Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

Alfonso cerrou os punhos e sentiu um desejo imenso em esmurrar o rosto de
Featherstone ali mesmo. Seus sentimentos deviam ter ficado evidentes, pois o
falastrão recuou um passo.
— Sem ofensa, companheiro — Featherstone engasgou. — Achei que você
não a quisesse mais, só isso. Mas se ainda estiver interessado, bem, então, retiro
tudo que eu disse.
— Featherstone — Alfonso começou, mas parou quando sentiu uma mão em
seu ombro. Ele se virou e viu Christopher.
— Alfonso, você terá de matar esse sujeito mais tarde. Preciso falar com você
agora.
— Não quero atrapalhar em nada. — Featherstone ajeitou a gravata. Alfonso o
ignorou e saiu puxando Christopher pela porta que dava para o jardim.
— O que está acontecendo? — Alfonso manteve um tom discreto, pois era claro
que todos estavam de ouvidos atentos. — Vi Anahi saindo do salão, há alguns
minutos. Preciso encontrá-la.
Alfonso e Christopher saíram para a varanda.
— A história do Green Man escapou, Alfonso.
— Maldição! — Alfonso olhou ao redor, mas a varanda estava deserta. — Onde
está Anahi?
Christopher pousou uma mão sobre o ombro do amigo.
— Vou procurar por ela.
Alfonso se esquivou da mão de Christopher.
— Não, nós vamos. Você sabe se Kuno está aqui?
— O americano? Acho que o vi há uma hora. Por quê?
— Porque ele é o cúmplice do meu querido primo. Vamos logo. Temos de
encontrar Anahi o quanto antes. — Alfonso desceu os degraus que levavam ao
jardim.
Anahi mal via para onde ia. Simplesmente caminhava pelos caminhos escuros,
longe das luzes, longe dos olhos, longe do escárnio.
Como a história do Green Man tinha vazado depois de todo aquele tempo?
Será que alguém a reconhecera? Por que a pessoa demorara tanto para falar?
Seria obra de Rodrigo? Mas ele, mais do que ninguém, sabia que a história só
apressaria o casamento com Alfonso. E isso era a última coisa que Rodrigo queria.
Certamente era a última coisa que Alfonso queria, também. Anahi desviou de
um galho pendente. Era a última coisa que ela queria, também. Mas, naquele
momento, a idéia de se unir a um conquistador não era a única que a atormentava.
Aonde tinha ido parar seu amor-próprio? Aparentemente, tinha ido embora.
Ela parou perto de uma árvore imensa, num recanto distante do jardim dos
Palmerson. Recostou contra o tronco sólido e finalmente respirou fundo. Precisava
pensar, mas sua mente se recusava a funcionar; ainda ouvia os comentários das
moças, via os sorrisos maldosos nas faces. Eram apenas meninas de não mais de
dezessete anos, protegidas pelo dinheiro e pelo prestígio dos pais. O que sabiam da
vida? Por que ela deveria se importar com o que elas pensavam? Mas o problema
não era o que as mocinhas pensavam, e sim o que todas as pessoas presentes no
baile estavam pensando.
Anahi soltou um gemido, recostando a cabeça no tronco da árvore. Como iria
encontrar coragem para voltar para aquele salão?
— Srta. Puente! Que surpresa agradável, encontrá-la aqui.
Anahi ergueu os olhos, assustada. A apenas dois passos de distância
encontrava-se William Kuno. Ele parecia... diferente. O belo rosto estava
ameaçador. Ela ficou ofegante, e se agüentou como pôde, pois aquele não era o
momento ideal para desmaiar.
— Sr. Kuno. — Felizmente seu tom de voz saiu firme. — Sinto muito, mas
preciso ficar só, neste momento. Kuno suspirou.
— Acho que a sua preferência não importa, srta. Puente.
— O que... o senhor quer dizer? — Anahi se endireitou e cambaleou. O único
meio de escapar seria passando por Kuno, e ele poderia detê-la com apenas uma
mão, se quisesse.
Kuno se aproximou e Anahi deu um passo para o lado, escapando por
pouco.
— Tem algo nessa história toda que não se encaixa. Não sei ao certo o que é,
mas confio em meus instintos. — Kuno balançou a cabeça. — Bem, mas isso não
importa. Não posso desperdiçar uma oportunidade como esta.
Ele avançou novamente e segurou Anahi pelos ombros. Os dedos apertavamlhe
a pele. A proximidade era tanta que ela até podia sentir o hálito de vinho, mas
ele estava sóbrio.
— Sinto muito, mas por força das circunstâncias serei obrigado a fazer amor
com a senhorita, aqui mesmo. — Com a mão direita, ele rasgou o decote do vestido
de Anahi. Em seguida tocou um dos seios, enquanto os olhos dela se enchiam de
lágrimas. — Não gosto muito de mulheres magras. Não gosto de ossos pontudos
me espetando. Mas não tem problema, minha querida. Podemos fazer amor,
recostados contra a árvore, apenas.

Oque sera q vai acontecer