Fanfics Brasil - 10 Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny

Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 10

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Assim que entramos no quarto, o homem na cadeira olhou por baixo de uma cabeleira despenteada. Seus olhos encontraram os meus e, após uma pausa, ele soltou um gemido horripilante. Então, sua boca se retorceu e ele deixou sair outro grito fantasmagórico. junto com uma careta retorcida.


Senti sua mãe se empertigar.


- Poncho, pare com isso!


Ele nem olhou para ela. Outro som pré-histórico emergiu de algum lugar próximo a seu peito. Era um som terrível, agonizante. Tentei não vacilar. O homem fez uma careta, sua cabeça balançou e afundou em seus ombros enquanto ele começou a me encarar através de feições distorcidas. Parecia grotesco e vagamente irritado. Percebi que na mão em que eu segurava minha bolsa os nós dos meus dedos ficaram brancos.


- Poncho! Por favor. — Havia um leve tom de histeria na voz de sua mãe.-Por favor, não faça isso.


Meu Deus, pensei. Não estou pronta para isso. Engoli em seco, com esforço. O homem continuava a me encarar. Ele parecia esperar que eu fizesse alguma coisa.


- Eu… eu sou Any. — Minha voz, incomumente trêmula, quebrou o silêncio. Pensei por um breve momento se estendia a mão, mas pensei melhor e dei um leve aceno. — Diminutivo de Anahi.


Então, para meu espanto, suas feições se desanuviaram e sua cabeça se endireitou sobre o pescoço.


Poncho Herrera me olhou firmemente, com o mais leve dos sorrisos tremulando em seu rosto.


- Bom dia, Srta. Portilla — disse ele. — Soube que é minha nova guarda- costas.
Christian balançou a cabeça.


- Você é um homem perverso, Sr. H. Muito perverso. — Ele sorriu com deboche e esticou uma manzorra, que eu apertei flacidamente. Christian transpirava um ar de imperturbabilidade. — Acredito que você tenha acabado de assistir à melhor imitação de Christy Brown, de Meu pé esquerdo. Você vai se acostumar com ele. Ele late mais do que morde.


A Sra. Herrera segurava com os delicados dedos brancos o crucifixo em seu pescoço. Puxava-o de um lado para outro na fina corrente dourada, um tique nervoso. Sua expressão estava dura.


- Vou deixar vocês se entenderem. Podem usar o interfone se precisarem de ajuda. Christian vai contar sobre a rotina de Poncho.


- Estou aqui, mãe. Você não precisa falar como se eu não estivesse. Meu cérebro não está paralisado. Ainda.


- Sim, bom, se você vai se portar de maneira desagradável, Poncho, acho que é melhor a Srta. Portilla falar direto com Christian. — Percebi que a mãe não olhava para ele quando falava. Manteve seu olhar no chão, a uns três metros além de onde ele estava. — Vou trabalhar de casa hoje. Apareço na hora do almoço, Srta. Portilla.


- Certo. — Minha voz saiu como um grasnado.


A Sra. Herrera sumiu. Ficamos calados enquanto ouvíamos seus passos ligeiros sumirem pelo corredor em direção à casa principal.


Christian então rompeu o silêncio.


- Poncho, você se importa se eu falar de seus remédios com a Srta. Portilla? Quer assistir à TV? Ouvir música?


- Rádio, estação quatro, por favor.


- Claro.


Fomos para a cozinha.


- A Sra. H. disse que você não tem muita experiência com paraplégicos, certo?


- É.


- Certo. Vamos começar com as coisas razoavelmente simples hoje. Aqui tem uma pasta com praticamente tudo o que você precisa saber a respeito das rotinas de Poncho e com todos os telefones de emergência. Sugiro que você leia quando tiver um tempo livre. Imagino que vá ter algum.


Christian pegou uma chave de seu cinto e abriu um armário cheio de caixas e frasquinhos plásticos de remédios.


- Certo. Isso é mais a minha parte, mas você precisa saber onde está tudo, para o caso de emergências. Há um quadro de horários na parede, então você pode verificar quando e o que ele toma por dia. Qualquer remédio a mais que você der, marque aqui — ele mostrou —, mas é melhor checar tudo com a Sra. H., pelo menos por enquanto.


- Não sabia que eu teria de lidar com remédios.


- Não é difícil. Ele sabe quase tudo o que toma, mas caso ele precise de uma pequena ajuda é bom você saber. Peguei uma das embalagens. Acho que nunca tinha visto tantos remédios fora de uma farmácia.


- Certo. Ele toma dois remédios para pressão: este, para baixar na hora de dormir; este, para subir quando acorda. Estes, ele usa quase sempre para controlar os espasmos musculares: você toma um no meio da manhã e outro no meio da tarde. Estes são para espasmos da bexiga, e estes são para refluxo ácido. Às vezes, ele precisa tomar após a refeição, se sentir desconforto. Este é o anti-histamínico da manhã, e estes são os sprays nasais. Ele pode tomar paracetamol se estiver com dor, e também tem essa pílula para dormir, que ele toma de vez em quando, mas que costuma deixá-lo mais irritado durante o dia, por isso procuramos restringir.


