Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

Christopher não conseguiu conter o riso, e Anahi o encarou.
— Não sei do que está rindo, primo. É você quem vai pagar por tudo isso, não
é?
Christopher assentiu, mas preferiu se abster do direito de reposta. Afinal, qualquer
homem sabia que não era sensato tentar argumentar contra uma mulher.
— Parem de rir. É um desperdício de dinheiro. A sra. Croft quer fazer um traje
de montaria, e eu nem sei cavalgar.
— Você não sabe montar? — Christopher parou de rir de repente.
— Não precisa me olhar como seu eu fosse anormal. Tenho duas pernas
saudáveis. Por que precisaria andar montada sobre o lombo de um cavalo?
— Tem medo de cavalos, Anahi? — Alfonso indagou.
— Acho que não. Para dizer a verdade, nunca tive chance de cavalgar.
Morávamos na cidade, e eu caminhava para onde precisava.
— Bem, então você precisa aprender a montar.
— Preciso?
— Eu lhe ensinarei o básico, e quando voltarmos de Londres, depois da
temporada, você poderá se aperfeiçoar.
— Mas até o final da temporada, eu espero já ter encontrado um trabalho. Não
voltarei para Alvord.
— Não? Bem, veremos.
— Você deveria saber que Alfonso sempre consegue o que deseja — Christopher
interveio, alegremente. — Não sei ao certo como, acho que é por pura teimosia.
— Bobagem, Christopher. O truque é ser sempre razoável.
— Se pretende se casar comigo, certamente pode perceber que esta não é
uma decisão razoável. — Anahi enumerou suas razões com os dedos. — Em
primeiro lugar, sou americana; segundo, não tenho a menor idéia de como
administrar uma casa deste tamanho; terceiro, não sei dançar; e quarto, não sei
cavalgar.
Alfonso contornou a mesa, pegou na mão de Anahi e lentamente foi dobrando
um dedo de cada vez.
— Você dança muito bem, Anahi, e vou lhe ensinar a montar; a sra. Stalling
sempre cuidou de Alvord, desde que minha mãe era viva. Posso lhe assegurar que
ela ficará feliz em continuar fazendo isso, sob as suas instruções, é claro; e quanto
ao fato de ser americana, você também é prima do conde de Westbrooke.
— E isso é uma distinção e tanto — Christopher interpôs com orgulho. Em seguida
fez uma leve reverência. — Bem, por mais que os dois sintam a minha falta, preciso
ir.
Alfonso segurou a mão de Anahi enquanto os dois acompanhavam Christopher até
a porta. E quando ela esperava que Alfonso fosse soltá-la, ele a reteve, entrelaçando
os dedos nos dela, assim que Christopher se foi.
— Eu estava planejando fazer um passeio pelo ducado, para ver como vão as
coisas, e ficaria feliz se você pudesse me acompanhar. Isto é, se a sra. Croft puder
dispensá-la.
— Acho que sim. Tem certeza de que não vou atrapalhar? Alfonso olhou-a dos
pés à cabeça, e Anahi sentiu um leve rubor lhe subindo pelas faces.
— De forma alguma. Será um prazer.
Alfonso estava esperando, encostado ao cabriole, quando Anahi saiu.
— Está muito elegante para um veículo tão simples — observou ela.
— Ah, mas de vocação não passo de um simples fazendeiro. — Alfonso ajudoua
a subir no veículo. Os olhos dele refletiam um brilho dourado à luz do sol, bem
como os cabelos.
Por um momento, o olhar de Anahi se deteve nos lábios másculos, imaginando
que sabor teriam naquela manhã. Em seguida, porém, ela se endireitou no assento.
O que estava pensando, afinal? Estavam na entrada do castelo, à vista de todos.
Alfonso suspirou.
— Quase consegui roubar um beijo, não foi? — Anahi fitou-o, séria.
— Comporte-se, por favor.
Ele deu a volta e assumiu a direção da pequena carruagem.
— Mas isso não é tão divertido quanto ousar, Anahi. Admita. Ou você nunca
cometeu um deslize?
— Não seja ridículo. — Ela desviou o olhar.
— Não acho mesmo que tenha. — Alfonso sacudiu as rédeas e os cavalos se
moveram. — Mas cuidarei para que isso mude.
— Você é mesmo um especialista em mau comportamento, não é?
— Na verdade, não. Sempre tive muitas responsabilidades, mas fico feliz por
ter quebrado algumas regras.
— Quantos anos você tinha quando herdou o título?
— Vinte e cinco. Mas fui o primogênito e único filho, por isso fui treinado assim
que comecei a dar meus primeiros passos — Alfonso zombou. — Eu não ficaria
surpreso se meu pai tivesse me sabatinado sobre plantio e colheita enquanto eu
ainda estava nos braços de minha ama-de-leite. E não, não estou pedindo que
tenha pena de mim, se li corretamente em seus olhos. E se continuar me olhando
dessa maneira, serei obrigado a tentar roubar um beijo novamente, só para ver
aquele mesmo brilho no olhar. Que por sinal estão verdes, hoje.
— Meus olhos não são verdes.
— Mas hoje estão. Não um verde profundo, devo dizer. Acho que a cor deles
depende do seu humor e do tom de roupa que usa. Espero que tenha encomendado
alguns vestidos azuis e verdes.
— Acho que a sra. Croft irá fazer um ou dois.
— Esplêndido! — Alfonso às vezes parecia inocente aos olhos de Anahi. —
Assim poderei observar se seus olhos realmente mudam de cor de acordo com o
tom do vestido. Talvez eu possa escrever um tratado intitulado A Cor dos Olhos de
Anahi. Que tal?