Fanfic: Au Pair AyA | Tema: Anahí & Alfonso

Um mês depois

– Para onde nós vamos? - Maite perguntou se sentando do lado do passageiro.

– Pro hospital! - Respondi

– Por que? Você ta doente? - Katheryn deitou no banco traseiro depois de dar um beijo na Mary - Pra me acordar a essa hora da manhã você tem que estar no minino morrendo. Cadê a Emi?

– Na escola, e não, eu não estou doente.

– Qual é o seu problema então? - Maite bateu no meu braço - É quase de madrugada.

– A Jessica é meu problema. E para de drama que já é mais de meio dia.

– Madrugada pra mim. - Maite resmungou.

– E pra mim também. - Katheryn bocejou e fechou os olhos. - E que diabos a Jessica ta fazendo no hospital?

– Ela finalmente morreu? - Maite sorriu igual a Emilie, credo que medo.

– Não! Ela está estagiando lá. - E isso estava me tirando do sério.

– Eu não sabia nem que estudava medicina. Ela estudava? - Katheryn perguntou.

– Enfermagem, esta como ajudante do Alfonso.

– Puta que merda ein!

– A boca Maite, olha a Mary. - A repreendi.

– Puta é uma coisa muito feia tá bebê? - Katheryn sorriu pra Mary.

– Tá! Então estamos indo para o hospital fazer exatamente o que?

– Só dar uma checadinha.

Eu já estava de saco cheio de todo dia ter que ouvir a Jessica falando de como Alfonso era perfeito trabalhando, de como eles ficavam perfeitos trabalhando juntos. Tudo bem que eu sabia que ela fazia para provocar e quem dormia com ele toda noite era eu, quem ele beijava era eu, mas mesmo assim não há quem aguente uma buzina irritante na cabeça todo o dia. Ela queria de qualquer jeito que eu acreditasse que o Alfonso estava me traindo com ela hospital, pois então vamos lá. Quero ver o que de tão especial ela fazia junto com ele.

– Vou poder bater nela? - Maite perguntou.

– Não, você esta doente. - Respondi sorrindo para ela.

– Você é uma péssima amiga e eu te odeio. - Era por isso que eu amava a Maite, ela me entendia perfeitamente.

Entrei no estacionamento do hospital e a Maite incorporou a doente, começou a tossir e fingir que estava com tontura.

– Ahh eu vou morrer. - Olha a atriz que arrumei. Oh Deus!

– Não precisa exagerar Mai. Menos!

– Se é pra fazer tem que fazer direito, me da licença que quem está interpretando sou eu, cala a boca! - Simpatia em pessoa.

Entramos no hospital com a Mary no colo e a Maite sendo quase carregada pela Katheryn.

– Oi! - Parei uma enfermeira - Será que você podia me ajudar, minha amiga não está muito bem.

– Eu estou morrendo - Maite afirmou balançando a cabeça e eu quase dei um chute nela.

– Ela não está morrendo, só esta se sentindo um pouco indisposta.

– Quero ser atendida pelo Dr. Alfonso. - Maite exigiu e eu quase ri.

– Ah querida, todas elas querem - A enfermeira apontou para sala de espera abarrotada de mulher.

– Caramba - Meu queixo até caiu, era um catatau de mulher.

– Vou fazer a sua ficha e você pode se sentar ao lado delas - Ela anotou os dados de Maite e fomos para a sala de espera.

– Caramba vocês gostam do Dr. Alfonso ein! - Katheryn comentou e logo depois foi uma enxurrada de respostas.

– Ah ele é lindo.

– Ah ele é um médico maravilhoso

– Nossa ele é tão atencioso

– Ele é um médico perfeito.

– E como ele é gostoso

– Ah se eu tivesse sorte

– Ah se ele me desse bola.

– Você ta ouvindo isso? - Katheryn sussurou no meu ouvido.

– To, e ta quase estourando meus tímpanos. - Não que eu fosse ciumenta, mas era porque tinha mulher pra caramba falando juntas.

