Fanfic: Au Pair AyA | Tema: Anahí & Alfonso

– É o tio Joe? – Mary saiu do quarto com o vestido da sininho do lado contrario e todo torto. Quando ela me disse que vestiria uma roupa da sininho eu pensei que era uma com o desenho da sininho e não a fantasia.

– Por que você está vestida assim? – Tirei o vestido e o coloquei da maneira certa.

– Você disse que podia. Aluma meu cabelo?

– Arruma Mary, Arrrrruuumaa!

– Alllluummmaaa, foi isso que eu disse. – Eu ri do jeitinho dela e fiz um coque meio que parecido com a da fadinha. Ela estava toda saltitante e ansiosa para sair correndo e quando acabei de arrumá-la, foi o que ela fez saiu em disparada para a escada. Desci atrás dela e me deparei com o tão adorado tio com as duas nos braços.

– Só vim dar um beijo em vocês e já estou indo. Depois eu passo aqui. – Se aquele era o Joseph eu só tinha uma coisa a dizer: UAL! Ele era lindo!

– Não vai ficar para almoçar com a gente Joseph? – Alfonso perguntou e eu reparei que a Dona Daphne do Scooby-Doo deu uma secada no titio Joelicia (Joe+ Delícia). Eu vi, sua safada!

– Não maninho, só vim trazer uns chocolatinhos pour ma petite* e já estou indo embora.

– Mas você pode ficar com elas de noite? As aulas da Annie começam hoje e eu vou estar de plantão. – Pouts! As aulas.

Pelo programa de Au Pair eu tinha o direito a uma bolsa de quinhentos dólares para fazer qualquer curso do meu interesse, como eu não tinha menor noção do que cursar e também não queria ter que dar o dinheiro da bolsa e ainda pagar mensalidades eu optei por um curso de pintura. Não era uma coisa que se diga NOSSA QUE COISA MARAVILHOSA, mas eu gostava de desenhar e o valor do curso cabia direitinho no bolso. Parecia uma boa opção.

– Venho sim – Joseph sorriu para mim e eu achei fofas suas covinhas e pelo jeito a dona Barbie Malibu também achava. Bicha descarada. – Agora vou indo.

Emilie voltou para o seu quarto e Mary pobrezinha teve que ir para a sala de jantar. O patrão tinha dito que eu poderia comer junto com eles, mas comer olhando para a senhorita perfeição ia me dar uma baita de uma indigestão. Comi na cozinha junto com a Susan, fiquei rezando para a Emilie não descer e tacar fogo no cabelo na drª. Lombriga anêmica, mas ela não desceu. Graças a Deus.

(...)

Sabe aquele primeiro dia de aula no qual você não conhece ninguém, não sabe onde está, não sabe onde é sua sala, não sabe quase seu nome direito de tão nervosa? Eu estava assim. Perdida, ansiosa, parecia que uma bola de pêlo estava na minha garganta.

– Aluna nova? – uma pequenina e espevitada pessoa pulou na minha frente.

– Sou.

– Maite – ela me esticou a mão – Prazer.

– Claro que ela é nova né Mai, até nós somos novas. - Outra menina, um pouco mais alta que Maite apareceu do meu lado.

– Somos novas nas aulas de pintura né Katy.

– Pois é. Levamos muitas bombas em musica e decidimos mudar para pintura. Prazer sou Katheryn. - Ela estendeu a mão e eu a apertei

– Annie.

– Você é de onde Annie? – Maite perguntou.

– Brasil.

– Mentira! – Katheryn arregalou os olhos como se eu tivesse dito que o mundo estava acabando.

– Sempre sonhamos em conhecer o Brasil. – Maite me olhou com os olhos brilhando.

– Conhecer os brasileiros você quer dizer. Aqueles jogadores de vôlei maravilhosos. - As duas estavam com caras de sonhadoras e eu provavelmente com cara de confusa, até porque eu estava realmente.

– Pessoas bronzeadas e saradas. – Que ótimo,mais gente maluca.

– É. – Eu nem sabia o que dizer.

– Veio pra cá para estudar?- Nem sei qual das duas que perguntou, pra mim elas pareciam iguais.

– Trabalhar e estudar.

– Que legal. E você trabalha aonde?

– Sou Au Pair das filhas do Dr. Alfonso.

– Ai minha nossa senhora – a mais baixinha gritou e eu dei pulo.

– O Dr. Alfonso Delicia Herrera? – Katheryn colocou as costas da mão na testa e fingiu desmaiar.

– Vocês o conhece?

– Ta brincando? Eu ficaria doente todos os dias só para ter uma consulta com ele. – Eu ri. Katheryn se apoiava em Maite que era um pouco mais baixa que ela, as duas tinham os cabelos escuros, só que uma tinha cabelo curto e a outro comprido, uma usava óculos e a outra não, mas eu podia jurar que eram irmãs.

– O Dr. Herrera é muito conhecido por aqui, ele é um excelente médico – Maite falou

– E tem um excelente corpo – Katheryn completou.

As duas me pareciam muito legais, mas completamente doidas.

Juro que nesse momento eu só quero uma coisa... A minha casa.