Fanfic: Au Pair AyA | Tema: Anahí & Alfonso

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Eu precisava muito descobrir onde ficava o botão “Mute” dos seres humanos, porque sinceramente eu não sei de onde a Maite e a Katheryn tiravam tanto fôlego para falar, elas só fecharam a boca um pouquinho quando a professora entrou na sala.

– Boa noite classe! Espero que hoje vocês estejam bem inspiradas, pois hoje o assunto é Sensualidade.

– Vamos falar de sexo? – Katheryn perguntou e Maite ficou dando pulinhos na cadeira.

– Não – A professora respondeu dando risada – Sensualidade e não sexo, estamos em uma aula de pintura e não de biologia.

– Que triste. – Maite murchou na cadeira.

– Mas calma, vamos ter um modelo semi nu aqui. – Os olhos das simbióticas saltaram e quase que caíram no chão.

– Men... – Katy começou.

– ...tira! – e Mai continuou.

– Mas isso é arte meninas, apenas arte. E vocês vão ter que passar para a tela, toda a sensualidade do modelo.

– A gente pode tocar no modelo? – Preciso nem dizer que isso veio da Maite né?

– Não!

– Sem graça – Katheryn bufou.

– Vou mandar ele entrar e espero que as senhoritas se comportem. – Ela olhou diretamente para as gêmeas siamesas. – Pode entrar Christian, sinta-se a vontade.

– Meu. Deus. Do. Céu. Amado. – Os pinceis de Maite foram todos para o chão.

– Ta tudo bem? – Sussurrei para ela, enquanto ajudava a juntar tudo.

– Você já olhou o modelo? – Ela perguntou com cara de quem estava me achando retardada.

– Olhei.

– Ele é tipo galã de novela. Abalou minhas estruturas, estou até me sentindo febril, quero ligar para casa e para contar pro meu pai que já achei o meu futuro marido. – Eu precisava manter na minha agenda o numero de telefone do hospício, serio mesmo.

– Dessa vez vou ter que discordar de você mana. Claro que o achei tipo, super gato, mas não deu aquele “plim” sabe?

– Bom pra você, porque se tivesse dado eu te afogaria na privada.

– Todo seu.

– Obrigada! E você Annie? Nada desse “plim” né? – Pra começa eu não sabia nem do que elas estavam falando, mas como ela ameaçou a própria irmã era melhor eu negar também.

– Nada! Nem plim nem plom nem plem, nada.

– Ótimo! Então nós já podemos nos casar.

– Ele nem sabe que você existe Mai - Falei dando risada da cara dela.

– Annie querida, se a sua estrela não brilha não tente apagar a minha, por favor! Ele não me conhece, aiiiinda!

– Desculpa, juro que não vou apagar nada – Eu ri.

– E nem ofusca o brilho dela. - Katheryn falou.

– Tudo bem.

– E me ajuda a falar com ele.

– Aí já não! – Acabou a graça.

– Por que não?

– Maite o cara ta na minha frente com apenas um paninho e nada mais, não estou tento coragem de olhar para ele para fazer a pintura, quem dirá falar com o garoto, esquece. Pede pra Katy.

– Se eu pintar ele com um pênis a professora vai me tirar pontos? – As vezes a Katheryn se desligava tanto do mundo que não conseguia nem controlar os próprios pensamentos, acabava falando o que vinha na cabeça.

– Tira o membro do meu futuro marido da sua cabeça Katy, tira agora!

– Desculpa, saiu sem querer.

– E o seu Alfonso ein Annie?

– Meu? – Bem que eu queria. – Você quer dizer da Srtª Gisele né?

– Nossa, nem brinca. Aquela mulher é insuportável. - Katheryn fez cara de nojo.

– Eles vão jantar algum dia ai.

– Tomara que ela engasgue. – Maite sabia ser macabra as vezes.

– E você vai? - Elas perguntaram juntas.

– Claro que não né Katy. Vou fazer o que lá?

– Colocar chumbinho na comida da oxú.

– Acho melhor a gente terminar essa pintura antes que a professora nos coloque para fora.

Antes de terminar a aula a professora dispensou o Christian o que deixou Maite possessa por não ter conseguido nem ao menos o sobrenome dele.

Cheguei em casa tão cansada que eu poderia cair ali mesmo no sofá, mas minha barriga roncava tanto que parecia que eu estava com a fome de dez mendigos. As luzes estavam acesas e Susan ainda estava na cozinha lavando alguma coisa na pia.

– Com fome?

– Muita!

– Deixei sua comida no microondas.

– Obrigada Susan. - Agradeci gentilmente.

– Mãe, o Alfonso já chegou? – Olhei para o lado e vi Jéssica encostada na bancada com uma saia que mais parecia um cinto. Ela nem queria chamar a atenção, imagina.

– Chegou, mas você vai para casa.

– Ai mãe como você é chata, só vou conversar com ele um pouquinho – E ainda tinha cara de safada a bisca. Nada bom, nada bom.

– Jéssica eu já falei que o Alfonso é como um irmão para você, não tente mudar as coisas.

– Ele não é meu irmão, mãe. E nós vamos nos casar um dia.

Ai Jesus, mais uma com síndrome de Maite. O Sr. Alfonso deve se banhar no mel todos os dias, como agüentar? Mas aquilo já não era problema meu. O meu problema já estava chegando...

– Eu não vou para lugar nenhum – Emilie entrou na cozinha e quando me viu abriu um sorriso diabólico que eu até fiquei com medo – Quer dizer, eu vou.

– Vai? – Alfonso perguntou entrando logo atrás dela. Jéssica quase caiu na bancada.

– Vou! Mas só se a Annie for com a gente.

– Como é? – Eu, Alfonso e Jéssica perguntamos ao mesmo tempo.

Do que mesmo que eles estavam falando? Alguém podia me informar?