Fanfic: Meu Imortal | Tema: Criatura mítica, Vampiro!
CAPITULO 3
Por detrás da Ferida
Victor chama Anna e Clara para se sentarem com eles na sala. As duas se sentam em uma poltrona ao lado de Victor, César se senta puxa um fumo, Saint-Claude e comenta sobre o hospede.
- Como vai o rapaz?-se dirigindo a Anna.
- Ele vai bem, pelo que sei, mas quem acabou de vê-lo foi Clara. - Responde Anna.
Clara percebendo o interesse de César pelo assunto continuou.
- O ferimento não sangra mais, mas o corte foi profundo ficará com uma enorme cicatriz. Mas creio que ele ficara melhor e poderá se movimentar daqui a alguns dias.
- Sim, Claro! Temos que cuidar da vida daquele que salvou Anna, ainda que eu ache estranho o modo como tudo aconteceu. -Diz César.
- Como assim?-Pergunta Anna.
- Sabemos que ele estava no teatro naquela noite, como ficou sabendo tão rápido que fora raptada? Pois tudo foi tão rápido, e além do mais, como conseguiu chegar tão depressa ao local? Sendo que, nem eu que sai atrás de você logo após, não pude os alcança-los. Isso é muito estranho. –comenta César.
- O senhor esta insinuando que ele tenha a ver com o rapto de Anna?-Pergunta Clara, com os olhos arregalados.
- Creio que seja possível. -Responde César.
Anna, nada comentava, pois veio ao seu pensamento novamente o momento em que aquela figura pousou sobre sua cabeça, se colocando a sua frente. E logo depois as palavras daquele homem dizendo que iria matá-lo, que ele era a luz e a escuridão e que não repousa jamais. Não, algo dizia a Anna que o rapaz que a salvou seria o alvo e não ela. Então em defesa disse:
- Creio que não, pois se fosse não daria a vida por mim.
- Ainda assim, minha adorada Anna, é mais possível o que eu supunha do que ele ser um anjo caído dos céus, pois há algo de errado que não se encaixa nessa historia. -responde César.
Victor interrompe a conversa, e diz que tudo será esclarecido depois, e não contente César diz que estará atento ao estranho, e que sempre estará em alerta e presente para que nada passe despercebido de seus olhos.
- Ainda assim, meu estimado Visconde César, esse não é o maior problema – Diz Victor tentando acalmar César.
- Sim é verdade, e se houver algo de errado tudo será esclarecido e resolvido. – Diz César dando uma última tragada no Saint - Claude e depositando as cinzas no cinzeiro de prata italiana.
Logo após ele se levanta e diz:
- Tenho que ir, amanhã será mais um longo dia na corte.
- Gostaríamos que permanecesse para a janta. – Diz Victor ao se levantar.
-Não, agradeço o convite, mas ainda tenho uns assuntos para resolver a pedido de meu pai.
- Sim entendo. – Responde Victor.
César se dirige a Anna e segura-lhe a mão para se despedir.
- Amanhã voltarei a sua casa Conde Victor, a muito desejo ter uma conversa muito importante com o senhor – Diz César beijando a mão de Anna. Ela meio sem jeito, mostra um sorriso sem maiores expressões. Victor consente com a cabeça, como se já tivesse idéia do que se trataria a visita do Conde Vermont.
César se despede de Clara sem muita cerimônia e se retira da residência dos D’Walk Rees.
Victor, também se retira da sala deixando Anna e Clara a sós.
Clara esperando que o tio se retirasse por completo, corre para perto de Anna e diz:
- Tenho certeza de que ele pedirá sua mão em casamento!-diz Clara se virando para Anna e tentando parecer contente.
Anna desconversa e faz uma pergunta a Clara.
-O que você acha sobre o que César falou a respeito do Conde Montev?
-Sinceramente? – diz Clara - também acho tudo muito estranho, concordo com César, temos que ter cuidado e prestar mais atenção neste misterioso homem. – Enfatiza Clara.
Anna se mostra pensativa.
No seu gabinete, Victor não se mostrava tão preocupado com o assunto sobre o Conde Montev, de qualquer forma se o jovem Conde estiver envolvido no caso do rapto de Anna, eles terminariam por descobrir. O fato é que, não podiam julgar o rapaz sem ter provas, pois a única prova incontestável era a de que Lorens havia dado sua vida pela a de Anna e isso ele não poderia contestar, mesmo sendo tudo um mistério.