Eu sabia que Alfonso fazia sucesso, mas não tanto, Deus de misericordia.

Depois de mais ou menos umas duas horas o nome de Maite foi chamado e se ela não estava doente antes agora ela estava até palida, mas de tanta fome.

– Quando você resolver ter uns planos desses vê se me faz o favor de trazer alguma coisa para comer.

– Quieta Maite, e Katheryn, por favor me ajuda a não perder a Mary. Por favor.

– Pode deixa comigo, vou descolar uma faixa e amarrar ela nas minhas pernas. - Eu não duvidava.

Entramos todas no consultório e fiquei bem puta da vida de ver a Jessica sentada do lado do Alfonso, quase em cima dele.

– Annie? Ta tudo bem? - Ele se levantou e veio em nossa direção.

– Eu to bem, a Maite que não está se sentindo muito bem.

A Jéssica me olhou com um sorriso de canto de boca como se estivesse tirando sarro da minha cara.

– Não aguentou a curiosidade não é? - A jararaca ainda tinha coragem de falar comigo.

– Fica quietinha e faz seu trabalho. - Respondi para ela e Alfonso me olhou pelo canto do olho, mas não perguntou nada.

– A Maite está com a pressão e a glicemia um pouco baixas, nada com que se preocupar. Não deve ter se alimentado direito não é Dona Maite?

– Dona não, pelo amor de Deus, eu sou jovem e linda não faz isso comigo.

– Mas pra ficar jovem e linda tem que comer direito.

– Vou comer, vou comer! - Ela me fuzilou com os olhos. - To com fome mesmo.

– E como as minhas princesinhas estão?

– Bem - Eu e a Mary respondemos ao mesmo tempo.

– To indo nessa, vou ver se acho uma lanchonete por aqui. Jéssica você pode me acompanhar, por favor?

– Por que? Sua irmã não está ai?

– Não pergunta, só me acompanha - A Jéssica tinha um pouco de medo da Maite e não ia querer discutir com uma paciente.

– Vamos também Mary? Te compro um docinho. - Não precisou nem insistir, ela pulou do meu colo e saiu com a Maite, Katheryn e a Jéssica. Assim que as três sairam, Alfonso trancou a porta.

– A Maite está muito bem, o que vocês vieram fazer aqui?

– Ela estava um pouco tonta.

– Não mente pra mim Annie. - Ele olhou bem nos meus olhos e eu não resisti.

– Eu estava com ciumes da Jéssica. - Confessei me sentindo um pouco envergonhada e infantil.

– Eu sabia. - Ele sorriu e me senti ainda pior.

– Você vai brigar comigo? - Encostei em sua mesa e ele se sentou na minha frente.

– Não vou brigar com você, mas você sabe que não precisa disso.

– Eu sei, eu sei.

– Eu estou com você, não estou?

– Está, mas é que...

– Eu amo você Annie, só você. - Oh Jesus! Aquela era a primeira vez que ele falava “Eu amo você” com todas as letras, vogais e consoantes. Agora eu que estava me sentindo doente

– Como que é?

– Eu amo você. - Ele repetiu segurando minhas mãos.

– Fala de novo.

– Eu amo você. Sua boba.

– Você me deixa maluca sabia? - Voei para cima dele e o beijei com fervor. - Eu também amo você.

– O que você acha da gente estreiar essa mesa?

– Você não tem mais pacientes?

– Elas podem esperar um pouquinho.

– Acho que não seria muito higiênico e ético fazer isso aqui, não é? - Ele riu e passou os lábios no meus.

– Você é maravilhosa. Assim que eu chegar em casa, nós resolvemos isso então, combinado?

– Combinadíssimo!

– Mas antes de você ir quero te perguntar uma coisa.

– Pode perguntar

– Não é bem perguntar, é avisar. Semana que vem vai ter um cruzeiro pelo México dedicado aos médicos e nós vamos. - Eita!

Bom, se ele estava apenas avisando isso significava que eu não poderia nem discutir, fora que um cruzeiro e ainda para o México quem não iria querer? Arriba el México!!