Fanfic: Au Pair AyA | Tema: Anahí & Alfonso

– Bem! – O Sr. Herrera falou colocando a Mary no chão. – Annie essa é minha...errr...hã... amiga Gisele. Ela vai almoçar conosco hoje.

– Ah essa que é sua nova empregada Pon? – Giseli perguntou. Jesus me segura para eu não enforcar uma baranga hoje!

– Não bem empregada Gigi, a Annie apenas cuida das meninas.

– Ah legal – Ela me olhou de cima a baixo com cara de eca e depois sorriu - falsamente - pra mim – Prazer Annie.

Nenhum prazer megera, nenhum!

– Oi! – eu não iria dizer igualmente se na verdade estava desejando que ela engolisse espinhos da morte.

– Eu não vou ganhar nenhum beijinho das minhas princesinhas? - Ela até conseguiu dar um beijo na Mary, mas a Emilie estava quase entrando na minha coluna, por um minuto achei que ela ia se enfiar dentro da minha blusa.

– Emilie você não vai cumprimentar a Gigi?

– Eu não – Emi me soltou e saiu correndo em direção a casa.

– Emilie! – Alfonso chamou, mas ela fez que não ouviu.

– Tudo bem Alfonso, ela é difícil eu entendo. - Gisele falou tentando sorrir gentilmente para o meu chefe.

– Vou falar com ela – Eu ia sair, mas o patrão não deixou.

– Não Annie! Ela está agindo como uma criança mal educada. - Ele que estava emburrado agora. As pessoas aqui podiam ser bem bipolares na maioria das vezes.

– Emilie é um pouco mimada. É melhor que ela vá para quarto pra pensar um pouquinho. - Gisele comentou e aquilo de alguma forma acabou me irritando.

Ela era quem mesmo pra dizer aquilo? Ta certo que nem eu também não devo me meter na criação delas, mas não gostei mesmo dessa metidinha falando da Emilie. Ela não era mimada, só um pouco... complicada. Minha vontade era de descer o cacete nela.

– Até o almoço estar servido ela se acalma. – Sr. Alfonso tentou sorrir e eu quase desfaleci. Oh ser humano lindo!

– Vamos entrar Mary? – Gisele falou e tive que me segurei para não cair na gargalhada quando a Mary correu e agarrou na minha blusa me pedindo colo. – Nossa parece que ela já se acostumou com você

– É – sorri para Mary e a peguei no colo – Vou levá-la para lavar as mãos.

Sem pedir licença me virei e fui em direção a casa, sussurrei um “você é uma menininha muito linda” para Mary e ela me apertou mais ainda e me deu um beijo na bochecha. Vou te dizer uma coisa viu, pra Mary não gostar de alguém é porque a pessoa é algo mais podre que o rio Tiete. Quando sai do banheiro não resisti a vontade de ir ver a Emi, ela tinha ficado claramente chateada com a presença da tal Gisela, Girele, que seja.

– Vai lá para o seu quarto escolher sua roupa que eu já vou lá te trocar. – Coloquei Mary chão e a deixei na porta de seu quarto

– Posso pega da sininho? - Minha bonequinha perguntou com aqueles olhinhos azuis lindos.

– Pode. – Ela apertou minhas pernas e correu para o quarto.

Entrei devagarzinho no quarto da Emi e ela estava com a cabeça enterrada no travesseiro, pelo jeito que ela estava soluçando dava para ver que estava chorando.

– Emi? – Chamei e ela me tacou o travesseiro.

– Vai embora! – Respirei fundo e me aproximei

– Você está bem? Não vai descer para almoçar?

– Sai do meu quarto – Ela respondeu lindamente com o rosto ainda enterrado no travesseiro. A simpatia em pessoa.

– Ok! Só estava tentando ajudar, mas pelo jeito você precisa ficar sozinha mesmo. – Quando eu disse “sozinha” ela levantou os olhos marejados para mim – Já estou saindo.

– Não! – Emi correu e agarrou nas minhas pernas e começou a chorar mais ainda – Não me deixa sozinha.

Foi de partir o coração, ela até parecia angelical. Parecia. Mas dava para perceber que carregava muito magoa naquele coraçãozinho e isso me deixou muito chateada e com vontade de chorar junto com ela.

– Por que você está chorando? – Me sentei e a coloquei em meu colo.

– Não te interessa!

– Ta bom! Se você não começar a falar direito comigo eu vou embora.

– Não! – ela se agarrou a mim com mais força – não quero ficar perto daquela Gisele.

– Por quê?

– Porque ela é uma bruxa e quer tirar meu pai de mim.

– Ninguém pode tirar seu pai de você Emi, ele é seu pai.

– Ele nem foi me ver dançar – Seus olhos estavam tristes e cheios de lágrimas. Eu já estava ficando confusa e com raiva agora.

– Ver você dançar? Você dança? – Eu podia imaginar ela jogando baseball, futebol americano ou jogando pedras nas pessoas, mas nunca que ia imaginar ela dançando.

– Tenho que dançar balé na escola, sou obrigada. – E sua carinha triste e inocente virou uma carinha brava e ressentida. Ela desceu do meu colo e deitou novamente em sua cama. – Mas eu odeio, é ainda mais chato quando ninguém assiste.

– Seu pai nunca te viu dançar? – Dava pra entender a revolta da menina. Emilie deu de ombros e tacou sua boneca na parede. – Mas o que a Gisele tem a ver com isso?

– Ele ta sempre com ela, mas nunca com a gente. E no dia que eu ia dançar para ele ver, ela ligou e ele saiu. - Ela estava realmente chateada.

– Mas não é porque eles trabalham juntos?

– Vai ficar do lado dela? – Pelo olhar que ela me lançou era melhor eu dizer que não ou perderia a cabeça.

– Não estou do lado de ninguém. - Nessa alguém gritou no andar debaixo

– Tudo bem, ta legal! – Os olhos da Emi se arregalam com um brilho encantador. - Eu cheguei e espero que minhas duas sobrinhas preferidas desçam agora para me dar um beijo ou não vai ter chocolate!

– Tio Joseph! – Ela gritou e saiu correndo.

– Tio quem? – Perguntei pra mim né, porque a Emilie já estava descendo as escadas gritando “Tio Joe , tio Joe”