Fanfics Brasil - A Ameaça Invisivel Os Exilados

Fanfic: Os Exilados | Tema: Guerra Biológica contra vírus Mutante


Capítulo: A Ameaça Invisivel

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EXILIO


 


 


Declarado estado de emergência no mundo inteiro, e todos ficam em alerta com a gripe que se alastra. Fomos atingidos por uma epidemia.


Medidas tomadas pelas organizações mundiais de saúde, preveem uma vacina rápida e eficaz contra o vírus.


A industria farmacêutica e laboratorial ARIAL’S LIFE que tem sua sede em Washington, Estados Unidos, será a responsável por desenvolver a vacina e distribui-la para todos os países do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).


Contava-se a historia, de pessoas que tomaram uma vacina e viraram criaturas geneticamente modificadas, umas foram infectadas com o vírus Z, outras com o vírus V, não se sabe ao certo a quantidade de pessoas atingidas e mortas, mas as consequências foram as piores possíveis.











CAPITULO 1


A ameaça Invisivel


 


 


 


 


DALLAS, ESTADOS UNIDOS, 05/06/2017. POR ALEX GALE.


 


Nesse dia o sol não apareceu, ficou escondido atrás de grandes nuvens negras, que cobriam o céu, seria um pressagio? Claro que não, é apenas um dia nublado, o único pressagio era o de que iria vir uma tempestade.


Mas com certeza essa seria uma data que não daria para se esquecer. O dia em que todas as pessoas de toda parte do mundo tomariam a vacina. Estava no noticiário da TV, e em toda parte, outdoors, rádios, jornais impressos. Não dava para fugir, a vacina parecia pior do que a própria gripe.


Estava de férias da faculdade de engenharia mecânica, tirei boas notas, então não fiquei de exame, estou no meu terceiro ano. Não é algo fácil de se estudar, mas quando se gosta do assunto em questão não há do que reclamar.


Estou eu embrulhado nas cobertas em meu quarto, curtindo uma preguiça, e quase tirando um cochilo quando o telefone toca. “ caramba! Agora não”, numa lentidão tremenda e torcendo que o telefone parasse de tocar antes que eu o alcançasse, eu levantei e fui até a sala, o meu azar era que meu quarto ficava bem do lado. Estiquei o braço o mais lentamente que podia, mas o telefone não se rendeu, nem a pessoa que estava no outro lado da linha.




  • alô?




  • Alex?




  • Mãe?




  • Onde você estava que não veio atender logo? - disse ela brava.




  • Estava no quarto, quase dormindo, desculpe a demora.




  • Tudo bem – disse ela já emendando - Venha logo ao posto de saúde, está saindo hoje o ultimo lote da vacina, não quero você pegue aquela doença, então venha já! Eu já estou imune.


    Definitivamente este assunto já estava me aborrecendo, teria que me submeter a aquela picada. Já ia desligar o telefone, quando olho na janela e vejo alguém acenando em minha direção, meu melhor amigo, Gabriel Austen, ele não estava sozinho, ao seu lado havia uma garota, alta magra, de cabelos castanhos escuros, pele clara e um semblante sério,parecendo que não estava gostando de estar ali. Ela me era familiar. Eu me despedi de minha mãe, e disse que logo estaria no posto de saúde,desliguei o telefone, abri a porta da sala e fui ao encontro do meu amigo.




  • Oi Gabriel! Como você está? Curtindo as férias? - e olhei para a garota ao seu lado, imaginei que poderia ser a mais nova namorada de Gabriel, ele adorava trocar de namorada a cada sete dias. Gabe era o conquistador,adorava pensar com a cabeça errada muitas vezes, isso magoava sim, e muitas pessoas, motivo? Ele tinha de sobra, pelo menos era o sonho de consumo de muitas garotas, alto, cabelos castanhos escuros arrepiados com um pouco de gel, tinha um físico atlético e olhos verdes, isso era fatal para as mulheres, conquistador a parte era meu melhor amigo desde meus cinco anos, nos conhecemos na pré -escola, e nossas mães ficaram amigas. Desde então, ele tem sido para mim o irmão que eu nunca tive.


