Fanfic: O Concurso | Tema: Vondy

Ficamos rindo por um bom tempo. Anahi ria tão alto, que algumas garotas até nos olhava de queixo caído. E Maite e eu, bom, acho que estávamos mesmo era rindo de Anahi.

A professora entrou no auditório novamente, cinco minutos depois que ela tinha saído. E com ela vinha a diretora – uma mulher alta bem séria –, e uma mulher loira... Aparentemente bem simpática, pois ao contrário da outra mulher, ela sorria para todos os alunos.

— Silêncio pessoal! — disse a professora, com seu “adorável” microfone, alto. Bem alto. — Bom, quero lhes apresentar, Aline Sparks!

Todos olhamos a tal Aline de olhos bem atenciosos. Ela era linda! Parecia uma princesa! Seus cabelos loiros batiam até o final de suas costas; ela usava um vestido estampado de flores até o pé e um salto bem alto. Anahi a fitava completamente encantada. Com um sorrisinho meio tímido no rosto, mas bem atenciosa.

— É um prazer conhecê-los! Eu esperei tanto por este momento! Bom, deixe-me me apresentar, eu me chamo Aline, mas se quiserem, podem me chamar de Ali; eu trabalho na empresa “Transformando os Jovens”. — apresentou-se — Bom, minha empresa vem ao Brasil em busca de novos talentos para que possamos ajuda-los em sua vida profissional e estudantil. — ela disse com um sotaque britânico.

— Como assim, em nossa vida estudantil? — perguntou Karla.

— É simples... Estou á procura de jovens que cantem bem, daí, estes jovens competirão com outros jovens de outras escolas e quem ganhar, ganhará uma bolsa de estudos para uma das melhores escolas dos Estados Unidos. E claro, tudo recorrente a viagem, óbviamente será pago pela minha empresa. — explicou Aline, ou Ali, sei lá...

— Mas e os que não tem talento nenhum? — perguntou Maite.

— Quer dizer os que são um zero a esquerda? — disse Anahi.

Maite arregalou seus olhos e logo em seguida virou o rosto para o outro lado.

Aline fez uma expressão que me pareceu confusa. Mas depois logo a desfez.

— Pois bem, as pessoas que... Bem... Não saberem cantar, irão ter aulas particulares com professores vindo diretamente da América, pois a escola de vocês será usada para as equipes de pessoas que forem selecionadas. — explicou Aline.

— Então haverá uma seleção? — perguntou Maite.

— Óbviamente. — respondeu Aline.

— Ui, ainda bem que não precisarei estudar, pois é óbvio que a minha ida para a América ja está confirmada! — disse Nathália, animada.

Anahi soltou uma gargalhada.

— Só se você for pagar a sua viagem né, meu bem?! Porquê com essa sua voz de taquara rachada o máximo que você vai é até o banheiro daqui da escola! — ela disse.

Todos no auditório riram, inclusive Aline. Nathália arregalou seus olhos incrédula pela tamanha ousadia de Anahi. 

***

Quando eu era um pouco menor, Nathália e eu éramos vizinhas. Até que éramos bem amigas. Sempre saíamos juntas para comer alguma coisa, íamos ao shopping juntas e claro, Zoraida sempre estava conosco. Mas depois que minha mãe me pôs na mesma escola que Nathália estudava, eu não sei... Nos distanciamos bastante.

Ela não era aquela antiga Nathália que sempre ía até minha casa para assistir aos meus filmes favoritos comigo; Ela estava diferente. Me evitava sempre que tinha uma chance. Começou a ficar com uma porção de garotos. – embora sua mãe, que é uma mulher maravilhosa, fosse da igreja.

Eu não me incomodava com isso. Na verdade eu até a compreendia. Seu pai saiu de casa quando ela ainda era bem pequena... Enfim... Ela tinha bons motivos para se revoltar. Entretanto, uma coisa, somente uma coisa fez com que eu a odiasse profundamente!

UM ANO E TRÊS MESES ANTES. 

Bianca e eu estávamos sentadas na sala de aula uma de frente para outra, conversando animadamente, como de costume. Então, ela me disse uma coisa que, hoje em dia, eu perferiria não saber.

— Está sabendo da mais nova?

— Como? Acho que não entendi... — eu disse.

Ela virou os olhos.

— Nathália e Christopher estão ficando! — ela disse, bem direta.

ATUALMENTE. 

Naquele momento, meu mundo caiu. Eu esperava tudo de Nathália. Tudo. Menos isso. Ela sabia desde o príncipio que eu gostava um pouco do Christopher e mesmo assim, acabou ficando com ele.

Não vou dizer que Christopher Uckermann e eu éramos próximos. Não éramos. Mas tinhamos nossos meios de comunicação. As vezes até almoçávamos juntos. Fazíamos duplas nos trabalhos de ciências algumas vezes... Tinhamos nosso pequeno jeitinho de saber lidar um com o outro e... Naquela época... Eu poderia jurar que ele sentia o mesmo do que eu. E é por isso que eu tinha alguma mínima esperança de que talvez um dia, se eu tiver sorte, nós poderíamos acabar juntos.

Mas eu estava errada.

Nathália foi mais rápida do que pensei. E é por esse motivo, que eu procuro estar bem longe de ambos, Christopher e Nathália.

— Professora, vai deixar ela falar assim comigo?! — Nathália gritou. 

A professora encarou Anahi com uma cara de que, a qualquer mais um deslize, Anahi estaria lascadinha.

— Anahi, peça desculpas, por favor. — falou a professora sem se alterar. Creio que é só por conta de Aline estar presente. 

— Desculpe! — murmurou Anahi.

Depois disto, a professora começou a falar diversas coisas, que para falar a verdade, eu não entendi absolutamente nada!

— Oh Deus! Estou morrendo de sede! — eu disse.

— Peça a professora para você ir beber água. — falou Anahi.

— Eu não! Não quero atrapalha-la em seu monólogo. — eu disse.

Anahi deu um sorrisinho sorrateiro para mim. Oh não. 

— Professora! A Dulce está com sede. Ela pode ir beber água? — gritou ela. 

— Pode. — a professora gritou de vota.

— Pronto. Pode ir. — disse Anahi com a maior naturalidade do mundo. 

— Você me paga! — murmurei entre os dentes.

— Obrigada, de nada! — ela disse debochada.

Quando levantei, acho que virei a Lady Gaga, porquê todos pararam de conversar, e olharam para mim. E óbvio, fiquei vermelha como um tomate. (...)

Quando cheguei ao bebedouro, dei graças a Deus por não esbarrar em ninguém e não ter tropeçado pelo caminho.

Quando começei a beber água, senti uma mão alisando meu cabelo, e quando me virei — assustada. — dei de cara com Christopher, me olhando mais sério do que o normal.