Fanfic: Amor em Preto & Branco. | Tema: Trauma Herroni: Maite Perroni & Alfonso Herrera.

"Perdoe a maneira como te olho, baby. É que não há nada que se compare a sua beleza..." — Alfonso Herrera Von Uckermann.

A aula de cinquenta minutos durou bem mais do que Maite esperava. A verdade é que ela não estava acostumada a praticar esportes ou fazer exercícios físicos, nem ela mesma lembrava da última vez que o fizera, mas a aula fora boa, embora estivesse quase caindo de cansaço. Seu rosto estava pingando de suor, suas bochechas branquinhas já estavam rosadas e assim, atraía vários olhares dos rapazes que estavam na arquibancada, um deles era Derrick, que a olhava hipnotizado.

Maite era uma jovem muito bela, isso ninguém poderia negar. Usava o short e a blusa de Educação Física que valorizava mais o seu corpo. Ela era baixinha, 1.60 de altura, magra, com curvas nos locais certos. Não tinha “muita perna, nem bunda” porém os seios eram relativamente fartos para a sua idade. Mas o que chamava mesmo a atenção na garota, era a sua beleza natural. Pele branquinha, cabelos negros, longos e lisos com leves ondulações nas pontas, belos olhos castanhos escuros e misteriosos; e um belo sorriso que conquistava a todos, ainda mais pelas suas belas covinhas.

— Hey, May! — ela ouviu quando Angeline a chamou e olhou pra trás, vendo a morena se aproximar com uma loira.

— Hey, Angel! — disse pegando uma das toalhas dependuradas e passando no rosto.

— Vim te apresentar a Annie, ela é a minha melhor amiga e muito gente boa também — Maite sorriu para a loira.

— Prazer, Annie. Como já deve saber me chamo Maite — as duas se cumprimentaram.

— Prazer. Me chamo Anahí, mas prefiro que todos me chamem de Annie — sorriu simpática.

— Pode deixar — Maite disse, serena. — Bom meninas, tenho que ir para a sala do Sr. Rabugento agora e... Ops! — percebeu que deixou escapas o apelido que havia dado ao professor delas e tapou a boca com as mãos, fazendo as meninas rirem.

— Adorei ela! — Anahí exclamou.

— Ela é legal — Angeline afirmou. — E vai lá, May. Ele não suporta atrasos — contou e Maite fez uma caretinha.

— O que ele suporta afinal? — sussurrou a pergunta, saindo dali apressada e deixando Angel e Annie sorrindo pra trás.

Maite perguntou a Rosa da recepção onde a sala dele ficava e logo chegou lá. Respirando fundo antes de dar duas batidinhas na porta. Sem resposta. Abriu devagar e percebeu que ele estava no telefone sentado de costas para ela. Ela não sabia se pedia licença, ou esperava ele acabar a ligação para entrar, se saía dali, não sabia o que fazer, estava nervosa.

“— Eu tenho direitos. Ele é meu filho também... Quando a Dulce morreu deixou claro do que queria e... Eu não matei a minha esposa e não a coloque nesta conversa... Sr. Richard, eu estou avisando, irei lutar pelo meu filho na justiça e não me importo por quem terei de passar por cima para consegui-lo...” 

Ele dizia e Maite engoliu a seco não conseguia se mexer. Ele tinha um filho?! E a mãe dele estava morta? Ele fora casado? Era isso?

“— É a última vez que eu aviso. Não estou brincando e pelo jeito, o senhor e a sua família só podem estar de brincadeira com a minha cara para me dizerem que eu não posso ver o meu próprio...” 

E foi tudo muito rápido. Em uma fração de segundos, ele virou-se de repente e mirou Maite ali. Sua expressão ficou dura e ela corou na hora. Oh não! Desconcertada, ela abria a boca querendo dizer algo, mas logo fechava novamente, incapaz de se pronunciar.

— Li-Licença. — balbuciou baixinho e fechou a porta com rapidez, só então soltara o ar que prendera a poucos segundos atrás. Estava encrencada, muito encrencada. Passou-se alguns minutos de tortura para ela até que ele abriu a porta com uma cara nada, nada boa. Conseguia estar mais sério do que era e aquilo era muito preocupante.

— Entre — ordenou rude e só a sua voz grossa e rígida fez Maite se arrepiar.

Ela se levantou e ele bateu a porta. Maite engoliu a seco e abriu entrando devagar na sala. Ele já estava sentado na sua cadeira e não pode deixar de evitar olhar as curvas da garota. Raios! Por que tinha que ser tão bela? Mas sua raiva falava mais alto. Alfonso já estava estressado e depois daquele acontecimento... Tudo estava pior. Ele estava a flor da pele. Ela sentou na frente dele e fazia de tudo para não olhá-lo nos olhos, sentia-se intimidada por ele e ainda não entendia o motivo. Herrera, por sua vez, parecia fazer de tudo para deixa-la mais sem graça ainda e pelo jeito, estava conseguindo. Percebeu que gostava de a intimidar, mas percebeu também que quando ela ficava assim, mordia diversas vezes o lábio inferior e put* que pari*, como ele queria fazer aquilo no lugar dela e... Não! Não, não. Foco, Herrera. Ela é apenas uma aluna. As pernas de Maite tremiam, sua pele estava arrepiada e sua garganta seca, pra completar, ela sentia como se mariposas estivesse voando em seu estômago.

Péssima combinação!