Fanfic: O Último Romântico AyA FINALIZADA | Tema: AyA, Romance e Comédia

O Dr. Eagle pousou a mão no ombro de Anahi e afastou-a gentilmente da cama.
— Você pode dizer isso a ele mais tarde.
— É o que vou fazer — respondeu Anahi, resoluta, a mente já se adiantando para formar um plano. — Com certeza.
Alfonso entreabriu um olho. O quarto estava vazio, escuro e frio, as persianas fechadas. O tempo se tornara completamente distorcido, esticando-se e comprimindo-se aleatoriamente de modo que ele não sabia se tinham se passado minutos, horas ou dias. Só sabia que mergulhava e saía do sono, a mente vagando entre sonhos, negrume e retalhos da realidade que pareciam quase tão surreais quanto os sonhos.
Estava plenamente consciente agora, e uma sensação de urgência o dominava. Anahi. Tinha de vê-la. Ele e suas malditas demonstrações de amor! Aquela quase o matara. Seria uma sorte se ela já não tivesse tomado um avião para Minneapolis.
Avaliou os ferimentos ao tentar se sentar. Uma perna quebrada, algumas costelas quebradas, uma concussão de menor gravidade. Nada que ele já não tivesse agüentado antes. Só que não todas ao mesmo tempo. Droga pensou, recostando-se no travesseiro, exausto. Seria difícil perseguir uma dama naquele estado.
A porta do quarto se abriu e ele virou a cabeça devagar. Seu coração apertou-se ao ver a forma Corpulenta de Scottie.
— Sei que não sou nem de longe bonito como Anahi, mas eu trouxe bombons.
— Trouxe as chaves desta prisão? Vou dar o fora daqui, parceiro. Tenho de ver Anahi.
— Puxa, por que não disse logo? Posso arranjar isso. Scottie colocou a caixa de bombons na mesinha ao lado da cama, foi até a janela e ergueu as persianas. Lá fora, no estacionamento, um pequeno grupo de pessoas se reunia em tomo de um trailer, sobre o qual havia um cartaz do tamanho de um outdoor com uma ampliação da fotografia do artigo infame do Star Tribune de domingo: Alfonso de smoking, Anahi em seu vestido preto, sorrindo para ele enquanto dançavam. Ao lado da imagem havia apenas uma palavra escrita em letras gigantescas: SIM!
— Achei que era a minha vez de fazer um gesto grandioso — Anahi disse, ao entrar no quarto.
Alfonso cravou os olhos nela, mal notando quando Scottie esgueirou-se porta afora. Os grandes e meigos olhos de corça o fitavam com uma mescla terna de amor e anseio, um olhar que fez seu coração bater com esperança renovada. Talvez não tivesse estragado tudo, afinal.
— Venha cá — ele pediu, estendendo a mão para ela. Anahi obedeceu, entrelaçando os dedos aos dele ao sentar-se na beirada da cama. — Aquele cartaz significa o que eu acho que significa?
— Minha nossa, será que os atletas são maus alunos nas outras matérias do colégio? — Anahi revirou os olhos. — Quando eu aprendi, "sim" só tinha um significado: "sim"!
Alfonso sabia que Anahi esperava um contra-ataque insolente, mas estava nervoso demais para isso. Pestanejou.
— Você vai ser minha? — ele murmurou o olhar a perscrutá-la em busca do coração.
— Sempre fui. Sempre serei — ela murmurou. — Para todo o sempre, amém.
Uma única lágrima escorreu-lhe pelo canto do olho.
— Fiquei com tanto medo de perder você, de perdê-lo de verdade... — disse ela, muito séria. — As coisas entraram bem depressa em perspectiva quando vi aquele avião caindo. Pensei que tinha ficado com medo antes. Eu não sabia o que era medo até ter de enfrentar o fato de que você poderia estar morto.
— Eu mesmo não fiquei muito satisfeito com a perspectiva — Alfonso retrucou, tentando brincar — A última coisa que um homem quer fazer no meio de um pedido de casamento é despencar no chão e pegar fogo.
Os olhos de Anahi falsearam brevemente à lembrança do riso estúpido que Alfonso correra.
— Você poderia ter me pedido com os dois pés no chão, não é, seu caubói cabeça-dura, desmiolado...
— Vai se casar comigo, Anahi? Vai se tornar a esposa de um fazendeiro e criar os filhos de um caipira no meio do nada?
Anahi encarou-o com um longo olhar cheio de firmeza.
— Sim, se você for o fazendeiro.
— Nada mais de medos de eu deixá-la por algo melhor? Ela meneou a cabeça.
— Não há nada melhor do que o que temos entre nós. Tenho planos de relembrá-lo disso cada dia, pelo resto de nossas vidas.
Alfonso escancarou seu famoso sorriso, o efeito devastador suavizado pela névoa de lágrimas em seus olhos.
— Isso é uma promessa, Pernocas?
Anahi sorriu com ternura e ergueu a mão para riscar uma cruz no peito.
— Juro pela cruz em meu coração.

ANNY ME SUPREENDEU ♥♥♥

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