Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

Gladys resmungou algo, antes de responder devidamente.
— Lengalenga! Eu não me canso, você é que fica aborrecido, Alfonso. Não
tente negar.
Ele sorriu.
— Bem, um pouco, talvez. — Gladys fitou Anahi.
— Tome seu lugar na linha de recepção, filha. Aqui, ao lado de seu primo.
Christopher, confio em você para proteger Anahi das harpias.
Christopher fez uma leve curvatura.
— Será um prazer, milady. — No minuto seguinte, Christopher se virou para
cumprimentar uma senhora que chegava apoiada em uma bengala, e com um
elaborado penteado remanescente do século anterior. — Lady Leighton — ele disse,
erguendo a voz —, que prazer em vê-la. Deixe-me apresentá-la à minha prima
americana, a srta. Anahi Puente.
Anahi cumprimentou a mão enluvada da mulher.
— Boa noite.
— Ah! — A dama encarou Anahi. — Eu me lembro do seu pai e do seu avô. Já
era tempo de você voltar daquelas colônias desoladas.
Anahi a olhava, surpresa.
— Obrigada, milady.
— A Inglaterra é o seu lugar. Fico feliz que finalmente tenha se dado conta.
Anahi observou a mulher se afastando lentamente em direção ao salão de
baile antes de outro convidado roubar sua atenção.
Em segundos, o vestíbulo estava abarrotado de pessoas. O zunido de vozes
ecoava no ar. Wiggins deixara a porta aberta, pois a fila de convidados serpenteava.
E Anahi sorria e respondia aos cumprimentos dos cavalheiros, acompanhados de
damas elegantes e perfumadas.
— Está se divertindo, srta. Puente?
Anahi olhou confusa e só então percebeu quem a cumprimentava.
— Major Draysmith! — Seus lábios se abriram em um sorriso sincero. — Que
bom vê-lo.
— Espero que guarde uma dança para mim.
— Certamente. Verá por si mesmo como melhorei meus passos. — Christian
sorriu e se moveu.
Finalmente, a tortura chegou ao fim.
— Acho que já podemos abandonar nossos postos. — Alfonso pegou a mão da
tia. — O que a senhora acha, tia? Já cumprimos com nosso dever?
— É claro que sim. Agora pegue a mão de May e abram o baile, Alfonso.
— Será um prazer. Venha, May. Até que não foi tão ruim, foi? — Os olhos de
May brilhavam de contentamento, e as faces estavam levemente ruborizadas.
— Vieram tantas pessoas!
— Sim, e estão todos esperando por nós.
Alfonso conduziu May pelas amplas portas que davam para o suntuoso salão.
Anahi seguiu logo atrás, de braço dado com Christopher. Ela parou sob o umbral,
segurando Christopher por um momento.
Já tinha visto o salão assim que chegaram a Londres. Mas agora, com todas
as velas acesas, as flores e todas aquelas pessoas elegantes, o cenário parecia
outro.
— Impressionante, não? Alfonso sabe dar uma festa quando quer, apesar de
supor que lady Gladys e lady Amanda foram as grandes responsáveis. — Christopher
deu um passo à frente. — Vamos, Anahi. Temos de nos juntar a Alfonso e May na
dança de abertura.
O mar de pessoas se abriu para que Alfonso e May pudessem chegar ao
centro do salão. Anahi segurava com força o braço do primo à medida que
avançavam em meio à multidão de olhos curiosos e bocas sussurrantes.
— Não se importe com eles — Christopher murmurou. — Tudo ficará bem. Você é
uma Puente, não é?
Anahi sorriu e ergueu o queixo.
— Sim, eu sou — sussurrou de volta.
— Muito bem. Falou como uma duquesa. — Espantada, ela olhou para Christopher.
— Não falei.
— Falou, sim. Está no seu sangue, Anahi. Você pode ser americana, mas não
pode negar as raízes inglesas.