Chega à noite vazia e misteriosa sobre a cidade de Bordeaux. Na mansão dos D’Walk Rees, os guardas estão apostos em plena vigília, sobre qualquer coisa q ue lhes pareçam suspeito. Anna caminha pelo corredor da mansão, iria verificar o estado dos ferimentos do Conde Montev, como o médico havia recomendado. Ela passa pelo silencio da mansão e entra no quarto do hospede. Fecha a porta vagarosamente, e olha ao redor do quarto, observa que ele esta dormindo, alias desde a noite anterior encontra-se adormecido, pois o médico deu-lhe um sedativo para que não sentisse dor e para poder se recuperar melhor.
Anna pega um esparadrapo para trocar o curativo, se aproxima do jovem a quem lhe deve a vida, olha-o e fala consigo mesmo.
- Ele não se parece com um monstro. - diz ela lembrando do que aquele homem havia dito.
Anna abre o roupão que Lorens esta usando, observa o último curativo feito por Clara, e realmente, não possuía nenhum sinal de sangue, isso era ótimo! Era sinal de que não havia perigo de hemorragia. Anna retira o curativo, para aplicar um novo. Ela ainda não tinha visto a gravidade do ferimento, mas pelo que disseram o Conde se encontrava com um buraco enorme no ombro, e por milagre não havia morrido. Anna tomava um enorme cuidado para não incomoda-lo, cuidadosamente ela retira o esparadrapo. Ao abrir percebeu que o ferimento estava seco, mal parecia que era recente. Anna achou estranho, mas ficou mais chocada ainda quando seus olhos presenciaram um acontecimento estranho e impossível. Viu que, de pouco em pouco a pele do Conde Montev estava se regenerando, e que cicatrizava subitamente, como se nenhuma lamina nunca o tivesse cortado.
Anna não acreditava no que via, automaticamente ela o tocou, colocou suas mãos sobre uma ferida que não mais existia, e no lugar dela encontrava-se uma pele lisa, sem fragilidades, sem nenhum corte, simplesmente perfeita. O que havia acontecido no corpo daquele homem? De repente uma mão segura a dela e a arranca de cima do seu peito.
Anna se assusta, e da um passo para trás, só não grita porque esta espantada. Ele havia acordado, e com voz seria e grave diz:
- Quem é você?O que pensa que esta fazendo?-diz Lorens
- O q. que é isto? O que esta acontecendo?- Pergunta Anna com voz tremula e assustada.
Lorens olha para seu ombro, olha para Anna, e age como se tentasse se lembrar de algo. De repente sua expressão deixa de ser tão ameaçadora e ele diz:
- Estou reconhecendo você, é a moça que estava no casarão.
Novamente ele olha para o seu ombro e passa a mão por cima dele, e diz:
- Aquele desgraçado, quase consegue me matar! – Diz num tom de preocupação.
Logo depois se volta para Anna e vê que a moça continua ali parada sem entender nada, assustada. Lorens muda seu semblante e parecendo mais sereno, diz a Anna.
- Desculpe-me pelo palavreado, não é obrigada a escutar tais insultos.
- O que é você?-Pergunta Anna, meio que com medo da resposta.
Lorens percebe que Anna viu o que aconteceu com seu ferimento e que também viu sua pele degenerar, ele olhou nos olhos dela, e enxergou dentro deles que estavam assustados e ao mesmo tempo curiosos por uma explicação. Sabia que não teria como mentir, ela viu o impossível, ele por sua vez temia, pois não sabia onde estava com que tipo de pessoas estava à mercê, era perigoso, e ele não sabia o que poderia acontecer.
Mas Anna como se lesse o pensamento dele, diz:
- Não tenha medo, pode confiar em mim, salvou minha vida, por isso quem deve algo sou eu.
Ele a fitou por um instante, ela parecia falar a verdade, havia confiança e sinceridade nos olhos dela.
Ela continuou:
- Escutei aquele homem dizer coisas estranhas sobre você, o chamando de Monstro, não entendi no momento, mas agora, estou mais confusa ainda.
Lorens estava pensativo, ainda não sabia o que fazer, percebeu que a moça já havia desconfiado de alguma coisa, mas o que ele escondia era meio incompreensível e perigoso, sua vida dependia desse segredo.
- O que for dito aqui morrera aqui, caso não queira, não será obrigado a dizer nada, saberei respeitar sua vontade. – Diz Anna.
Ele se volta para ela, e ainda excitando em falar observava a figura daquela jovem de pé ao lado de sua cama, esperando que ele revelasse o mais cruel dos segredos, que o possuía há anos, e esse segredo o fez parar justamente ali, naquela cama, diante daquela situação.
-Vou lhe contar o ocorrido, senhorita...?-Lorens pergunta o nome dela
-Anna... Anna D’ Walk Rees.
Autor(a): natacha_lopes
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