“Estes”, Christian continuou, mostrando outro frasco, “são os antibióticos que toma a cada duas semanas. Enquanto eu estava ali parada, Christian tirou do bolso uma chave e me entregou.


- Esta é a chave reserva — disse. — Não deve ser dada a ninguém.Proteja-a como se fosse sua vida.


- É muita coisa para lembrar. — Engoli em seco.


- Está tudo escrito. Por hoje, você só precisa lembrar dos antiespasmódicos. Aqueles ali. O número do meu celular está aqui, se precisar falar comigo. Quando não estou aqui, fico estudando, então queria pedir para não me ligar muito, mas fique à vontade até se sentir segura.


Olhei bem para a pasta na minha frente. Era como se eu fosse fazer uma prova para a qual não estudei.


- E se ele precisar… ir ao banheiro? — Pensei no aparelho de içar. — Não sei se consigo, você sabe, erguê-lo. — Tentei fazer com que meu rosto não transparecesse pânico.


Christian balançou a cabeça.


- Não precisa fazer nada disso, ele consegue se virar sozinho nessa parte. Sua função não envolve nenhum esforço físico.


- Qual é a minha função?


Christian estudou o chão antes de me encarar.


- Tentar animá-lo um pouco? Ele é… ele é meio mal-humorado. O que é compreensível, dadas… as circunstâncias. Mas você vai precisar ser um pouco casca-grossa. Aquela pequena cena cômica da manhã é o jeito que ele tem de desestabilizá-la.


- Por isso o salário é tão bom?


- Ah, sim. Não existe almoço grátis, não é? — Christian me deu um tapinha no ombro. Senti meu corpo reverberar com o gesto. — Ah, ele é legal. Não precisa pisar em ovos com Poncho.


— Ele hesitou. — Gosto dele.


Ele disse isso como se fosse a única pessoa que gostava de Poncho.


Fui atrás dele até a sala. A cadeira de Poncho Herrera tinha se movido até a janela e ele estava de costas para nós, olhando para fora, ouvindo algo no rádio.


- Acabei, Poncho. Quer alguma coisa antes que eu saia?


- Não. Obrigado, Christian.


- Deixo você sob os eficientes cuidados da Srta. Portilla, então. A gente se vê no almoço, companheiro.


Com uma crescente sensação de pânico, vi o simpático cuidador vestir seu casaco.


- Divirtam-se, pessoal. — Christian piscou para mim e então se foi.


Fiquei no meio da sala, mãos enfiadas nos bolsos, incerta sobre o que fazer.


Poncho Herrera continuava a olhar pela janela, como se eu não estivesse ali.


- Quer que eu lhe prepare uma xícara de chá? — perguntei, enfim, quando o silêncio ficou insuportável.


- Ah. Sim. A garota que faz chá para viver. Estava pensando quanto tempo ia demorar para você mostrar suas habilidades. Não. Não, obrigado.


- Café, então?


- Nada de bebidas quentes para mim agora, Srta. Portilla.


- Pode me chamar de Any.


- Isso vai ajudar?


Pisquei, minha boca ligeiramente aberta. Fechei-a. Papai sempre dizia que aquilo me fazia parecer mais boba do que eu realmente era.


- Bom… posso lhe preparar alguma coisa?


Ele virou-se para mim. Seu rosto estava coberto por uma barba por fazer de várias semanas e os olhos eram indecifráveis. Ele virou-se para o outro lado.


- Vou… — dei uma olhada no cômodo. — Vou ver se tem alguma coisa para lavar, então.


Saí da sala, o coração batendo forte. Na segurança da cozinha, saquei meu celular e digitei uma mensagem de texto para minha irmã.


É horrível. Ele me odeia.


 




 AMORES O QUE ACHARAM DO ENCONTRO DE AYA? KKKKK PONCHO TENTANDO ASSUSTAR ANY KKK MORRI COM ISSO


COMENTEM MUITO


BJS^^


 



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Autor(a): day

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carol.aya: pois é kkk mas a any aguenta  hallady_lais: Poncho zuero kkkkkk tadinha ela tava apavorada franmarmentini♥: *.* juddie_herrera:bem vinda \0/ eu amo esse livro, bem a hostória que eu to postando eu modifiquei algumas coisinhas da verdadadeira pq se não as leitoras iriam me matar se eu colocasse exatamente como no livro hehe ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 121



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  • milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40

    Não entendi o final :(

  • franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42

    Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54

    ;( quando vc vai postar mais??????

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36

    VC NAO MUDOU O FINAL????????

  • Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17

    Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31

    Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva

  • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58

    AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????

  • franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49

    Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(


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