Fanfic: Au Pair AyA | Tema: Anahí & Alfonso

Quando abri os olhos novamente por um segundo pensei estar em casa, mas depois me dei conta de aquele não era o meu quarto e comecei a chorar. Sabe lá Deus o motivo. Acho que me bateu um desespero, uma saudade de casa, da minha zona de conforto, do aconchego da minha família. Mas agora eu teria que encarar a realidade que eu tinha escolhido pra mim.

Olhei no relógio e marcava três e quarenta, bendito fuso. Levantei, lavei meu rosto e fui desfazer minhas malas, rezando para não acordar ninguém. Depois que acabei desci para tomar um leite quente pra ver se dava sono, não foi nenhuma surpresa eu ter me perdido. Acho que passei por todos os cômodos antes de chegar à cozinha, a casa era realmente enorme. Deixei as luzes apagadas, mas mesmo assim consegui ver a foto que estava colada na geladeira. Senhor Jesus Pai Amado me ajude e não me desampare nesse momento sufocante da minha vida. Aquele era Alfonso Herrera. Uau!

 

 

 

 

Em apenas uma das fotos dava para ver o seu o rosto e as duas estavam em preto e branco, ou seja, não dava pra ver assim muuiitoo bem, mas o que eu vi já foi o suficiente para minhas pernas ficarem tipo, bambas. As duas fotos eram na praia quando as duas ainda eram pequenininhas, apenas olhando o retrato dava para perceber o carinho que Alfonso tinha por elas, totalmente encantador.

 

 

 

 

Só que eu estava ali para trabalhar e não para babar na foto do patrão, coisa feia Anahí! Me repreendi e voltei para minha realidade.

Abri a geladeira e quando peguei o leite a luz da cozinha se acendeu, dei um pulo com o susto e isso fez o meu leite ir todo para o chão.

– Oh meu Deus, me desculpe. – Falei procurando um pano para limpar.

– Você deve ser Anahí. - Uma voz macia ecoou na cozinha silenciosa.

– Somente Annie, por favor – Pedi ainda procurando o maldito pano.

– Não se preocupe eu limpo isso, afinal de contas foi eu te assustei.

– Não, tudo bem eu limpo, só preciso achar um pano de chão. – Finalmente olhei para ele e juro que quase caio no chão. Lá estava um homem maravilhoso, alto, musculoso - Seus cabelos era pretos e estava despenteado. O que o deixava incrivelmente sexy. E pra que mesmo que ele tinha que estar sem camisa? Alguém pode me responder?

– Oi, sou Alfonso Herrera – Ele me estendeu a mão – Prazer em conhecê-la.

– A- Anahí Portilla– Não tive como não gaguejar. – Mas pode me chamar de Annie...E o prazer é meu.

– Bem vinda Annie. – Ele sorriu e tive uma hemorragia interna. – Me desculpe por não estar aqui para recepcioná-la, mas como você sabe sou médico e quando o dever chama, não dá para fugir.

– Claro.

– Já conheceu as crianças? - Ele soltou minha mão e foi até a pia para pegar um pano.

– Sim senhor.

– Annie, por favor, não sou um senhor, tenho apenas trinta anos. Pode me chamar somente de Alfonso. - Sabia que ele não era velho.

– Ok. - Ainda estava um pouco sem palavras. Ainda mais com ele transitando pela cozinha sem camisa. Estava até ficando febril.

– Você já deve ter percebido que a Emilie é um pouco mais difícil, espero que você consiga conquistá-la. – Eu também esperava. – Você fica com as duas de segunda à sexta das sete às seis que é o horário que eu normalmente chego do hospital. Emilie já estuda então você só terá que ficar com ela no período da tarde. Acho que já falamos sobre todas essas coisas, não vou aborrecer sua noite com isso novamente, seria mais fácil eu perguntar se você tem alguma duvida. - Ele jogou o pano no chão e secou o que derramei com pés.

– Não senhor... Quer dizer, não.

– Gostou do seu quarto? - Ele abaixou para pegar o pano e eu quase babei. Gente do céu, como que pode ein?

– Adorei é lindo, obrigada.

– Fico feliz que tenha gostado. Qualquer duvida você pode perguntar para a Susan ou me ligar no hospital, sinta como se estivesse em casa. - Alfonso se virou para colocar o pano de volta na pia e peguei essa oportunidade para respirar fundo e reorganizar minha cabeça.