    Esperando que Gabriel me apresentasse a garota, notava que a menina, franzia a testa , e a cada minuto seu rosto se contraia mais, até estava parecendo que eu tinha feito algo de errado, quando de repente ela disse:




  • Não se lembra de mim Alex Gale?


    Eu sorri e franzi a testa




  • ele não se lembra de mim Gabe? - disse ela olhando para o Gabriel.


    Eu me voltei para ele e disse;




  • Gabe? - a única pessoa na face da terra que você deixa te chamar assim é.....


    De repente me lembrei. Olhei – a novamente, e fixei meus olhos nos dela, e reparei nos grandes olhos castanhos de Samanta Austen.




  • Meu Deus! - quanto tempo Sammy! - eu disse.


    Então o semblante dela mudou e ela sorriu para mim e de mim. Fazia nove anos que não via a irmã mais nova de Gabe. A ultima vez que a vi foi quando ela estava se mudando para Nova Jersey, com a mãe. Os pais de Gabe e Sammy se separaram a nove anos atrás, Ela com oito anos foi embora com a mãe, e Gabe com doze anos na época escolheu perante a justiça morar com o pai em Dallas. Minha mãe foi se despedir da Sra. Austen e eu também. Lembro que Sammy, ficava correndo atrás de mim e do irmão, querendo brincar das mesmas coisas que nós, e Gabe a mandava ficar longe, fazendo -a chorar. Ele não era muito carinhoso, então ela apelava para mim, sabia que eu esmorecia, e que arrumaria um jeito de todos poderem brincar juntos. Até que então em um dia Sammy foi embora e nunca mais a tinha visto. Quando perguntava dela para Gabe, ele dizia que a mãe tinha cortado relação por causa do novo marido, e por isso também não tinha mais noticias da irmã, até aquele dia.




  • Como é que você está?-Perguntei




  • Bem e você? - Respondeu ela ainda sorrindo.




  • Feliz em revê-la! Porque ficou tanto tempo sem aparecer?


    O semblante dela voltou a ficar sério, e disse:




  • acho que sabe até a parte onde minha mãe se casou de novo e o novo marido dela nos mantinha longe do pai e do meu irmão, ele é advogado, então, fez o possível para mexer seus pauzinhos e fazer com que meu pai ficasse longe da gente, mas agora já tenho dezoito anos e me emancipei, sou livre para tomar minhas decisões, quis vir atrás do meu pai e do meu irmão e advogado nenhum iria me impedir.


    Notei firmeza em suas palavras e chamas nos seus olhos, mais que determinação, ela sabia muito bem o que queria, assim como o irmão, isso vinha do sangue.




  • E você!? Não mudou nada, poderia reconhecer essa carinha de banana aonde quer que eu fosse, você tem o que? Vinte e dois? O seu cabelo está maior parece um metaleiro.




  • Nem tanto, esta no pescoço! - interferiu Gabe.




  • Gosto de rock, mas não sou metaleiro – respondi.




  • E Gay? - perguntou ela.


    Meus olhos azuis quase saltaram pra fora.




  • Nem gay! - eu respondi em alto e em bom som e sem nenhuma dúvida.


    Gabe se abaixava para rir. Eu não achei graça alguma.






  • vocês estão indo para algum lugar? - Perguntei para que eles parassem de deboche.




  • Na verdade além de vir trazer a Sammy para ver você e zoar um pouco com a sua cara, vamos ao posto de saúde tomar a tal vacina. - Disse Gabe.




  • Ótimo! - Eu exclamei. - Estava indo para lá agora mesmo.




  • Então vamos todos juntos! - disse Sammy agarrando no meu braço.




