Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

— Acho que elas querem que você se case, e eu sou a candidata mais
provável. — Alfonso riu.
— Talvez. — Ele estendeu-lhe a mão. — Seja bem-vinda a Alvord, Anahi.
Espero que se sinta em casa.
— É uma construção impressionante.
"Impressionante" era pouco para descrever o que Anahi realmente sentia
diante do imponente castelo. Lady Amanda tinha razão, ela nunca tinha visto nada
igual.
— Não se impressione com o tamanho. Prometo que lhe ajudarei a não se
perder.
— Alfonso! — Uma mocinha de cabelos pretos como os de Alfonso surgiu
entre as imensas portas do castelo, e se jogou nos braços do duque, que retribuiu o
abraço com a mesma intensidade afetiva.
— May, só passei uma noite fora.
— Mas você nunca faz isso! Não sem nos avisar antes. Ficamos preocupadas,
achando que algo de ruim pudesse ter acontecido. Que você tivesse sido abordado
por salteadores, ou... algo assim.
— May, não existem salteadores aqui em Kent. — Alfonso olhou para Anahi.
— Como pode ver, sou um homem caseiro. Não posso passar uma única noite me
divertindo com os amigos sem que as minhas mulheres reclamem. — Ele virou a
moça para que ela pudesse olhar para Anahi. — Como você já deve ter percebido,
esta é minha irmã, May. May, esta é Anahi Puente, da Filadélfia.
— Como vai, May? — Anahi sorriu para a simpática jovem.
— Seja bem-vinda, srta. Puente. Acho que nunca conheci alguém das
colônias.
— May, acho que Anahi prefere que se refiram à terra natal dela como
Estados Unidos. As colônias conquistaram a independência definitiva há cinco anos,
sabia? — Alfonso provocou. — Pelo menos espero que sim, pois gastei uma
verdadeira fortuna com a sua educação.
May franziu o cenho e corou.
— Não quis ser ofensiva, srta. Puente.
— Não foi. E você pode me chamar de Anahi. Confesso que esta é a primeira
vez que saio da Filadélfia, por isso quem sabe você possa me ajudar com os
costumes locais. Já disse ao seu irmão que faço a maior confusão com os títulos
ingleses.
May sorriu e fez uma cortesia elegante.
— Bem, vamos entrar? Acho que Anahi deve estar querendo descansar um
pouco. — Alfonso ofereceu um braço a cada uma.
— Anahi ficará conosco, Alfonso?
— Sim, ela se hospedará conosco e nos fará companhia na temporada em
Londres.
May pareceu surpresa, mas obviamente era muito educada para fazer mais
perguntas. Anahi, por sua vez, não estava disposta a contar todos os detalhes do
motivo de sua estada, mas uma satisfação não faria mal a ninguém.
— Seu irmão está me ajudando numa situação complicada, May. Ainda no
leito de morte, meu pai insistiu que eu viesse para a Inglaterra. Não sabíamos que o
irmão de meu pai, lorde Westbrooke, tinha morrido, e que o atual lorde é o sr.
Christopher. Uma vez que não ficaria bem me hospedar na casa de um rapaz solteiro, o
seu irmão gentilmente me ofereceu sua hospitalidade.
— É mesmo? — May sorriu, olhando para Alfonso. — Bem, fico feliz por isso.
Será divertido ter a sua companhia, Anahi. — Ela olhou novamente para o irmão.
Parado na porta da frente estava um distinto cavalheiro, que Alfonso
cumprimentou com um sorriso.
—Olá, Layton. Diga uma coisa, você também estava preocupado comigo?
— É claro que não, Vossa Graça. — Layton se inclinou discretamente. Era um
senhor de cabelos grisalhos e nariz imponente. Anahi pensou que ele se parecia
mais com um duque do que o próprio Alfonso. — Tentei acalmar as damas, mas lady
Gladys não se convencia.
Alfonso meneou a cabeça.
— Eu deveria ter dado mais trabalho quando era jovem.
— Creio que as senhoras diriam que o senhor já causou preocupação
suficiente quando lutou contra Napoleão, Vossa Graça.
Eles entraram no cavernoso hall onde uma senhora de formas arredondadas
os aguardava.
— Ah, sra. Stalling, temos visita. A senhora poderia acompanhar a srta.
Puente ao quarto azul?
— Certamente, Vossa Graça. Por aqui, senhorita.
— Posso acompanhá-la, também? — May indagou, cruzando o braço com
Anahi. Alfonso franziu a testa.
— Anahi deve estar querendo ficar um pouco sozinha, May.
— Prometo não incomodar. Você se importa, Anahi? — Anahi olhou para a
jovem. May estava sorrindo. Era uma sensação estranha e ao mesmo tempo boa
ter alguém como companhia.
— Não me importo, de forma alguma.
As duas subiram os sólidos degraus de pedra, logo atrás da sra. Stalling.
— Às vezes meu irmão se esquece de que não sou mais uma garotinha.
Anahi riu.
— Percebi. Mas eu a invejo. Não tenho irmãos.
— Aqui estamos, srta. Puente. — A criada abriu a porta do quarto.
— É lindo. — Havia um tom de admiração nas palavras de Anahi.