Fanfic: Sr. Uckermann `Adaptada` | Tema: Vondy

Não sei o que te dizer,
Nem sei nem o que dizer.
Só sei que cuidar de você
Só aumenta o meu sofrer.

Vinte meses atrás
Christopher.

Absorto em pensamentos negativos e aborrecimentos,  estacionei o jipe perto do beco. Nunca tinha vindo a esta parte da cidade. Mal sabia que existia. O céu estava mergulhado na escuridão, o frio do inverno me deixava ainda mais irritado. Meus olhos se voltaram para o painel do carro.
  Cinco e meia da manhã.
  Eu prometera a mim mesmo que não apareceria quando ele chamasse novamente. Sua atitudes haviam criado uma enorme cratera em nossa relacão, destruindo tudo o que fomos um dia. Mas eu sabia que não poderia cumprir a promessa de ficar longe. Ele era meu irmão. Mesmo quando estragava tudo o que acontecia com frequência -, ele ainda era meu irmão.
  Pelo menos quinze minutos se passaram até eu ver Danny sair mancando do beco, pressionando um lado do corpo com a mão. Endireitei-me no banco e meus olhos encontraram os dele.
 - Droga, Danny – murmurei, saltando do carro e batendo a porta. Eu me aproximeim e a luz de um poste iluminou seu rosto. Seu olho esquerdo estava inchado e fechado, seu lábio inferior tinha um corte profundo; e a camiseta branca, manchada de sangue – O que diabos aconteceu? - perguntei em um sussuro, ajudando-o a andar até o jipe.
  Ele gemeu.
  Tentou sorrir.
  Gemeu de novo.
  Bati a porta do carona e corri de volta para o banco do motorista
  - Eles me esfaquearam. – Danny passou os dedos no rosto, o que só espalhou ainda mais sangue. Ele sorriu, mas sua aprência evidenciava a gravidade da situação. – Disse para o Red que eu teria o dinheiro na proxima semana e ele mandou alguns homens para me cobrar. – Ele se encolheu de dor.
  - Meu Deus, Danny – suspirei, descendo do meio-fio. Estava amanhecendo, mas de alguma forma parecia mais escuro que antes – Achei que você tinha parado de vender.
  - Eu parei, Ucker. Eu juro – Ele começou a chora. – Eu juro por Deus, eu parei. – Ficou claro que ele não estava apenas vendendo, mas também usando de novo. Merda. – Eles iam me matar, Ucker. Eu sei disso. Eles foram mandando para...
  - Cale a boca! – Gritei, apavorado com a possibilidade de meu irmão mais novo morrer. Fui assombrado por um arrepio e um medo sobrenatural do desconhecido. – Você não vai morrer, Danny. Apenas cale a porra da boca.
  Ele chorava e gemia de dor, desesperado.
  - Eu sinto muito... não queria arrastar você de novo para isso.
  Olhei para ele e respirei fundo. Minha mão parou em suas costas.
  - Está tudo bem – menti.
  Eu havia me afastado de seus problemas. Eu me concentrei na minha música. Eu me concentrei nos estudos.