Fanfic: O Último Romântico AyA FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e Comédia

— Acho que me machuquei — ele reclamou.
— Bem, não é mais do que o merecido — Anahi retrucou. — Roubar beijos como um adolescente! — Ela ainda podia sentir a impressão do corpo de Alfonso contra o seu. O contato despertara sensações que era melhor ficarem adormecidas.
— Vale tudo no amor e na guerra — Alfonso sentenciou. Anahi rilhou os dentes e bufou frustrada.
— Esse seu desafio estúpido! — ela explodiu, sacudindo o punho. — E tudo em que você está pensando, em ganhar. Bem, não vai me ganhar caubói! Desista e vá embora!
— Desistir? — Alfonso indagou, arqueando a sobrancelha. Plantou as mãos na cintura e meneou a cabeça. — Desistir e deixar você se casar com um homem que não ama, só porque é "seguro"? Ah, não, doçura! Não posso deixar que faça isso. Não vou desistir Na verdade, apenas comecei a lutar
Na segunda-feira, todas as rádios das Cidades Gêmeas começaram a transmitir a "Vigília de Tempestade", com informações constantes sobre Alfonso e seus esforços para conquistar o coração de Anahi. Uma emissora dedicou grande parte da programação matutina a um espaço em que os ouvintes podiam dar sugestões de como Alfonso deveria tratar o assunto. As sugestões mais audaciosas ganhavam prêmios.
Na terça-feira, a campanha começou na tevê. Além de uma série de comerciais "Anahi, seja minha", incluindo a possibilidade de o telespectador ligar para um certo número se achasse que Anahi e Alfonso deviam ficar juntos, e para outro se achasse que não, Alfonso deu entrevistas a todas as estações locais falando do piquenique e do baile de gala de arrecadação de fundos para a Fundação Wish, assegurando aos entrevistadores que tanto ele como Anahi estariam presentes aos eventos. As entradas para o baile, a cento e cinqüenta dólares cada uma, acabaram no meio da tarde.
Na quarta-feira, os outdoors se espalharam pela cidade.
Anahi se descobriu de repente uma celebridade, reconhecida na fila do caixa da farmácia com um pacote de absorventes íntimos na mão, cercada por membros do fã-clube de Herrera Tempestade enquanto abastecia o carro. Foi até mesmo caçada dentro do hospital por repórteres que alegavam ter de tudo, desde gangrena até tifo, dispostos a tudo por uma entrevista exclusiva.
Era enervante, para dizer o mínimo. Como ela previra, todos torciam por Alfonso, e faziam isso sem papas na língua, entrando no espírito da competição. Ela até recebeu algumas cartas de pessoas insistindo para que se casasse com ele.
Anahi sentia-se alternadamente zangada e encantada com os esforços de Alfonso. As pequenas coisas emocionavam seu coração, os presentes que chegavam misteriosamente à sua porta, um ramalhete de violetas colhidas a mão com um laço torto amarrado em torno dos cabos, um talismã com um coração de plástico de uma máquina de chicletes, um par de brincos com a cara de Bingo. As pequenas coisas a faziam recordar do jovem caubói sensível por quem ela se apaixonara. Os grandes gestos a faziam questionar os motivos de Alfonso e a lembravam do atleta, do astro que adorava ganhar, do homem que amava a luz dos holofotes, cada vez que ela olhava para a rodovia e avistava o sorriso maroto de Alfonso numa versão de três metros de altura, ao lado do desenho de um balão com as palavras "ANAHI, SEJA MINHA", era impossível não se lembrar de que aquilo era uma disputa que Herrera Tempestade pretendia vencer.
Na sexta-feira da primeira semana, Anahi estava exausta. Arrastou-se pela porta da frente adentro, largou os sapatos no hall e cambaleou para o living, onde caiu no sofá com um gemido dramático.
Liz estava sentada, saboreando uma taça de vinho branco, e fitou Anahi com um olhar de simpatia mesclado a um ar divertido.