  • Eu estava achando que Samantha estava realmente achando que eu era gay.




 


 


 


Chegamos ao posto de saúde ás 15:35, não havia muitas pessoas, a maioria preocupada com o surto da gripe, encheram os postos logo nos primeiros lotes da vacina.


Nós três nos dirigimos ao balcão, a recepcionista olhou para nós sem muito entusiasmo, já deveria estar entediada.


Chegamos até ela, Sammy se debruçou no balcão, e Gabe sacou os olhos em cima do decote da moça.


-Viemos tomar a vacina - disse.


-preciso das suas carteiras de vacinação. - disse ela.


Entregamos nossas carteiras, e ela as olhou com atenção. Logo disse: Samantha Austen, Gabriel Austen e Alex Gale?


sim”respondemos.


De repente ela arregalou os olhos, nós três nos olhamos, a recepcionista, nos deu um sorriso amarelo e sem jeito.




  • Só um minuto! - disse ela entrando em uma sala logo atrás de nós.


    - O que está acontecendo? - Reclamou Sammy.


    - Não faço a minima ideia – disse Gabriel.




  • É necessário esse mistério todo só para aplicar uma vicininha sem vergonha na gente? - continuou Gabe, que disse essa frase alto e com bom tom.




Eu e Sammy rimos do jeito, “tô nem aí” de criticar as coisas do Gabe, mas pareceu que surtiu efeito, logo a recepcionista estava de volta, e junto com ela, uma enfermeira, que mais parecia uma agente do FBI.


Nós três nos olhamos mais uma vez, antes da enfermeira chamar meu nome.




  • Alexander Gale! Pode vir, por favor!




  • Primeiro as damas! - disse Gabe, empurrando a irmã pra frente.




  • Eu vou seus B e B! - disse Sammy, esticando seu braço esquerdo para receber a picada.




  • O que significa B e B? - eu olhei para Gabe e perguntei.


    Ele se virou para mim e com voz baixa disse:




  • Bundão e Banana!


    AAAAUUUU!!!! Sammy gritou.




  • Olha lá a valentona, não aguenta nem uma agulhadinha. -debocha Gabe, aproveitando para rir da irmã.




  • Pronto! - Enfermeira disse.


    Sammy voltou para perto de nós alisando o braço.




  • Pensei que meu braço ia cair! - disse ela baixinho passando por mim.




  • Próximo? - diz a dona FBI, digo, a enfermeira, já preparando a outra dose.




  • Sera você, Sr. Gale? - continuou a senhora.


    Nossa! ela estava de marcação comigo,logo pensei. Mas, Gabe interveio, e ele disse, que seria o próximo.


    Gabriel puxou as mangas da camisa para cima, e sentou na cadeira, olhou para a seringa, seus olhos estalaram, ele não era muito fã de agulhas, mas queria se mostrar para a irmã.


    Ele aguentou firme, até ela apertar até o fim o fluido dentro dele.




  • Pronto! - Disse ela novamente. E até que enfim chegava a minha vez.


    Até que enfim, não para mim, mas parecia que a enfermeira aguardava o momento de me dar uma agulhada, era como se ela estivesse viva só para poder fazer isso comigo.




  • É sua vez finalmente, Alex! - disse ela.


    Assim que Gabe se levantou, eu me sentei, ela piscou os olhos para mim, e isso não foi nada confortante. Mas a picada doeu mais do que eu esperava. Eu me enverguei de dor, e agora sabia o porque do grito da Sammy, e os olhos estalados de Gabe. Mas depois, o breve sofrimento passou.


    Eu me levantei da cadeira, e apertava o algodão sobre a picada.




  • Obrigada por terem vindo! - disse ela - a presença de vocês é indispensável para que essa campanha dê certo. - terminou.




  • Esculta! - disse Sammy. - Essa vacina pode dar algum tipo de reação?


    A enfermeira olha para Sammy.




