Fanfic: O Último Romântico AyA FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e Comédia

— Não podemos deixar que ele arruíne nossa noite, Anahi.
— Eu estou arruinando o quê, com esse filme horrível? — Alfonso disse secamente. — Parabéns, Dr. Ponce. Eu só levo minhas companhias a cinemas onde elas não só têm de assistir a dor e sofrimento, como também precisam ler cada palavra.
— As mulheres com quem você sai sabem ler? — Carlos arqueou uma sobrancelha. — Ora, que surpresa...
Anahi olhou para ele de cara feia.
— Ei, o que quer dizer com isso? Eu saía com ele, esqueceu?
— Mas não sai mais.
— Isso está prestes a mudar, Dr. Ponce — disse Alfonso com um sorriso.
Carlos o encarou com um olhar levemente divertido.
— Não estou competindo com você, Herrera. Anahi ê adulta. Pode tomar suas próprias decisões... — Carlos foi interrompido pelo zumbindo de seu Pager. Ele lançou um olhar de desculpas para Anahi. — É do hospital. Tenho de ir. Sinto muito.
Anahi mandou-o ir com um gesto.
— Está tudo bem. Vá salvar uma vida.
— Um cirurgião plástico? — Alfonso perguntou com ar cético ao ver o Dr. Ponce sair apressado do cinema. — O que ele vai fazer um nariz de emergência?
— Ele trabalha com vítimas de queimaduras — Anahi explicou. — A infecção depois de um enxerto de pele pode ser fatal.
Diabos pensou Alfonso, o que faria para competir com um sujeito que salvava vidas? Era apenas um jogador de futebol, nada importante no grande cenário da vida, não importava o quanto à mídia o incensasse. Ficou matutando sobre aquilo enquanto observava o rival desaparecer pelas portas basculantes do saguão.
Eles não tinham se beijado. O pensamento o atingiu como um martelinho que fez seus reflexos saltarem. O Dr. Ponce não dera um beijo de boa-noite em Anahi. Ela não se inclinara para lhe dar nem mesmo um beijinho no rosto. Para um casal que se dizia noivo, havia uma notável ausência de paixão, até mesmo de carinho, entre os dois.
Ele e Anahi tinham lá seus problemas, mas falta de paixão não era o caso. Então, o que é que a fizera fugir dele e ir para os braços de um homem que tinha o calor de um manequim? Alfonso olhou para Anahi, e surpreendeu-a a observá-lo com aquele olhar velado e cauteloso, e a resposta lhe veio tão simplesmente como se ela a tivesse dito em voz alta. Segurança. Ela não poderia ser magoada por um homem a quem não amava.
— Então, o que você faz quando ele tem de cair fora assim? — indagou.
— Chamo um táxi.
— Não esta noite, de jeito nenhum — ele retrucou, aproveitando a oportunidade. — Venha, vamos embora deste lugar e comer uma pizza.