amigas — deu uma piscadinha. — Sou meio doidinha, mas sou bem legal, juro — ergueu a mão fazendo uma espécie de juramente e Maite riu. — Não sei se você sabe, mas somos vizinha — contou sorridente.

— Vizinhas? — Maite indagou com o cenho levemente franzido.

— Sim, de quartos — explicou. — Ah! Esqueci de falar que pode me chamar de Angel, “Angeline” é muito grande, dá trabalho ficar falando da garota — Maite assentiu, gostara da garota.

— Certo. Então acho justo me chamar de May.

Angeline riu. — Pode deixar, May.

E passaram os minutos que lhe restaram conversando e se conhecendo. Maite deixou que Angeline falasse mais, a garota já era tagarela e ela queria evitar de ter que falar da sua vida, então adorou o papo. As duas foram para a sala juntas e sentaram uma ao lado da outra, já que era assim no Internato: Uma mesa para duas pessoas. As primeiras aulas foram tranquilas. Os professores já sabiam da situação de Maite e para a sua alegria, não fizeram muitas perguntas. Já haviam tido aula de História, Química e Álgebra, quando ele entrou na sala.

— Chegou o conquistador de corações do EWS — Angeline disse baixinho, apenas para Maite ouvir.

— O que disse? — a mesma indagou um tanto perdida. Só então percebera que estava olhando demais para o seu mais novo professor de Literatura.

— Falei dele. É o professor mais jovem da casa e também o mais sério, rigoroso e frio, como uma pedra de gelo. Porém muito belo e cobiçado. Metade das meninas dessa sala o desejam, principalmente as do terceiro ano — completou e Maite apenas assentiu, observando o mesmo.

Era alto, ombros largos e fortes, cabelos lisos, curtos e pretos. Seus olhos pelo que ela vira era uma mistura bela e intrigante de algum tom de verde com cinza, muito belos, pensou Maite. Sua expressão estava séria e pela inclinação sutil que seus lábios formavam, ela deduziu que ele estava irritado. Percebera também que ele fora o único professor que só precisou entrar na sala para que todos fizessem silêncio. Por um determinado momento, se perguntou por que motivo logo o mais jovem dos professores demonstrava tanta frieza e era tão temido assim no Internato. No momento, o mesmo estava sentado na sua cadeira e mexia na sua pasta concentrado, parecia procurar algo.

Foi em uma fração de segundos que o olhar dos dois se encontraram e ela quase pulou da cadeira por ser pega no flagra o encarando tão profundamente assim, porém soube disfarçar bem, tirando o fato das suas bochechas coradas. Estranho, pensou ela. Em uma simples troca de olhar ela ficou mexida demais e sentiu um calor estranho subir pela sua barriga ao ver aqueles belos olhos verdes a encararem. Talvez, entendesse agora o motivo da maioria das meninas da sala estarem interessadas no tal professor de olhos verdes acinzentados.

Ele oferecia um mistério em que a pessoa sentia-se quase que obrigada a desvendar com um simples olhar. E bom... Que tipo de pessoa seria capaz de resistir a um mistério desses?!

X-X-X

Por hoje é só, eitchaan, nessa aula ainda tem muitas coisas para rolar, ansiosas? Gostaram dos capítulos postados de hoje? O que estão achando da estória? Está agradando? Muito obrigada pelos coment`s e pelo apoio de sempre. Obrigada também a quem favoritou e a todas que acompanham. 

Beijos <3