  • Não se preocupe, você ficará bem! - diz a enfermeira que se retira, depois de anunciar que seu plantão havia terminado.


     




 


 


 


 


Era 17: 25, Missão cumprida, já voltamos para casa com a vacina tomada. Assim nossos pais não encheriam mais a nossa paciência, e poderíamos voltar a nossa vida normal sem medo de ser vitima da doença.




  • Minha nossa! Aquela enfermeira que mais parecia a Fiona, já estava me cansando. - Diz Gabe.


    tínhamos chegado a frente de minha casa, parei em frente de meus amigos para me despedir deles naquela noite.




  • Agradeço muito a vocês por terem me acompanhado, nesse passeio!


    Sammy, que havia voltado do posto muito quieta, sorriu.




  • Nos veremos amanhã? - Eu perguntei para ambos.




  • Se estivermos vivos, sim! - Disse Gabe




  • Que horror ! Garoto! - repreendeu Sammy – Sabe o que você merece? - diz ela levantando os punhos.




  • Olha só para você! - diz Gabriel rindo da irmã. - Não consegue nem sustentar esse seu esqueleto.


    Ofensas a parte, eu acenei para ambos e corri para casa, abri a porta e ao fecha-la pode ver, Gabe e Sammy gesticulando um com o outro, enquanto caminhavam para a casa deles, que não ficava muito longe da minha, apenas dois quarteirões da minha residência, a casa deles era uma bem de esquina.


    Fechei a porta, escutei um barulho, mas não me preocupei, conhecia bem esse som, era a minha barriga reclamando, fazia tempo que havia comido algo, aliás, minha mãe já deveria estar fazendo a janta. Falando na minha mãe, onde estaria ela? Já era para estar em cima de mim, perguntando se eu realmente tomei a vacina, coisa e tal, além de me bisbilhotar por inteiro.


    Subi as escadas, e chamei por ela, mas nada de resposta, imaginei que ela poderia estar no supermercado, já que o horário de trabalho dela já havia terminado, hora extra, ela não estaria fazendo, pois teria me avisado. Cheguei na porta do quarto dela, e dei uma batidinha e chamei por ela. Nada.


    Definitivamente ela não estava em casa, vou para meu quarto então, mas não me convenci, alguma coisa me puxava para entrar dentro do quarto dela, quando de repente, escutei o barulho vindo de mim novamente, e já estava vencido. Vou para cozinha, daqui a pouco minha mãe chega.


     


     


    Na cozinha, preparei um sanduíche de pão integral,com presunto, queijo, maionese, alface e tomate, e para beber, um pouco de refrigerante. Perfeito! Apesar de que isso não ia me sustentar por muito tempo, dava para enganar.


    Depois de quatro mordidas, já havia terminado o sanduíche, terminei de virar o copo de refrigerante, levei tudo para a pia e lavei, não seria justo deixar para minha mãe lavar, em casa dividíamos as tarefas, era só eu e ela, então, tentava deixar as coisas mais ou menos organizada para ela, já que não é fácil, trabalhar, cuidar de casa e de um filho, mas modéstia a parte eu estava sendo um bom filho.


    Olhei para o relógio na parede da cozinha e já eram dezoito horas, e já começava a me preocupar com a minha mãe. Onde será que ela estava, que não dava nenhum sinal de vida? Quando ia se atrasar sempre me avisava. Estava distraído pensando em onde Dona Cristine poderia estar, quando ouço um som, vindo do andar de cima, parecia que algo bateu no chão, pensei logo que alguém havia entrado pela janela do quarto da minha mãe, e corri para cima, no extinto abri a porta rapidamente, a luz estava apagada, então dando um passo para o lado acendi, com o olhos em alerta, na primeira vista não avistei ninguém, mas percebi que a cama se encontrava bagunçada, fui andando cautelosamente até a cama e para perto da janela, ao chegar mais perto, vi alguém caído, corri para perto, e vi os cabelos loiros, era minha mãe.




