Fanfic: * * * Ao sabor da sedução * * * - TERMINADA

Aos trinta e dois anos, Christopher Uckermann tinha um metro e noventa e três de altura. Os olhos eram quase verdes e o corpo musculoso. Os cabelos castanho-claros e o rosto de linhas firmes. Christopher gostava de belas mulheres, de carros velozes e do perigo.
Chris continuava sendo o garoto mau, bonito e perigoso, desejado por metade das meninas de Dallas, no Texas. A única mudança foi que o jovem havia transformado a paixão pelo perigo em uma carreira. Primeiro, nas Forças Especiais. Depois, no Serviço Secreto. E, agora, na empresa que fundara com os irmãos.
O rapaz enriquecera com a Uckermann’s. Homens dos três continentes lhe pediam ajuda quando a situação saía do controle. Agora, fora o próprio pai quem fizera isso. E o rapaz havia concordado em ajudá-lo. Por esse motivo Christopher estava sobrevoando o Atlântico em um pequeno jatinho particular, dirigindo-se a um ponto no mapa chamado Baslaam.
Christopher deu uma olhada no relógio. Meia hora para aterrissar. Tudo acontecera tão rapidamente que o rapaz teve de passar a maior parte do vôo lendo os arquivos sobre o pai. Agora, tinha tempo para relaxar.
Chris inclinou para trás o assento da poltrona, fechou os olhos e deixou o pensamento vagar. O rapaz refletiu sobre a própria vida, sobre o quanto havia chegado perto das amargas previsões do pai. "Você é um inútil. Nunca vai chegar a nada", era comum o pai dizer isso quando Christopher era criança.
Chris tinha de admitir que parecera determinado a provar que o pai estava certo. O rapaz matara aulas, ficara bêbado e fumara maconha, embora não por muito tempo. Não gostava da perda do autocontrole que vinha com a rápida euforia.
Aos dezessete anos, Chris era um jovem com problemas. Vivia zangado com a mãe por esta estar morrendo, e com o pai, que se preocupava mais com dinheiro do que com a esposa e os filhos.

Certa vez, tarde da noite, ao dirigir um caminhão em alta velocidade por uma estrada, o rapaz percebeu que passara pela casa de um policial. Há um ano, esse tira o tratara de forma rude a pedido do Senhor Uckermann. “Seu velho pai queria que eu desse ao jovem algo para que pensasse a respeito", Chris ouviu o policial dizer ao parceiro.
Com aquelas palavras ecoando na mente, Christopher desviou o caminhão da estrada, subiu em uma árvore, abriu uma janela com um pé-de-cabra e ficou observando o policial, que dormia e roncava. Depois, Chris foi embora da mesma forma que entrou.
Foi uma experiência tão divertida que o rapaz fizera isso algumas vezes, invadindo as casas daqueles que obedeciam ao pai dele. Christopher não levava nada dessas invasões, exceto a satisfação do sucesso.
Certa noite, tudo desmoronou. Naquela época, Chris estava na faculdade. Então, foi para casa para um longo fim de semana... E se deparara com um sussurro de que seria capturado.
Brincar com jogos perigosos era uma coisa. Ser estúpido era outra. Chris largou os estudos, entrou para o Exército e foi recrutado pelas Forças Especiais. Quando o Serviço Secreto demonstrou interesse, o rapaz respondeu sim. Pensava ter encontrado um lar. Não era verdade. Às vezes, o governo pedia coisas que o faziam sentir-se um estranho.
Seus irmãos trilharam caminhos semelhantes — carros velozes, mulheres bonitas, roleta-russa. Os três freqüentaram a mesma faculdade, com bolsa de estudos devido ao futebol americano. Todos, inclusive, marcaram pontos no mesmo jogo, numa temporada memorável de campeonato.
Depois, largaram os estudos e entraram para o Exército. Em seguida, as Forças Especiais e, finalmente, o Serviço Secreto.
Como se desiludiram com o que encontraram lá, retornaram a Dallas e montaram um negócio juntos. Uckermann’s: Especialistas em Gerenciamento de Risco. Chris surgira com o nome.

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bjix da Naty