Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

— Como disse?
— Disse para você se afastar de Kuno.
— Ele é um homem encantador e muito interessante. Por que eu deveria
manter distância?
— Ele não está interessado em você!
Anahi contraiu os olhos e ficou muito vermelha.
— Não está interessado? Quer dizer que não sou suficientemente atraente?
— Não! — Alfonso tentou esquecer o desejo para poder raciocinar com mais
clareza. A conversa estava tomando um rumo oposto ao planejado. — Anahi...
— O sr. Kuno é encantador e dançarei com ele se quiser. Não tente me
impedir, Alfonso.
— Senhor do céu! — Alfonso já tinha ouvido o suficiente e, num ato impulsivo,
puxou Anahi para perto de si novamente, calando as palavras ácidas com um beijo
ardente.
Ela enrijeceu e o empurrou.
— Pare com isso! — Seus olhinhos estavam cheios de lágrimas. — Deixe-me
em paz!
As mãos de Alfonso cederam ao pedido, e Anahi deixou a sala no mesmo
instante.
Maldição.
Alfonso permaneceu parado no exato lugar onde estava, tentando conter as
emoções. Mas isso parecia impossível. Estava se tomando cada vez mais
insuportável estar tão próximo de Anahi e não poder tocá-la.
Precisava sair dali. Se não fosse embora imediatamente, iria explodir e não
tinha certeza de que tipo de explosão seria.
Uma coisa era certa. Precisava investigar o tal Kuno. Já deveria ter feito isso
desde a primeira vez em que o sujeito cruzara os portões dos Easthaven. Alfonso
tinha suas fontes para descobrir o que quisesse.
— A senhorita me parece um tanto solitária.
— Sr. Herrera. — Anahi preferia o isolamento à companhia de Richard.
Ele estendeu a mão.
— Vamos dançar?
— Estou um pouco cansada. Obrigada, acho que prefiro ficar aqui.
Rodrigo manteve a mão estendida. Logo Anahi ouviu alguns murmúrios e
sentiu os olhares curiosos pousando sobre eles.
— Está bem.
— Sábia escolha, srta. Puente. A senhorita não gostaria que aquelas harpias
escutassem a nossa conversa, não é? — comentou Rodrigo, assim que a música
começou.
— Não?
— É claro que não. — Ele olhou ao redor do salão. — Não estou vendo meu
primo.
— O duque estava aqui havia pouco. Estou certa de que ele deve ter ficado
triste pelo desencontro.
— Duvido. — Rodrigo forçou um giro. — Espero que a senhorita tenha levado
a sério o meu aviso.
— Que aviso?
— Sobre Alfonso continuar solteiro. Não se lembra? Pensei que tinha sido por
isso que Alfonso parou de cheirar as suas saias. — Anahi olhou profundamente nos
olhos frios de Rodrigo. — Vejo que seus modos não melhoraram em nada, sr.
Herrera. — Ele soltou um riso sarcástico.
— Garanto que a senhorita deveria se preocupar com outras coisas bem mais
importantes do que os meus modos, srta. Puente. Como manter suas pernas
fechadas para o meu primo, por exemplo.
Anahi sabia que estava ruborizada. Por sorte, seus pés ainda se moviam
automaticamente.
— A senhorita tem se mantido longe da cama do meu primo, não tem? —
Rodrigo a encarou. — A senhorita ainda está com aquela carinha característica das
virgens. Estou certo?
— Sr. Herrera!
— Está, sim. É impossível fingir essa expressão. Respire fundo, srta. Puente,
e preste atenção ao que vou lhe dizer. É melhor a senhorita se manter virgem, pelo
menos no que diz respeito ao meu primo. Tentar se tornar uma duquesa seria um
erro muito grave.
Nisso, Rodrigo baixou as mãos e abandonou Anahi no meio da pista de dança.
Os outros casais olhavam pasmados, e o burburinho teve início imediato.

RODRIGO MERECE APANHAR NÉ