  • Mãe! - gritei




  • Alex? - disse ela, com uma voz rouca.




  • Sim! - respondi – Mãe, a senhora estava a todo o tempo aqui?




  • Eu não estou me sentindo bem! - disse ela




  • Quer que eu a leve no hospital?


    Ela mal conseguia responder, cambaleava, fui levanta-la e ela vomitava aos meus pés, tentei não parecer nervoso, mas era tenso ver a minha mãe, naquele estado.




  • Deve ser reação da vacina – eu disse.


    Ela ficou quieta, de repente levantou a cabeça e olhou para mim, seu rosto estava pálido, sem cor, seus olhos fundos, os azuis não tinham brilho, o branco dos olhos estavam com uma cor hemorrágica, me assustei, mas era minha mãe, e a mantive em meus braços.




  • Vamos, mãe! - eu dizia


    Ela, me olhava e parecia perdida. Vendo que ela não conseguia de forma alguma andar, fui pega-la no colo, quando a levantei ela gritou.




  • Me coloque no chão! Quem é você? Me solte! - ela gritava.




  • Mãe sou eu Alex! Fique tranquila! - eu dizia em vão, pois ela se debatia cada vez mais e com mais força que era impossível controla-la. E por mais forte que eu fosse, ela parecia ter dez vezes mais força que eu, e não conseguiria controla- la sozinho. Então, pensei em chamar uma ambulância, corri até o telefone, tirei – o do gancho, estava mudo, nenhum sinal de linha.




  • Droga!- -gritei.


    Peguei meu celular mas estava indicando no visor, que não havia rede, disquei para emergência mesmo assim, mas nenhum sinal.


    Quem poderia me ajudar naquela hora? Voltei até minha mãe, e ela continuava a gritar, parecia sofrer muito, tentei me aproximar dela, estendi minhas mãos até ela em vão. Parecia que minha própria mãe não me reconhecia mais, ela mostrou os dentes para mim, como os felinos fazem quando alguém ou alguma coisa ameaça chegar perto deles, ao mesmo tempo ela gritava, parecia estar com dor, tossia e vomitava.


    Eu fiquei paralisado, quando pensei em chamar Gabriel, pegaria o carro, ia até a casa dele, e ele poderia me ajudar com minha mãe, quem sabe, até o pai dele, o Sr. Jonathan, poderia me ajudar.


    Peguei a chave do carro, corri para a garagem, com uma dor terrível na consciência e no coração por ter que deixa-la sozinha, naquele estado. Tranquei todas as portas de casa entrei no carro e sai a toda velocidade, no caminho pensava em como tudo aquilo era absurdamente estranho, minha mãe esbanjava saúde e de uma hora para outra ficar daquele jeito, parecendo um Zumbi?.


    Pé no freio e um estrondo, meu coração acelerado e minha cabeça girando. Alguém estava em cima do capo do meu carro. Eu não tinha visto nada, foi tudo tão rápido, quando alguém pulou, isso mesmo, pulou na frente do meu carro, eu freei, mas só isso apenas. Sai do carro e corri para ver a pessoa, era um homem e estava desmaiado. Debrucei sobre ele, para ver como estava, não sei se era efeito da batida, mas o sujeito estava pálido, chequei os sinais vitais e tudo certo, nada sangrando e não tinha nada fora do lugar. A única coisa era que eu não sabia se socorria o cara, ou saia correndo até a casa do Gabriel.




  • Já sei! - eu disse. Coloco ele dentro do carro, pelo menos para ninguém dizer que eu omiti socorro.