Anahi balançou a cabeça, mas não teve tempo de pensar muito sobre as
palavras do primo, pois os primeiros acordes da orquestra soaram no ar.
Anahi estava parada perto de uma janela onde o ar corria fresco. Ela tinha
dançado todas as músicas até então, e seus pés estavam inchados e o rosto
corado. Era bom ter um tempo para respirar.
Alfonso valsava alegremente com uma loira, acompanhando o ritmo inebriante
da música. Era sua impressão ou ele estava muito mais próximo da mulher do que o
apropriado? E por que a loira sorria para ele como se estivessem compartilhando
momentos de pura intimidade?
Era a primeira vez que Anahi via Alfonso em seu meio ambiente natural. As
mulheres o rodeavam como moscas no mel. E ele não as desencorajava. Pelo
contrário, sorria para cada uma.
Anahi sentiu-se uma tola. Era claro que Alfonso tinha se sentido atraído por ela
em Alvord; ele ficaria atraído por qualquer coisa que estivesse de saias. Naqueles
dias ela era a única mulher disponível com quem ele podia flertar. E, claro, era
preciso não se esquecer de que ele era um duque.
— Ah, srta. Puente?
Anahi se virou e viu duas mulheres de meia-idade sorrindo para ela. Uma era
baixinha e com um nariz aquilino. A outra era alta e magra.
— Olá. — Anahi forçou um sorriso. Se pudesse teria ignorado as duas harpias,
mas a educação falou mais alto.
— Você não se lembra de nós, não é mesmo? — a de nariz pontudo indagou.
Anahi meneou a cabeça.
— Sinto muito. Provavelmente nos conhecemos na linha de recepção, mas
eram tantas pessoas que confesso não me lembrar.
— Hum. — A mulher empinou o nariz. — Sou a duquesa de Rothingham. —
Ela ergueu uma sobrancelha, enquanto Anahi olhava, pálida. — A mãe da lady
Perla Wickford.
Anahi sorriu educadamente e viu o semblante da duquesa se transformar.
Obviamente a senhora esperava por outra reação, mas Anahi não fazia a mínima
idéia de quem era a tal lady Perla Wickford.
— Esta é lady Huffington. — As palavras saíram arrastadas dos lábios da
duquesa.
Anahi sorriu.
— Como vai, senhora?
Lady Huffington não disse nada, apenas retribuiu com um aceno.
— Soubemos que a senhorita está hospedada na casa do duque de Alvord.
— Sim, estou.
— É amiga da família?
Anahi se perguntava que direito a mulher tinha de fazer tantas perguntas.
— Na verdade, não. Há um mês eu nem conhecia o duque.
— É mesmo? — A voz da duquesa soou fria.
— Ah, sim. Foi uma sorte o duque e sua família me acolherem. Sabe, meu pai
era irmão do conde de Westbrooke, ou seja, tio do atual conde. Quando meu pai
insistiu que eu viesse para a Inglaterra, ele não sabia que o irmão tinha morrido. E é
claro que eu não poderia me hospedar na casa de um rapaz solteiro. Se o duque e
sua tia não tivessem me oferecido um lugar para ficar, não sei o que teria sido de
mim. — Anahi fez uma pausa para recuperar o fôlego. — Estou muito feliz em poder
ajudar a família em troca de tanta generosidade. Tenho alguma experiência com
jovens, por isso estou ajudando Sua Graça, acompanhando a jovem May em sua
primeira temporada.
— Sei. — A duquesa retorceu os lábios. — Então a senhorita é a dama de
companhia de May. Que maravilha.
A mulher se voltou para lady Huffington, ignorando Anahi como se de repente
ela tivesse se tornado invisível. Anahi sorriu, sem jeito. Por alguma razão a duquesa
a via como uma ameaça. Mas criados não eram uma ameaça e, sendo uma dama
de companhia, Anahi não passava de uma criada bem vestida.

Aii postei 12 capitulo ate domingo ou segunda byee