Fanfic: O Último Romântico AyA FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e Comédia

Alfonso fitou-a nos olhos, a expressão insuportavelmente terna.
— Ele deixa — confessou baixinho. — Mas eu uso do mesmo jeito.
As lágrimas estavam lá antes que Anahi tivesse a chance de represá-las. Marejaram seus olhos e borraram sua visão. Ela soltou a mão de Alfonso e afastou-se conforme ficava de pé.
— Droga, este chão é duro — resmungou, apressando-se a limpar a terra da calça.
Alfonso levantou-se devagar, observando-a. Queria puxá-la de volta e lembrá-la do dia em que ela lhe dera o anel. Poderia lhe contar que o conservara durante todos aqueles anos porque era um jeito de tê-la perto de si. Poderia ter dito das longas noites em que ficara deitado na cama olhando para o teto, segurando aquele anel na mão e pensando nela. Mas deixou o momento passar; era provável que tais lembranças a assustassem com sua intensidade.
— Espere, deixe-me ajudá-la com isso — ele se ofereceu, ressuscitando o sorriso endiabrado ao segurá-la por trás.
Anahi torceu o corpo e ficou fora do alcance, dando-lhe um olhar enviesado.
— Sem chance, Herrera.
— Puxa querida, você costumava gostar de sentir minhas mãos em seu...
— Costumava — ela declarou muito séria.
— Você costumava gostar de sentir minhas mãos em você inteirinha — ele murmurou, numa voz cálida e profunda. Lentamente empurrou-a para um enorme bordo.
OS olhos azuis falseando de malícia.
— Pretérito imperfeito, perfeito e mais-que-perfeito! — insistiu Anahi. Bateu contra a árvore e comprimiu-se ao tronco, desejando poder desmaterializar-se e atravessá-lo.
— Tem certeza? — Alfonso murmurou, apoiando as mãos de cada lado da cabeça de Anahi. Inclinou-se ainda mais até que ela pôde sentir o calor de seu corpo irradiando-se através das roupas. Seu olhar cravou-se no dela com uma intensidade quase hipnótica. — Estou ficando louco de tanto desejar você, baby.
O coração de Anahi saltou para a garganta.
— Alfonso, não...
O protesto foi mais uma vez engolido pelo beijo de Alfonso. Um beijo quente, doce, suave. Anahi não conseguiu deixar de derreter-se sob ele; era por demais insinuante, familiar demais, bom demais. Ele não se apressou; era como se pudessem ficar ali o dia inteiro, sem nada mais a fazer além de explorar as miríades de nuances daquele beijo. Mudou o ângulo sutilmente, alterou a pressão imperceptivelmente, moveu a língua contra a dela em estocadas preguiçosas e sensuais.
Presa na mescla inebriante de recordações e novos desejos era impossível Anahi não ficar hipnotizada. Era impossível não reagir. Seus corpos estavam em sintonia desde aquele dia de verão à beira do lago quando ela lhe entregara a virgindade e Alfonso lhe dera o tipo de amor pelo qual Anahi ansiara a vida toda.
E ele se debruçava agora, o peito sólido esmagando seus seios, os quadris espremendo-se contra os seus. As estaturas eram quase uma combinação perfeita, deixando-os em contato em todos os pontos cruciais. A fivela do cinto de Alfonso comprimia-se ao ventre de Anahi, e o membro viril a espetava na altura da virilha, procurando satisfação. As coxas roçaram a parte interna das suas quando ele se aproximou.
Anahi deixou escapar um gemido rouco. Seus braços enlaçaram as costas de Alfonso, suas mãos se estenderam pelos músculos ondulados. Por vontade própria, seus quadris se remexeram para acomodar os dele, num convite, e Alfonso arqueou-se, fazendo-a relembrar vividamente do tamanho e da forma de todo aquele corpo másculo, provocando uma dor profunda dentro dela.
— É isso, baby — ele murmurou, contra seus lábios. — Você me quer. Você me deseja.

PAREIII

VOU DEIXAR VCS CURTIREM UM POUCO ESSA CENA, BJSSS