Fanfic: Obra do destino | Tema: Anahí Alfonso Ponny

Passaram alguns anos e não achei uma moça para me casar! Meu pai já tinha desistido, não procurávamos mais. Ele entregou nas mãos de Deus. Eu, agora aos 20 anos, assumi a gerencia dos negócios com meu pai. Visitava os arrendatários e organizava as finanças da fazenda. Tudo ia bem, até que um dia minha aconteceu uma tragédia. Acordei com os gritos do meu pai chamando por minha mãe.

- Ruth? Onde você está meu amor? – procuramos por toda parte mas minha mãe tinha sumido durante a noite. Meu pai estava desesperado.

Já passava do meio dia quando chegou a notícia de que houve um acidente com uma carruagem próximo de nossas terras. Meu pai e eu corremos para lá a cavalo, e eis que chegando vimos o corpo de minha mãe jogado ao chão e sobre ela Henrique chorando. Fiquei sem entender nada, meu pai correu até ela mas foi impedido por Henrique não deixou ele se aproximar.

- Saia daqui Herrera!  Isso é culpa sua! Maldito!

- Do que está falando? Não entendo! Deixe me chegar até minha mulher!

-Sua? Ela nunca foi sua! Você a roubou de mim! Eu a amava e ela me amava também! Nós íamos nos casar, mas seu pai com o seu maldito dinheiro comprou ela, você me roubou ela! Maldito seja você!

Meu pai não disse nada, ficou paralisado. Quanta dor ele sentiu ao constatar que o modo rude de minha mãe nada mais era que o desprezo por ter sido obrigada a se casar com um homem que ela não amava! 

Depois disso, meu pai ficou muito doente. Contratamos os melhores médicos e os melhores tratamentos mas mesmo assim não teve jeito. Meu pai caiu em depressão profunda e dois meses depois faleceu. Fiquei sozinho no mundo tive de amadurecer precocemente e lidar com a dureza da vida como um homem.

Não foi nada fácil, logo fui ficando metódico e perdendo a vontade de fazer coisas que antes adorava. Deixei de ler e de cavalgar por prazer. Não saia da fazenda, só visitava alguns arrendatários mais próximos e outros mais distantes vinham até mim para fazer seus pagamentos. Me isolei do mundo e me tornei um homem duro que só vivia para os negócios.

Eu era conhecido nas redondezas como o visconde Herrera, um homem solitário e carrancudo. Que tratava os empregados com mãos de ferro e não participava de bailes nem de nada do gênero. Eu sentia muita falta dos meu pai e culpava a vida pela morte dele, culpava Henrique também, e o pior, culpava minha mãe! Passei a não acreditar mais no amor. Queria apenas uma coisa, vingança! e com paciência eu a teria, minha tão esperada vingança contra o homem que destruiu minha vida e matou meu pai de desgosto!

Perto de completar oito anos da morte de meu pai, eu resolvi ir à casa dos Portilla. Desde aquele maldito dia, ele continuava em minhas terras e até onde eu sabia ele ainda vivia com a esposa, que teve de perdoar sua traição, afinal a pobre coitada era outra vítima dessa podridão. Eu bem quis tira-los das terra e tomar tudo dele, mas não podia pois haviam contratos que eu não poderia quebrar. Além disso, para uma boa vingança era necessário tempo e eu precisava descobrir o que ele mais amava no mundo para poder tirar dele! E seria hoje que eu descobriria!