– Obrigada – Eu parecia uma retardada “conversando” com ele.

– Bom, não vou mais atrapalhar seu lanchinho da madrugada – Ele sorriu de novo e eu me segurei na bancada para não cair.

– Boa noite senh... Alfonso.

– Boa noite Annie.

Ok morri e fui para no paraíso, nossa senhora do GPS me ajuda a encontrar o caminho de volta, que homem lindo era aquele? Ele não parecia pai, parecia um modelo. Era sexy demais, imagino que tinha um monte de paciente no hospital que se curava apenas por olhá-lo. Depois de toda essa vergonha na cozinha, dormir foi completamente impossível e quando eu estava quase me entregando aos braços de Morpheu o meu despertador tocou. E assim foi dada a largada para minha correria.

 

 

 

 

Me arrumei o mais rápido que pude e sai do quarto para ir acordar Emilie. Deus queira que ela não tenha um isqueiro no quarto. Puxei o ar com força e entrei... ela atirou um livro na minha cabeça.

 

 

 

 

– Me deixa em paz. – Sai fechando a porta atrás de mim, e agora? O que eu ia fazer? Não tinha outra opção a não ser descer e pedir ajuda para Susan.

– Ela tacou um livro em mim e me disse para deixá-la em paz. - Susan riu e foi em minha direção;

– Ela te tacou um livro? Por Deus Emilie está cada vez mais impossível.

– O que devo fazer? - Ela segurou minha mão e aquilo me deixou mais calma.

– Entre de novo e diz que você está mandando que ela se arrume, ou você ligará para o pai dela. - Aquilo me deixou nervosa de novo.

– Certo. Mas e se não funcionar?

– Vai funcionar. - Aquela senhora tinha o poder de acalmar as pessoas.

– Ok. Obrigada

– E Annie, deixa eu te apresentar. – Ela puxou uma garota para perto dela – Essa aqui é minha filha Jéssica, ela está trabalhando aqui comigo.

– Temporariamente mãe – Ela fez cara de descaso para Susan.

– Jess essa é a Annie a nova babá nas meninas.

– Legal, boa sorte pra você – Cara de nojentinha. Aquele cabelão castanho, rosto pálido e corpinho esbelto me apitava problema.

– Obrigada.

– Não se deixe intimidar pela Emilie, Annie – Susan sorriu me passando mais confiança. Então sai da cozinha e subi de novo para o quarto de Emilie. Dessa vez ela me tacou o despertador. Serio! Eu ia ficar com uns roxos maravilhosos no dia seguinte.

– Emilie sinto muito, mas você tem que ir para aula. - Entrei mesmo assim e peguei o despertador no chão.

– Não tenho que ir para lugar nenhum.

– Tem sim e se não me obedecer vou ser obrigada a ligar para o seu pai.

– Não to nem ai. – Ta bom, ameaçar não adiantava então eu tive que apelar.

– Emilie, por favor – Me ajoelhei perto da sua cama – Prometo que te compro um doce depois, ou te levo no shopping, mas por favor levanta dessa cama e vai se arrumar.

– Vou poder tomar milk-shake?

– Até dois – Claro que eu não estava falando serio, mas era meu primeiro dia eu não podia mostrar que nem ao menos conseguia tirar uma criança da cama.

– Depois você vai me levar para praia? - Ela perguntou com uma cara de criança debochada.

– Levo.

– É melhor você não se esquecer do que prometeu. – Ela me olhou mais uma vez de cara feia e saiu em direção ao banheiro.

Quando eu pensei que tinha conseguido vencer aquela batalha, Emilie me sai do banheiro vestida com um moletom preto (que cabia duas dela) e um boné de baseball na cabeça. Se não fosse pelo cabelo cumprido eu podia jurar que ela tinha mandado um menino no lugar dela.

 

 

 

 

– Você vai pra escola assim?

– E o que tem demais?

– Nada! Não tem nada – Eu não ia discutir, vai que arrebentasse o abajur na minha cabeça, ou que começasse a dizer que não iria para a escola.

– Melhor mesmo. – Ela me olhou feio novamente e saiu do quarto batendo a porta com força

Ok, eu morri e tinha ido direto para o inferno. Que Deus me ajude

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Espero que apareça leitoras... E as que aparecerem espero que gostem *-*