Fanfics Brasil - 106 Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny

Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 106

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* * *


 


No último dia, aconteceram duas coisas. Uma: por insistência de Poncho, aceitei fazer mergulho submarino. Ele falava havia dias que eu não podia ir a um lugar tão distante e não mergulhar no mar. Não dei certo no windsurfe, mal consegui segurar a vela nas ondas; quase todas as tentativas de fazer esqui aquático terminaram de cara na água. Mas ele insistia e, um dia antes de irmos embora, chegou ao almoço avisando que me inscrevera num curso de meio dia de mergulho para iniciantes.


Começou mal. Poncho e Christian ficaram na beira da piscina enquanto meu instrutor tentava me convencer de que eu continuaria respirando dentro da água. Mas os dois ficarem me olhando acabou com minhas esperanças. Não sou burra: sabia que os tanques de oxigênio nas minhas costas manteriam meus pulmões funcionando, que eu não ia me afogar. Mas toda vez que eu enfiava a cabeça na água, entrava em pânico e voltava à tona. Era como se meu corpo se recusasse a acreditar que podia respirar sob vários litros de águas mauricianas.


- Acho que não consigo — confessei ao voltar à tona pela  sétima  vez, fazendo um barulho alto.


O instrutor de mergulho, James, olhou para Poncho e Christian, que estavam atrás de mim.


- Não consigo — garanti.


James ficou de  costas  para  os  dois, deu um  tapinha  no meu ombro e mostrou o mar.


- Tem gente que se sente melhor lá — disse, clamo.


- No mar?


- Tem gente que se sente melhor em águas profundas. Vamos. Vamos de barco.


Quarenta minutos depois, eu estava dentro da água, olhando  a  colorida paisagem que ficava escondida sob o mar, esqueci que o oxigênio podia falhar e que, contra todas as possibilidades, eu ia afundar e morrer, esqueci até que eu tinha medo. Fui distraída pelos segredos de um novo mundo. No silêncio, quebrado apenas pelo som exagerado da minha respiração, vi cardumes de pequenos peixes iridescentes e outros maiores, pretos e brancos, que me olhavam com caras inquisitivas e pasmas; anêmonas que se moviam lenta e suavemente, filtrando as correntes de água que trazem seus pequenos e invisíveis alimentos. Vi paisagens distantes ainda mais coloridas e variadas do que  eram na  superfície.   Vi cavernas e vãos onde criaturas desconhecidas espreitavam, formas que tremeluziam sob os raios do sol. Eu não queria voltar à tona. Podia ficar lá para sempre, naquele mundo silencioso. Só quando James indicou o mostrador do tanque de oxigênio vi que eu precisava subir.


Mal conseguia falar quando enfim me dirigi, sorrindo, pela areia na direção de Poncho e Christian. Minha cabeça continuava cheia de imagens, meus braços e pernas ainda se mexiam como se estivessem dentro d’água.


- Bom, não? — perguntou Christian.


- Por que vocês não me disseram? — reclamei para Poncho, jogando as nadadeiras na areia diante dele. — Por que não me obrigaram a fazer isso antes? Tudo o que vi! Tudo lá, o tempo todo! Bem ali na minha frente!


Poncho olhou sério para mim. Não disse nada, mas deu um sorriso largo, bem devagar.


- Não sei, Portilla. Tem gente com quem não adianta falar.


 


* * *


 


Na última noite, me embriaguei. Não só porque íamos embora no dia seguinte. Mas porque, pela primeira vez, senti realmente que Poncho estava bem e não precisava me preocupar. Usei um vestido branco de algodão (a pele estava bronzeada, portanto o branco não me fazia parecer um cadáver numa mortalha) e sandálias de tiras prateadas. Quando Nadil me deu uma flor vermelha e sugeriu que colocasse nos cabelos, não zombei dele como teria feito uma semana antes.


- Olá, Carmem Miranda — disse Poncho, quando os encontrei no bar. — Como está bonita.


Eu ia dizer algo irônico, mas notei que ele me olhava com autêntica aprovação.


- Obrigada. Você também não está mal — respondi.


O hotel tinha uma discoteca; então, pouco antes das dez  da  noite, quando Christian saiu para ficar com Karen, Poncho e eu fomos para a praia com a música em nossos ouvidos e a agradável sensação de três coquetéis suavizando meus movimentos.


Ah, como a praia estava linda. A noite era quente e a brisa trazia o cheiro de churrascos preparados ao longe, de óleos na pele, e o leve cheiro salgado do mar. Poncho e eu paramos perto de nossa palmeira preferida. Alguém tinha feito uma fogueira na praia, talvez para assar algo, e restavam apenas brasas   brilhando.


- Não quero ir embora — falei, no escuro.


- É um lugar difícil de deixar.


- Pensei que lugares assim só existissem em filmes — eu disse, virando de frente para ele. — Isso me fez imaginar se era verdade tudo o que você disse sobre os outros



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Autor(a): day

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 121



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  • milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40

    Não entendi o final :(

  • franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42

    Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54

    ;( quando vc vai postar mais??????

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36

    VC NAO MUDOU O FINAL????????

  • Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17

    Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31

    Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva

  • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58

    AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????

  • franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49

    Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(


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