Fanfic: O Último Romântico AyA FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e Comédia

Alfonso encontrou-a no zôo de bichos de estimação. Os animais estavam mais sossegados, o local relativamente tranqüilo e livre do pessoal da mídia. Precisava ver Anahi em particular e acertar algumas arestas.
Anahi estava ao lado de uma garotinha loira vestida de vaqueira, de uns cinco anos de idade, magra e pálida, a pele quase translúcida devido à doença. Olheiras arroxeadas circundavam-lhe os olhos. Ela estava ocupada alimentando um pônei Shetland com um punhado de feno. A expressão pensativa de Anahi se desvaneceu no instante em que percebeu a presença de Alfonso. O olhar que lançou a ele poderia perfurar o aço e congelar o fogo do inferno.
— Você arranjou um braço que é um perigo, eu diria — ele resmungou, encostando-se à cerca do curral de mentirinha.
Anahi o olhou de soslaio. Ele vestira a calça jeans e uma camiseta limpa. Os tênis tinham cedido a vez às botas surradas. Os cabelos ainda estavam molhados do tanque, e ele os penteara para trás. O olhar era frio. Estava bravo com ela. Excelente.
— Não falei a nenhum repórter nada sobre um casamento no outono ou qualquer outro casamento.
— Bem, eu não alimentei esse boato — ela retrucou.
— Então, quem sobra? Liz?
— Tente seu amigo ajudante no tanque.
— Quem?
— Bozo Ponce, o doutor Palhaço — ele disse, com sarcasmo. — Puxa você nem notou que foi ele quem lhe deu as bolas sem parar?
— Não — Anahi respondeu com voz sumida. Estava tão cega de raiva que não prestara atenção às pessoas a seu redor. Seu foco era Alfonso, o homem que ela ao mesmo tempo amava e queria estrangular
— Não? Bem, eu diria que ele finalmente teve a chance da desforra. — Mudou de posição, virando-se para encará-la. — Eu levaria na esportiva, só que magoa muito ter você me acusando de algo que eu não fiz.
Anahi olhou para ele com um suspiro.
— Desculpe, mas quando aquele repórter me disse que você tinha insinuado uma data, vi tudo vermelho na minha frente. Considerando todas as outras coisas que você fez esta semana, isso por certo não pareceu além do reino das possibilidades. Cada vez que começo a acreditar em você de verdade, você aparece com alguma coisa ultrajante. Cada vez que abro a porta eu me encolho esperando ver um animal de plástico ou você numa toga...
— Não gosta dos meus gestos grandiosos? — Alfonso perguntou, espantado. — Eu queria demonstrar o quanto me importo. Pensei que se fizesse isso em grande estilo, você saberia que eu sou sincero.
— Sei que sempre que dois ou mais repórteres o rodeiam, a primeira coisa em que você fala é esse desafio estúpido.
Alfonso chegou mais perto, os olhos cravados nos dela, a voz grave.
— A disputa acabou no que me diz respeito. Você não teria me deixado deitar em sua cama ontem à noite se não me amasse, Anahi. Eu conheço você muito bem.
— Se me conhece tão bem, então por que continua me enlouquecendo desse jeito?
— Você não enlouqueceria se não se esforçasse tanto para lutar contra o fato de que me ama.