Fanfic: Duque Apaixonado AyA / Ponny FINALIZADA | Tema: AyA, Romance

Reta Final...

— Com licença — ele murmurou e saiu correndo, deixando a sra. Fallwell se
abanando, perplexa.
— Alvord, olhe por onde anda!
— Desculpe!
— Tome cuidado, rapaz!
Alfonso ignorou as reclamações enquanto seguia empurrando todos que se
colocavam no seu caminho. Mas quando finalmente conseguiu chegar ao jardim, já
era tarde demais. Tudo que restara de Anahi era uma pluma amarela quebrada no
gramado.
— Alfonso o que aconteceu? — Christopher e Christian surgiram no jardim.
— Eles levaram Anahi. — Alfonso olhava para as pegadas no chão. Dois, não,
quatro homens... Quatro homens contra uma mulher. Ele espantou o terror e pensou
rápido. — Vou atrás. Eles devem estar em uma carruagem. A movimentação da
saída do baile deve atrasá-los. Usarei a carruagem de aluguel que está esperando
nos fundos.
— Vou com você.
— Está bem Christian. Christopher, você acompanha as damas?
— Cuidarei disso, e em seguida irei atrás de vocês.
Alfonso concordou e saiu correndo em direção à saída dos fundos, com Christian
em seu encalço.
O portão estava escancarado, e a viela atrás da casa, deserta. Os homens que
estavam de vigia tinham desaparecido. Risos e música ecoavam soltos no ar, vindos
do salão de festas; o ranger das rodas das carruagens, e as batidas dos cascos dos
cavalos vinham da rua. Alfonso correu pelo calçamento de paralelepípedos em
direção à rua principal.
— Vossa Graça. — Um garoto surgiu das sombras e apontou para a rua. — Se
correr, conseguirá alcançar Rufus. Ele está indo atrás deles.
— Obrigado, rapaz. — Alfonso jogou uma moeda ao menino. — Avise Parks,
ele é o chefe dos homens que estavam cuidando do portão.
Alfonso subiu na carruagem de aluguel e assumiu as rédeas quando Rufus
tentou empurrá-lo.
— Ei! — Rufus ergueu o chicote, pronto para bater na mão de Alfonso. — Caia
fora, se não quiser se ferir, intruso.
— Sou eu, Rufus. Alvord. Pode deixar que eu assumo. — Rufus fitou Alfonso.
— Oh, desculpe, Vossa Graça. Não sabia que era o senhor.
— Desculpas aceitas. Chegue para lá, homem, e deixe-me assumir as rédeas.
— Pois não, Vossa Graça. — Rufus saltou do assento. — Fique de olho na
carruagem que tem um imenso arranhão na parte de trás.
Alfonso olhou para frente e assentiu.
— Estou vendo. Muito obrigado.
— Boa sorte, Vossa Graça.
Christian também subiu na carruagem.
— Não é exatamente o tipo de veículo que você costuma usar — Christian
comentou.
— Não. — Alfonso pôs o velho animal em movimento. — Não queremos perder
de vista a carruagem de Rodrigo. No entanto, é melhor seguirmos a uma distância
suficiente para não sermos percebidos. É impossível prever o que Rodrigo é capaz
de fazer.
— É verdade. Vamos torcer para que esse pangaré velho consiga seguir
Rodrigo até o fim.
Alfonso concordou, desviando das outras carruagens mais velozes que surgiam
ao longo do caminho. A sorte era que a carruagem de Rodrigo também ficara presa
no congestionamento causado pelo final do baile. Se ao menos Alfonso estivesse
com sua própria carruagem... Mas então seria facilmente reconhecido.
— Por ali — Christian apontou. — Eles viraram à direita. — Alfonso agitou as
rédeas e o cavalo reagiu com certa relutância.
Alfonso rezou para ter paciência e calma, o que era muito difícil.
Rodrigo continuou na direção leste. Eles o seguiram pelas ruas largas de
Mayfair e desceram pelo Piccadilly até Haymarket. As ruas iam ficando cada vez
mais estreitas e confusas à medida que seguiam em direção ao Covent Garden,
mas eles conseguiram manter-se próximos, e a carruagem de Rodrigo estava um
pouco à frente quando se aproximaram do cruzamento com a Henrietta Street.
— Ei, milorde, o que um grã-fino como o senhor está fazendo por aqui em uma
carruagem de aluguel?
Alfonso deu uma olhada rápida na pobre prostituta que o abordara. Em seguida
ouviu cascos apressados vindo em sua direção. Girou a cabeça para o outro lado
para ver o desastre iminente que vinha da Henrietta Street.
A carruagem de Rodrigo conseguira passar, mas o seu cavalo velho não teria
chance de alcançá-los. Alfonso e Christian ficaram parados no meio do cruzamento,
esperando, sem opção, a carruagem de luxo se chocar contra eles.
Ninguém se deu ao trabalho de remover o capuz que envolvia a cabeça de
Anahi. O que não era de todo ruim. Se por um lado estava quente e mal dava para
respirar, por outro os homens que estavam dentro da carruagem não tinham como
encará-la. Anahi se encolheu em um cantinho e assim se agüentou, ouvindo atenta
e esperando poder captar algo que ajudasse a planejar sua fuga.
— Conseguimos, Philip! — Era a voz de Rodrigo. — Pegamos a vadia. Tem
certeza de que Alfonso não conseguirá nos encontrar?
— Não tenho certeza de nada. — A voz de Philip soou baixa e rouca. — Mas
será muito difícil seu primo descobrir onde estamos. Com isso teremos tempo
suficiente para você enviar um bilhete.
Anahi sorriu para si mesma. Obviamente eles não sabiam que Alfonso tinham
colocado mais homens para segui-los.