Fanfic: O Último Romântico AyA FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e Comédia

— Oh! — Liz exclamou atrás dela. — Que meigo!
Os vizinhos rodeavam a maravilha bovina, e duas novas equipes de tevê já estavam a postos, filmando o cartaz. De repente, a picape preta de Alfonso desceu ruidosamente a rua, com o pastor alemão de focinho para fora na janela do passageiro, a língua rosada se agitando como uma bandeira ao vento. O veículo parou atrás do touro, e Alfonso saltou sob o aplauso e vivas da multidão.
Caminhou por entre o povo, parando para assinar autógrafos em cinco exemplares do Star Tribune e numa lista amassada de compras. Conversou amigavelmente com os repórteres, mas seu olhar continuava se desviando para Anahi.
Ela parecia estarrecida com a enormidade de seu gesto, e Alfonso não sabia dizer se isso era bom ou ruim. Só sabia que estava por ver que era Liz que estava atrás dela, e não o Dr. Ponce.
Não queria deixá-la fora da vista, mas também não podia seguir como uma sombra nos calcanhares de Anahi dia e noite. Teria de confiar naquilo que provara no beijo dela. Anahi ainda gostava dele. Se conseguisse fazê-la admitir esse sentimento e encará-lo, talvez conseguisse conquistá-la de volta. E isso, com certeza, era sua melhor aposta.
O plano que arquitetara era brilhante. Iria impressioná-la com gestos grandiosos, uma coleção inteira deles, atos que não deixariam dúvidas de sua sinceridade. Passara metade da noite ao telefone, tirando velhos conhecidos do sono para recrutá-los para sua campanha, lembrando velhos favores, planejando sua estratégia. O resto da noite ele passara andando impacientemente pelo quarto do hotel, imaginando onde Anahi estava e o que estaria pensando. Pelo menos agora ele tinha a resposta à primeira pergunta.
— É o último autógrafo, pessoal! — ele avisou, ao rabiscar o nome no punho do roupão branco da Sra. Perkins. Endereçou a todos um sorriso deslumbrante. — Tenho uma dama para conquistar.
A Sra. Perkins deu-lhe um tapinha no braço, os olhos falseando como estrelas nas rugas do rosto de oitenta anos.
— Vá firme, Tempestade! Boa sorte!
Ele atravessou o gramado com um sorriso nos lábios. Os repórteres seguiram atrás como um enxame de mosquitos, mas Alfonso os ignorou.
— O que me diz Pernocas? O público está do meu lado. Gosta do touro?
— É apropriado, considerando a fonte — Anahi retrucou, num tom ríspido, os braços cruzados.
O sorriso de Alfonso perdeu o brilho.
— Não gostou?
Anahi tinha uma resposta cortante na ponta da língua, mas de repente não teve coragem de dispará-la. Alfonso parecia um cachorrinho que fora repreendido por mastigar sapatos. Ele não pretendia constrangê-la. Só tinha a tendência de deixar seu entusiasmo arrastá-lo. Sempre fora assim.
— Bem... É bem grande — ela respondeu. Não era exatamente um elogio, mas foi o melhor que conseguiu fazer.
Não queria encorajá-lo, receando que, da próxima vez, ele aparecesse com algo ainda mais acintoso, como, por exemplo, jogar o bicho do céu de pára-quedas.
— Foi o maior que eu achei.
Ele deu um passo à frente, e Anahi se manteve firme, embora todas as suas terminações nervosas estivessem vibrando. Alfonso parou a poucos centímetros, inclinou a cabeça um pouco para o lado e encarou-a com um olhar permeado de sensualidade que, curiosamente, tinha um leve toque de humor A combinação era um convite íntimo para partilhar a brincadeira, rir com ele. E aquilo fazia o coração dela bater ainda mais forte.
— Então, o que me diz baby? — ele perguntou, erguendo as sobrancelhas. — Pronta para ceder?
— Acha que pode me conquistar com uma vaca gigante de plástico? — desafiou Anahi, com secura, lutando corajosamente contra a vontade de rir. E estava perdendo a batalha.
Alfonso inclinou-se um pouco mais, apoiando a mão no batente da porta.
— Não é o touro — falou com voz rouca e sexy. — É a idéia por trás.
— Você deveria procurar um emprego numa gráfica. — Anahi satirizou. — Sentimentos assim se encontram em cartões.
— Tenho coisas melhores a fazer com meu tempo — ele murmurou, chegando ainda mais perto, até os lábios roçarem a orelha de Anahi. — Venha tomar café comigo.
A pele de Anahi se arrepiou, reagindo com tal intensidade como se ele tivesse sugerido que fizessem amor no gramado. Sua garganta fechou-se, os seios formigaram, os joelhos bambearam, os dedos se encolheram nos sapatos. Era a voz. Ele poderia ler um relatório de finanças naquele tom de voz e fazer as mulheres desmaiarem. A voz de Carlos nunca tivera esse efeito sobre ela.
Anahi recuou um passo, esboçando um enorme sorriso falso.
— Bem... Foi ótimo, mas preciso ir correr.

Daqui a pouco continuo, vou fazer comida

Milla  _ EEEHHH

Ponny_Só_Ponny _ Eu queria ter um louco apaixonado desses atrás de mim