Fanfic: Só pro meu prazer | Tema: Livre
– Está assumindo que fica pálido quando enciumado? – Analua perguntou aos risos, ignorando em partes a minha pergunta – Ou melhor, está assumindo que sente ciúmes de mim?
– Não viaja, garota. Eu nem me importo com você.
Analua ignorou e riu divertida. Revirei os olhos e quando me preparei para continuar a falar senti seu celular vibrando em meu colo. Peguei de imediato e pude ver o nome do seu pai, Ivison, um dos policiais mais respeitados e temidos daquela cidade.
– Seu pai.
– Não atende. – Implorou de imediato enquanto se ajoelhava na grama um tanto mais próxima de mim e desfazia o sorriso – Ou melhor, atende e diz que eu morri. Isso, diz que você me encontrou atropelada e já morta, e ficou com meu celular.
Revirei os olhos e lhe indiquei um pedido de silêncio com o dedo.
– Alô? Analua? – Perguntou Ivison apressado e com um tom irreconhecível, não me deixando tempo de falar – Filha, por favor, volte para casa. Você entendeu tudo errado. Tudo. – Dizia ainda apressado e com a voz embargada, parecendo querer segurar o choro. Fiquei travado ao sentir tamanha aflição, principalmente por ver um dos caras mais rigorosos e secos aos prantos – Por favor, Lua.
– Senhor Ivison? – Indaguei, respirando fundo para continuar – Sou eu, o Yan. O colega de classe da faculdade da sua filha. Lembra de mim?
– Yan? O ogro que a Analua sempre fala? – Perguntou um tanto mais recomposto, me fazendo entortar os lábios com o apelido que a Analua havia me dado desde que nos conhecemos – O que você está fazendo com a minha filha? Vocês não se odeiam?
– Calma, senhor. – Apressei-me em dizer enquanto observava a Analua atenta em mim – Encontrei com a sua filha em um estado complicado e achei melhor trazê-la para minha casa. Agora ela está mais calma e dormindo.
– Ótimo. Irei buscá-la agora mesmo. – Disse apressado e pude ouvir ao fundo a voz aflita da mãe da Analua, a Mônica, perguntando em meio ao choro como a filha estava – Você ainda mora no mesmo lugar? Chego em dez minutos.
– Acho melhor não. – Comentei de forma rápida, observando a Analua ficar ainda mais atenta – Ela realmente não parece estar numa boa situação e acredito que seja por conta de algumas coisas que aconteceram entre vocês – Suspirei e logo vi os olhos da garota em minha frente se encher d`água – Bom, eu posso levá-la para casa quando amanhecer.
– Tudo bem. – Comentou com um tom entristecido, me provocando mais uma vez uma aflição por ouvi-lo assim – Cuida bem da Analua, por favor.
E então a linha ficou muda. Voltei a respirar fundo e encarei fixamente a expressão perdida da Analua.
– Algum problema em você passar a noite na minha casa hoje? – Perguntei um tanto retraído enquanto observava a mesma voltando a sentar com os dedos rudes no rosto, limpando de forma rápida qualquer brecha que mostrasse sua fragilidade – Só não vale querer me agarrar, ok?
Tentei descontrair.
Autor(a): Juguringa
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– Relaxa, vou arrumar um lugar pra ficar. – Analua comentou enquanto tomava o celular das minhas mãos e guardava. Logo a mesma levantou-se, levando junto algumas latinhas de cerveja.– Ei, para onde você pensa que vai? – Arqueei a sobrancelha, já me levantando também com o caderno de rabiscos. Ela me ignorou e começou ...
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