Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

— Como posso saber? Não o conheço. Talvez você seja um jogador
inveterado, ou daquele tipo de homem que gosta de bater na esposa.
— Não me enquadro em nenhuma das duas categorias. — Alfonso sorriu. — O
jogo não me atrai, e posso lhe garantir que nunca agredi fisicamente uma mulher.
Ele segurou-lhe a mão e acariciou-a. Anahi virou o rosto.
— Preste atenção, Anahi, este arranjo será bom para nós dois. Você precisa
de um lar. Se casar comigo, terá o seu lar e uma família. Tia Gladys, que tem um
coração de ouro, e minha irmã May. Algum dia, se tivermos sorte, teremos filhos. E
você irá morar perto do seu primo. Christopher mora praticamente na porta ao lado.
Anahi corou só de se imaginar dando à luz os filhos daquele homem. Mas não
havia como negar que a oferta era tentadora. Ela não tinha mais ninguém no
mundo. A mãe morrera dando à luz ao irmãozinho de Anahi, que também falecera
poucas horas depois de nascer, e o pai sempre estivera tão ocupado com o trabalho
e suas causas que ela acabou sendo criada pelas irmãs Abington. Fora uma
infância carente de amor.
Mas Alfonso não a amava, nem ela a ele. Por que um duque iria querer se
casar com uma americana sem dinheiro?
— O que você ganha com esse arranjo?
— Uma esposa. Preciso de uma. — Ele sorriu. — Na verdade, eu estava a
caminho de Londres para procurar uma noiva. Você me poupou de um grande
trabalho.
— Não posso imaginar que tipo de trabalho você teria para encontrar uma
noiva.
Alfonso ficou surpreso.
— Aceitarei isso como um elogio. Acontece que as inglesas não têm olhos
para mim, e sim para o meu título.
— Não posso acreditar nisso nem por um segundo.
— Pois acredite. — Alfonso olhou para a água cristalina correndo no riacho. —
O que falta para assumirmos um compromisso? Não precisamos ficar noivos agora.
Você pode se hospedar em Alvord com tia Gladys e lady Amanda como
acompanhantes. A senhorita disse que tem experiência como professora e acho que
isso me será muito útil. Na semana que vem iremos para Londres para a primeira
temporada da minha irmã, May. Ela tem dezessete anos, e acho que tia Gladys
não terá disposição suficiente para encarar o desafio de acompanhar uma jovem
aos inúmeros bailes. Desta forma, você terá algum tempo para se acostumar à idéia
do casamento.
— Não é que eu não goste de você — Anahi se adiantou. — Você me parece
ser boa pessoa. Mas eu não o conheço, é só isso.
Alfonso assentiu.
— Eu compreendo. Só tenho duas condições, então.
— Quais?
— Primeiro, se alguém ficar sabendo do que aconteceu no Green Man, você
terá de se casar comigo. Não quero arruinar sua reputação, assim como não quero
ser apontado como o responsável por isso.
— E a segunda condição?
Alfonso sorriu e Anahi sentiu um nó no estômago.
— A segunda, eu me reservo o direito de tentar persuadi-la a me aceitar como
marido.
— O que você quer dizer com isso?
— Bem, isto e aquilo. Para ser mais específico, isto.
Alfonso se inclinou para a frente e cobriu os lábios de Anahi com um beijo
suave.
Ela já não ouvia mais o cantar dos pássaros, tampouco o ruído da água
corrente. O beijo parecia um sonho, um convite. Mas um convite para quê?
Empurrou o peito dele com as duas mãos, ofegante, e o encarou. Os olhos de
Alfonso tinham o mesmo brilho estranho que ela vira naquela manhã, quando ele
admirava seu corpo. Anahi corou.
— Não tenho certeza de que seja uma boa idéia, milorde. Quero dizer, Vossa
Graça.
— Alfonso — corrigiu ele, com voz rouca, olhando fixamente para os lábios de
Anahi, ainda úmidos do beijo.
— Está bem. Mas sobre o que estávamos falando, mesmo? — Alfonso sorriu.
— Disto — respondeu, tocando os lábios dela com o dedo indicador e
traçando-lhes o contorno. — A segunda condição para postergarmos nosso noivado:
que você me permita que eu lhe faça a corte.
— Eu tenho outra escolha? — O sorriso dele se alargou.
— Não.

F.Ardilla Bem Vinda 

Maria.Eduarda Ñ me abandone heiim