Fanfics Brasil - Capítulo 3 Obra do destino

Fanfic: Obra do destino | Tema: Anahí Alfonso Ponny


Capítulo: Capítulo 3

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A casa do maldito estava diferente, mais velha, não era mais a bela casa de antes, nem o jardim da frente era mais como antes, não haviam mais flores. Quando me viu chegando o maldito se assustou, ele estava mais velho também. Muito mais do que deveria ter envelhecido em apenas 8 anos.


 -Boas tardes senhor Portilla. - cumprimentei o maldito como se nada tivesse acontecido.


- Boas tardes senhor Herrera- o medo em seu rosto era quase palpável.


- Senhor Portilla, como o senhor bem sabe eu estou administrando os bens que herdei de meu pai há algum tempo e até então não havia modificado nada, mas agora que os contratos mais antigos estão findando, estou indo até as propriedades para renovar o contrato com alguns e reivindicar as terras dos que não mais farão parte dos arrendatários.


- O senhor veio me colocar para fora das suas terras para se vingar pelo que aconteceu, eu já esperava por isso.


- De maneira alguma, o senhor me julga muito mal senhor Portilla, vim até aqui conversar com o senhor para resolvermos da melhor forma possível.


- Pois então vamos conversar, queira entrar por favor.


A casa por dentro também estava diferente, os moveis e as paredes estavam mais velhos e a bela decoração estava menos pomposa, mas ainda assim estava tudo em ordem e bem arrumado.


-Onde está a senhora Portilla? – achei muito estranho ela não ter vindo recepcionar a visita como sempre fez.


- Você não sabe nada do que aconteceu aqui? – Henrique me olhou com tristeza, ele acha que pode me fazer ter pena dele, está muito enganado. Vou reconhecer seu ponto fraco e usá-lo para minha vingança.


- Não senhor, confesso que a vida pessoal de meus arrendatários não me dizem respeito. Mas me conte o que houve com a sua esposa.


- Ela faleceu há alguns anos, tenho vivido com minha filha apenas.


-Fico triste por ela, era uma pessoa muito boa e que não merecia sofrer. – toquei em sua ferida, mas é claro que esse infeliz nunca amou a esposa que tinha, a cada instante meu desejo de vingança ia ganhando força.


- Quero que saiba senhor Herrera, que me arrependo muito de tudo que aconteceu, paguei muito caro por meus erros, perdi a mulher que eu amava, perdi minha esposa que me amava, e estou sem saúde nem condições para trabalhar como antes. A única coisa que me resta é minha filha, meu bem mais precioso e é por ela que lhe imploro que não me tire essas terras que são o único meio do sustento dela, pelo menos até ela ter idade para se casar e viver sua vida, peço que me permita viver aqui.


O maldito se entregou mais rápido que eu imaginava, afinal de contas existe algo que ele ama, a filha.


- Engraçado senhor Portilla, quando o senhor resolveu fugir com minha mãe o senhor não pensou em sua filha, o que mudou para que agora o senhor esteja se humilhando por ela?


-Eu me arrependo tanto do que fiz, e como já disse, fui punido pelos meus erros. Eu era cego de paixão por Ruth. O senhor pode achar que não, mas a pessoa que mais amou sua mãe fui eu!


- Cale sua boca! Não admito que suje ainda mais a memória de meu pai. Meu pai a amou muito mais, ele deu tudo para ela e a única coisa que recebeu em troca foi a traição. Se ele fosse uma pessoa correta teria dito a meu pai que não o amava e eu tenho certeza que ele não a obrigaria a permanecer casada. Ele a teria liberado por amor. Mas não, vocês agiram pelas costas dele, traíram e enganaram. Você se fazia de amigo e o traia também.


- Eu sei o que fiz e peço perdão. Não puna minha filha pelos meus erros, depois de tudo percebi que ela não tinha culpa de nada e não merecia ficar sem pai. Ela é a melhor pessoa que conheço, ela cuidou da mãe doente, e cuida de mim até hoje. Ela não sabe o que eu fiz, era nova demais para saber e também não sabe que a mãe morreu de desgosto, minha filha é a única pessoa que tenho no mundo e por ela sou capaz de tudo!


- Pois muito bem, eu deixo o senhor ficar nessas terras e mais lhe dou a posse delas para você deixar de herança para sua filha. Mas tenho uma condição!


- Qualquer coisa que quiser, faço tudo para que minha amada filha tenha uma boa vida.


- Muito bem, quero que me conceda a mão de sua filha em casamento. Preciso de uma esposa e o senhor precisa que ela tenha uma vida boa.


- Como? Porque quer se casar com ela? Você me odeia! Além disso ela ainda não tem idade, só tem 14 anos, você nem a viu, porque quer se casar com ela?


-Sabe senhor Portilla, o senhor me tomou tudo que eu tinha. Meu pai era um homem digno, me ensinou muita coisa. Eu o amava mais que tudo e seria capaz de morrer por ele. Mas a vida não foi generosa com ele, e nem comigo. Não sei se o senhor se lembra, mas, aqui mesmo nessa sala eu disse que queria me casar por amor, e que queria amar uma mulher como meu pai amava minha mãe. Logo depois descobri que de nada adiantou o amor que ele sentia por ela. Ela o traiu, pisou no amor que ele lhe deu. Depois de tudo que me aconteceu eu percebi que o amor é uma ilusão. O senhor estava certo, devemos deixar romances para as mulheres. Hoje sou um homem prático. Preciso cumprir o último desejo de meu pai, vou prolongar o nome dos Herrera.


-Isso é errado. Como posso entregar minha filha nas suas mãos. Você vai faze-la sofrer pelo ódio que sente por mim.


- De maneira alguma. Não vou trata-la diferente de como o senhor tratava sua esposa, nem de como as mulheres são tratadas pelos seus maridos. Além disso, ou ela se casa comigo e tem uma casa para viver ou ela fica no meio do mundo com o senhor. É a sua escolha.


Henrique estava sofrendo, mas não tinha alternativa, ele sabia muito bem o destino de moças que não tinham onde morar, o único emprego que ela poderia arranjar para sustentar o pai era se vender. E isso era a pior coisa que poderia acontecer a uma moça naquela época, ser uma meretriz, uma mulher sem honra.


-Aceito seu acordo mas tenho uma condição, você tem que me garantir que não fara nenhum mal a ela. Prometa que não machucará minha menininha!


-Eu não sou um monstro, não vou tocar em um fio do cabelo dela. Não machucaria uma mulher. – posso estar indo longe com minha vingança mas não quero que a moça pague pelos erros do pai, quero apenas que ele sofra sem saber o que acontece com ela e que morra sozinho.


-Pois bem, trato feito. Você conseguiu sua vingança. Vai tirar de mim meu maior bem.


- Você me tirou tudo primeiro, estou apenas devolvendo o favor!


- Avise sua filha que mandarei o vestido dela e que a cerimônia será em minha residência daqui dois dias. Esteja lá também para me entrega-la no altar! Passar bem!


 


Eu não me sentia feliz, pensei que no momento em que me vingasse me sentiria bem de novo, mas a verdade é que desde que meu pai morreu não sinto nada de bom.



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Autor(a): linetraumaponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • linetraumaponny Postado em 12/07/2015 - 13:11:16

    E ai? o que estão achando? comentem para eu saber se estou no caminha certo!!!


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