    Peguei- o pelo braço para tira-lo de cima do capo, o cara era pesado tinha uns 20 quilos a mais que eu, só não era mais alto. Quando ia passar minhas mãos pela cintura dele para levantá-lo ele abriu os olhos, e pude olha-los bem de frente, estavam avermelhados como os da minha mãe, eu larguei- o de susto, pois aquilo era incrivelmente assustador. O cara se levantou do capo, como se nada tivesse acontecido, mas parece que estava furioso comigo. As veias de sua cabeça saltavam, e ele soltava uns zunidos estranhos, os olhos estatelados, e a pele parecia descamar.




  • Que diabos é isso?- eu disse enquanto dava passos para trás.


    Ele vinha em minha direção. Parecia que ia pular em cima de mim.




  • Me desculpe senhor, estou sem tempo para brigas. - Eu disse.


    Mas de nada adiantou, ele correu e num salto, soltou uma de suas mão sobre mim, pareceu uma marretada, eu cai do outro lado, levantei a cabeça e pude vê-lo babando para mim, sabe quando um leão olha para sua presa, era exatamente igual ele olhava para mim. Eu poderia levantar e correr, se minhas pernas não estivessem tão tremulas.


    Ele soltou um grito e correu em minha direção. “Meu Deus!” eu disse. Quando uma pedra de uns 5 quilos me salvou, atingiu em cheio a cabeça do homem, o colocando no chão. Eu o olhava relutando em acreditar naquilo tudo.




  • Alex! - uma voz me chamou.


    Reconheço aquela voz, era de Gabriel. Ainda no chão, me viro, e alguém corre até e mim e me abraça.




  • Sammy? - percebi que ela chorava




  • O que esta acontecendo? Gabe disse que todos nós vamos morrer! - diz ela em soluços.


    Então era minha vez de perguntar o que estava acontecendo.


    Gabe chega até nós, estende a mão para me ajudar a levantar e diz:




  • Nosso pai tentou matar a Sammy!




  • O que? - eu perguntei não acreditando, olho para Sammy e ela consente, ainda com os olhos cheios de lagrimas.




  • Chegamos em casa, Eu fui jogar videogame no meu quarto e Sammy foi para o quarto dela dormir. De repente, esculto barulho de coisas quebrando na cozinha. Eu desliguei o videogame, abri a porta e a Sammy curiosa que é, também saiu para ver, chegamos juntos na cozinha e.... - Gabe engole em seco, era difícil para ele dizer.




  • Era o nosso pai - Continua Sammy - estava igualzinho a esse homem. Quando ele nos viu pareceu que a loucura tinha tomado conta dele. Ele veio para cima de mim, e me pegou pelo pescoço, o Gabe gritava para ele parar, mas ele apertava mais e mais, já estava quase sem ar,quando Gabe, acertou a cabeça dele com uma tampa de panela de pressão, ele desmaiou, e nós saímos correndo de lá, e encontramos você aqui.


    Eu não podia acreditar, mas jugar pelo que estava acontecendo. Sammy chorava de soluçar na minha frente, e Gabe me fitava com uma expressão que me perguntava o que vamos fazer?




  • Vamos pedir ajuda para os vizinhos? - eu disse


    Um silêncio assustador se fez. O silêncio perdurou por trinta segundos até ser quebrado por um novo estrondo. Mas dessa vez muito maior. O barulho foi tão ensurdecedor que fomos ao chão com as mãos na cabeça. Eu subi os olhos e pude ver o quarteirão ao lado arrasado. Foi uma bomba, não dava para ver de onde veio e quem tinha feito.




  • Estão nos atacando!- - gritou Gabe




  • temos que sair daqui! - eu gritei - Vamos para o carro!


    Gabe, segurou a mão de Sammy que gritava de susto e medo, ele a jogou no banco de trás, e pulou no banco da frente comigo. Pisei no acelerador e saímos.




  • Vamos para casa preciso pegar minha mãe! - eu disse.


    Por mais que desconfiasse de que ela estava do mesmo jeito que aquele cara e o pai dos meus amigos, se existisse uma forma de salva-la eu faria.


