Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

Anahi virou-se para ver Alfonso recostado no batente da porta, sorrindo.
— Finalmente! — May se ajoelhou na poltrona e se inclinou sobre o espaldar
para olhar para o irmão. — Por onde você andou?
— Aqui e acolá.
O olhar de Alfonso estava fixo em Anahi, deixando-a sem fôlego.
— Isso não é resposta — protestou May. — Conte-nos qual é o motivo de
tantas flores e a comida que está sendo entregue.
— Oh, acho que Anahi sabe o motivo. — Alfonso sorriu.
— Mas eu não sei, portanto me conte logo, Alfonso! — Ele riu.
— Paciência, irmãzinha! Por que não desce e se junta à tia Gladys e lady
Amanda, na sala de estar? Anahi e eu desceremos em um minuto e então
contaremos o que está se passando. — Alfonso olhou para Anahi e abriu outro de
seus belos sorrisos. — Bem, talvez não tudo.
Anahi sentiu o rosto arder.
— Não vou deixá-lo aqui sozinho com Anahi — disse May. — Ela está
usando um robe apenas, Alfonso. Não seria decente.
— Eu percebi.
May se levantou e segurou o irmão pelo braço.
— Vamos. — Saiu, puxando-o para fora do quarto. — Se o levar para baixo,
tenho certeza de que Anahi descerá logo. Não demore, Anahi — ela falou por sobre
o ombro —, ou tia Gladys, lady Amanda e eu seremos capazes de torturar o pobre
Alfonso até que ele nos conte tudo.
— Prometo não demorar — Anahi respondeu, rindo ao fechar a porta.
Ao descer, Anahi ficou espantada ao ver como a casa toda estava diferente.
De fato, havia flores por todos os lados, no hall de entrada, sobre os balaústres,
sobre as mesas. Ela respirou fundo. O ar tinha um agradável perfume de verão.
Gladys estava sentada ao lado de um enorme vaso de rosas, na sala de estar.
— Finalmente. Talvez agora saibamos por que Alfonso esvaziou todas as
floriculturas de Londres.
— Pensei que a senhora já tivesse adivinhado, tia. — Alfonso moveu um vaso
de violetas sobre o aparador da lareira.
— Tantas flores só podem significar duas coisas: um funeral ou um casamento
— interveio Amanda.
— Precisamente. E uma vez que, apesar da vontade de Rodrigo, não planejo
morrer tão cedo, a conclusão é óbvia.
— Nem tanto. — Gladys franziu a testa. — Com quem exatamente você irá se
casar? Quando saímos para a ópera ontem à noite... não preciso lembrá-lo que
você não nos acompanhou... acho que Anahi ainda estava com a idéia fixa de se
tornar governanta, não duquesa.
Alfonso removeu um fiozinho da manga do paletó.
— Bem, acabamos resolvendo nossas diferenças.
— Não vejo como isso pode ter acontecido. Anahi esteve na cama todo o
tempo, não esteve?
— Acho que a pergunta, Gladys, é "na cama de quem?" — observou Amanda,
perspicaz como sempre.
— Hum. — Gladys olhou para Alfonso e em seguida para Anahi, que fez o que
pôde para ficar de cabeça erguida, apesar de sentir o rubor lhe subindo pelo rosto.
— Bem, não importa como aconteceu, acho simplesmente maravilhoso! —
May quebrou o gelo, abraçando primeiro o irmão e depois Anahi. — Quando será
o casamento?
— Hoje à noite. — Alfonso sorriu.
Foi uma cerimônia simples, que agradou, e muito, a Anahi. Somente pessoas
da família e amigos íntimos foram convidados: Gladys, Amanda, May, Christopher e
Christian. Anahi se lembrava de alguns detalhes com clareza: de Wiggins sorrindo ao
abrir a porta da sala de estar para ela entrar de braço dado com Christopher; de Alfonso
tomando sua mão em seguida, e do anel de noivado brilhando em seu dedo; do
rosto de tia Gladys com os olhos marejados e um sorriso nos lábios; e dos cabelos
loiros de Alfonso refletindo à luz das velas, do brilho dos olhos cor de mel, emanando
amor.
Anahi tentou prestar atenção às palavras do sacerdote, mas sua mente só
queria pensar em Alfonso. Ela sentia o perfume do homem ao seu lado, o calor
emanado pelo corpo juntinho ao seu. Se olhasse pelo canto dos olhos, poderia vêlo,
vestido elegantemente, prestando atenção a tudo que estava sendo dito. Mas se
fechasse os olhos, o veria de outra maneira bem menos civilizada, sem todas
aquelas roupas. Pois agora ela sabia como Alfonso era ainda mais belo quando
estava nu. Sabia como era sentir o calor do corpo dele junto ao seu. Seus joelhos
bambearam quando ele pegou sua mão. O toque suave significava tanto uma
segurança como uma promessa.
Na sala de estar, após o jantar, tia Gladys sorriu e se inclinou na direção de
Anahi.
— Alfonso parece muito feliz, querida. Nunca o vi tão contente.
Anahi olhou para o marido, que conversava com Christian, perto da lareira. Ele
parecia feliz, de fato. Toda a tensão que estivera em seu rosto nos últimos dias tinha
desaparecido. Ele devia ter percebido que estava sendo observado, pois deu uma
olhadinha e sorriu. Anahi baixou o olhar, encabulada.
— Para mim ele parece muito mais do que feliz, Gladys — Amanda comentou.
— Acho que nesta noite você não vai querer se demorar muito aqui embaixo, não é
mesmo, Anahi?
Anahi se safou de responder à pergunta mais que indiscreta com a chegada
do chá.
— Rodrigo não vai gostar nada de ler nos jornais de amanhã a notícia do seu
casamento, Alfonso — Christian disse ao aceitar a xícara que Anahi lhe oferecia. —
Presumo que tenha mandado colocar nos jornais.