Fanfic: O Concurso | Tema: Vondy

— Ótimo! Então... Eu já tive umas ótimas idéias! — disse Anahi empolgada.

— Ai, lá vem... — murmurou Maite, levando as mãos á cabeça.

— E se pintarmos o cabelo da Dulce de vermelho? Ai meu Deus, vai ficar incrível, fabulosa! — disse Anahi dando pinotes.

O que foi que ela disse? Pintar o meu cabelo de vermelho? Mas nem pagando!

— Ér... Anahi, sabe, eu não quero ser grossa nem nada, mas... Acho que não quero pintar o meu cabelo de vermelho, e nem de outra cor... Estou bem assim, juro. — eu disse em tom bem suave.

— Dulce minha querida, — ela disse me abraçando de lado. — Confie em mim. Te deixarei que nem uma rainha!

Respirei fundo.

— Confiar em você? Essa é a minha maior preocupação... — eu disse baixinho.

— Olha Annie... Dessa vez, acho que a Dulce tem razão... É muito exagêro pintar o cabelo dela de vermelho... Acho melhor não... — disse Maite.

Anahi bufou. De um jeitinho engraçado, mas bufou. (...)

Maite e Anahi discutiam sempre que tinham uma oportunidade. Com a palavra oportunidade, estou dizendo que, quando eu não estiver por perto, porquê sempre que estão discutindo perto de mim, eu as separo. [...] Anahi ainda estava com a mesma história de me deixar ruiva, e, na maioria das vezes, este era o motivo da discução.

***

O dia passou bem rápido. Minha mãe e Anahi ficaram conversando a tarde toda, enquanto Maite e eu, ficamos no notbook jogando Fireboy e Watergirl. Depois disto, minha mãe nos preparou um delicioso lanche de salada de frutas e elas foram embora.

Combinamos de nos encontrar ás oito e meia da noite em uma pizzaria em Copacabana. Anahi me disse para ir com uma roupa bem bonita, pois levaria alguns amigos conosco.

Há príncipio, me recusei. Pois eu não saía “frequentemente” sozinha... Com “frequentemente”, eu quero dizer “nunca”. Mas como minha mãe praticamente me expulsou de casa para que eu fosse, aceitei. Segundo ela, isso seria bom para pegar anticorpos e fazer mais amigos. [...]

Quando o relógio marcou oito e quinze, pedi ao meu pai que chamasse um táxi para mim, mas ao invés disso, ele fez questão de me levar até lá.

— Então... — ele disse enquanto dirigia. — Á que horas acha que irá chegar em casa... Quer dizer, sem pressão mas... Que horas? — ele perguntou.

— Não sei... Não irei muito tarde... Na verdade só estou vindo por insistência da Anahi e da minha mãe... — eu respondi.

Estava na cara que meu pai estava pirando. Um pouco á mais do que eu.

— Muito bem... — ele disse nervoso. — Okay, sei que pode parecer meio que... Uma invasão de privacidade, mas... Haverá meninos lá? — ele perguntou.

Eu ri e virei para fita-lo.

— Não sei... Mas conhecendo Anahi como eu conheço, provavelmente sim... — eu disse sorrindo. Ele se contraiu em seu banco. — Pai não se preocupe, ainda tenho juízo, confie em mim.

Ele suspirou.

— Confio em você meu bem, eu não confio é na sua nova amiga, quer dizer, sua mãe me disse como ela é... E...  Não vai ficar igual á ela, vai? — ele disse.

Eu ri novamente.

— Pode deixar, nem se eu quisesse eu poderia ficar igual á ela...! — eu disse.

— Tudo bem, isso me deixa levemente mais tranquilo. — ele disse. — Mas saiba que ficarei acordado até você voltar, e como eu acordo cedo para trabalhar amanhã, imagino que terá consideração pelo seu paizinho e chegará bem cedinho, sim?

— Claro pai, como quiser. — eu disse.

Se ele está assim agora, imagine quando descobrir que (a): Faço parte de uma banda e (b): Provavelmente ficarei ruiva em breve...