     


     




Estacionamos em frente de casa, desci do carro, mas pedi que Gabe e Sammy ficassem ali, Gabe disse a Sammy que logo os bombeiros e a policia chegariam, para prender os causadores dessa catástrofe.


Abri a porta de casa, corri onde tinha deixado minha mãe quando sai.




  • Mãe! - eu gritei indo ao encontro dela.




  • Mãe! - chamei a novamente, mas nenhuma reação, ela estava deitada imóvel, debruçada no chão. Eu a virei e coloquei-a no colo.




  • Mãe! me responda mãe - Eu chacoalhava tentando traze-la de volta, lagrimas escorriam do meu rosto eu a apertava contra o peito, e por mais que tentasse, nada a traria de volta, eu olhei ao meu redor desolado e pude ver na parede marcas de unhas, seja o que for que tenha acontecido com ela, ela lutou contra seja lá o que aquilo fosse. De tanto lutar rejeitar seu corpo não aguentou.


    Ouvi passos subindo a escada, era Gabriel que veio atrás de mim.




  • Vamos Alex! - O quarteirão do lado da sua casa já não existe mais, logo estaremos ilhados, e se esperarmos um pouco mais, não vamos sobreviver.,




  • Sobreviver? Olha para mim! Olha quem eu tenho nos braços, não sei se quero seguir em frente. - Eu disse ajoelhado no chão, com a minha mãe!




  • Você tem que levantar daí, e sobreviver para podermos ajudar a descobrir quem fez tudo isso conosco. Eu sinto muito pela sua mãe, sinto pelo meu pai, mas ainda estou aqui, e não posso ficar parado esperando que uma bomba me acerte. Tenho que ir lá e acertar eles. Vamos lá Alex!




  • Não sei! - eu disse, já sem reação nenhuma!.




  • Sua mãe te criou sozinha, e com certeza não é isso que era esperaria de você! Uma mulher corajosa como ela foi, ao menos o filho teria que ter a metade da força e coragem dela. - diz Gabriel com tom ofensivo.




  • Não sou um covarde. - Eu disse, e não era um covarde, mas tinha que ter coragem o suficiente para deixar minha mãe para trás, Gabe fez aquilo com o pai sem exitar, mas não era provido da mesma frieza ou coragem que ele, não naquele momento, em que teria que me despedir da pessoa que eu mais amava na vida. Mas ele estava certo.


    Eu coloquei minha mãe na cama dela, e me despedi.




  • Adeus mãe! Eu te amo!.


    Sem olhar para trás, sai correndo com Gabe, as labaredas de fogo estavam perto de casa, arvores queimadas, casas destruídas, e nenhum sinal de vida, a não ser as nossas, entramos dentro do carro, Sammy estava deitada no chão do banco de trás do carro, estava em estado de choque, Gabe, sentou no banco do motorista, e eu no de passageiro. Ele engatou a marcha acelerou, e fomos até a saída da cidade, vi no retrovisor, casa por casa ser envolta pelo fogo, ninguém além de nós fugia da cidade, e ninguém vinha no sentido contrário ao nosso salvamento. seguimos em frente tetando não olhar para trás.


    Gabe dirigia como se nossas vidas dependesse disso, eu voltei para o banco de trás, para ver como Sammy estava, ela se encontrava sentada no banco de trás, com os olhos paralisados e cheios de lágrimas, não havia parado de chorar um só minuto.




  • Vai dar tudo certo Sammy! - disse, tentando eu mesmo me convencer disso, e me sentei ao lado dela.


    Sammy esticou os braços e me abraçou, os soluços dela parecem ter piorado,ela havia desmoronado, “meu pai” ela dizia, e podia sentir as lagrimas dela molhando meu ombro. Lembrei-me da minha mãe,meu coração se apertou.


    Aquilo tudo não tinha explicação para estar acontecendo nós tínhamos que buscar uma. Eramos sobreviventes.





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Autor(a): natacha_lopes

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