Fanfic: Obra do destino | Tema: Anahí Alfonso Ponny

Pov. Alfonso

Quando Anahí subiu e o infeliz do Henrique foi embora fui para o escritório, mas não trabalhei muito. Volta e meia me pegava pensando se não tinha sido muito rude. Ela não tem culpa pelo que aconteceu mas ela era irritante! Ela era rebelde e petulante e me lembrava o modo como Ruth tratava meu pai, nunca o respeitava e sempre queria dar a última palavra. No fundo eu estava com medo. Medo de me deixar levar pela beleza dela e acabar como meu pai.

Mandei que Dona Chica levasse o jantar dela no quarto, eu nem comi. Estava sem fome. Não sei o que fazer agora, nunca estive com uma mulher. Meu pai me falou algumas coisas mas eu nunca quis estar com ninguém. Antes porque queria que fosse com a pessoa certa, e depois porque não quis pensar nessas coisas, só queria vingar meu pai.

Depois de um tempo resolvi subir, ela estava deitada lendo, há anos que eu não lia nada. Ela era linda, mesmo sendo tão nova já tinha um belo corpo. Estava vestida numa camisola comprida, vermelha. Eu fui direto para o banho e ao sair ela ficou me olhando por um tempo depois perguntou se eu iria dormir no quarto, respondi de forma sarcástica e percebi que ela não gostou.

-É que demorou tanto que pensei que dormiríamos em quartos separados! – ela era muito corajosa mesmo, pensei que estaria receosa, temendo a noite de núpcias mas ela me pareceu bem segura. Enquanto eu estava uma pilha de nervos.

-Eu estava resolvendo alguns problemas, gosto de trabalhar até tarde. – ela não falou mais nada, me deitei do meu lado da cama e lhe desejei boa noite, resolvi não fazer nada ainda. Ela era nova demais, e eu estava muito inseguro! Confesso que tive medo, mas ela não precisava saber disso.

-Boa noite Alfonso! – era a primeira vez que ela dizia meu nome e eu me arrepiei ao ouvi-la. Tive tanta vontade de me virar e beijá-la mas não o fiz. Ela também não fez nada, logo estávamos dormindo.

[...]Tudo estava tão tranquilo, eu estava num campo florido e meu pai estava me esperando mais adiante, eu fui andando até ele quando de repente tudo ficou escuro, não via mais meu pai. Me desesperei e comecei a chamar por ele, em meio ao desespero eu ouvi uma voz tão doce me chamando, meu coração se acalmou e eu havia me esquecido de tudo, só queria achar a dona da voz que me acalmou[...]

-Alfonso? Acorde, você está tendo um pesadelo! - Era Anahí, eu estava tendo pesadelos e ela me acordou.

-Me desculpe por acordá-la. – estava atordoado e ao mesmo tempo constrangido. Ela não poderia ver meu lado frágil, lutei muito para ser temido e respeitado.

-Não tem problema, todo mundo tem pesadelos!

-Eu vou tomar um ar fresco. Volte a dormir!

Sai do quarto o mais rápido que pude. Não sei se dormir no mesmo quarto que ela é uma boa ideia. Fui para o escritório e acabei dormindo lá mesmo.