Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso
* * *
Eles estavam esperando no portão de chegada. De certa maneira, eu sabia que estariam lá. Senti aquela levemente desagradável sensação crescendo dentro de mim até quando empurramos a cadeira de Poncho no controle de passaporte, ajudados por um bem-intencionado oficial, apesar de eu ter rezado para que fôssemos obrigados a esperar, presos numa fila que durasse horas, de preferência dias. Mas não, cruzamos a vasta extensão de linóleo, eu empurrando o carrinho das bagagens, Christian empurrando Poncho, e quando as portas envidraçadas se abriram, lá estavam eles de pé, atrás da barreira, lado a lado numa rara aparência de união. Vi o rosto da Sra. Herrera se iluminar por um instante ao ver Poncho e pensei, distraída, Claro, ele está com uma aparência tão boa. E, para minha vergonha, coloquei os óculos escuros — não para esconder minha exaustão, mas para ela não saber imediatamente, pela minha expressão, o que eu teria de contar.
- Olhe só para você! — exclamou ela. — Poncho, você está maravilhoso!!
Realmente maravilhoso!
O pai de Poncho tinha se curvado e dava batidinhas na cadeira e nos joelhos do filho, o rosto vincado de sorrisos.
- Não acreditamos quando Christian disse que vocês iam à praia todos os dias. E nadavam! Como era o mar: agradável e quente? Tem chovido canivete aqui. Um típico mês de agosto!
Claro. Christian mandava mensagens de texto para eles ou telefonava. Até parece que eles iam nos deixar ficar tanto tempo sem manter algum tipo de contato.
- Era... era um lugar bem fantástico — disse Christian. Ele também andou calado, mas agora tentava sorrir, para parecer que estava em seu estado normal.
Eu me senti congelar, minha mão agarrando o passaporte como se eu estivesse prestes a ir a algum lugar. Precisei me lembrar de respirar.
- Bom, achamos que vocês gostariam de um jantar especial — disse o pai de Poncho. — Tem um restaurante ótimo no Intercontinental. Champanhe por nossa conta. O que acha? Sua mãe e eu pensamos que poderia ser uma ótima pedida.
- Claro — respondeu Poncho. Sorria para a mãe e ela retribuía como se quisesse preservar aquele sorriso. Como você pode fazer isso? Tive vontade de gritar para ele. Como você pode olhar para ela assim sabendo o que pretende fazer?
- Vamos lá, então. Deixei o carro no estacionamento para deficientes. Fica perto daqui. Tinha certeza de que vocês todos sentiriam um pouco de jet lag. Christian, quer que eu leve algumas malas?
Minha voz entrou na conversa.
- Na verdade... — disse. — já ia retirar a minha do carrinho... acho que vou recusar o convite. Mas obrigada de todo modo.
Foquei a atenção na minha mala, deliberadamente sem olhar para eles, mas mesmo no alvoroço do aeroporto pude detectar o breve silêncio que minhas palavras causaram.
A voz do Sr. Herrera foi a primeira a quebrar esse silêncio.
- Vamos lá, Anahi. Vamos comemorar um pouquinho. Queremos ouvir tudo sobre as aventuras de vocês. Queremos saber tudo sobre a ilha. E prometo que não precisam contar tudo. — Ele quase riu.
- É. — A voz da Sra. Herrera tinha uma discreta aresta. — Venha, sim, Anahi.
- Não. — Engoli em seco, tentando dar um doce sorriso. Meus óculos de sol eram um escudo. — Obrigada. Prefiro mesmo ir para casa.
- Para que casa? — perguntou Poncho.
Entendi o que ele estava dizendo. Eu não tinha para onde ir.
- Para a casa dos meus pais. Vai ser ótimo.
- Venha conosco — pediu ele. A voz era suave. — Não vá, Portilla. Por favor.
Então eu tive vontade de chorar. Mas eu tinha absoluta certeza de que não podia ficar em nenhum lugar perto dele.
- Não. Obrigada. Espero que tenham um ótimo jantar. — Levantei minha bagagem até o ombro e, antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, eu estava me afastando deles, engolida pela multidão no aeroporto.
* * *
Estava quase no ponto de ônibus quando ouvi a voz dela. Camilla Herrera, o salto dos sapatos batendo no piso, quase correndo atrás de mim.
- Anahi, espere. Por favor, espere.
Virei-me e ela abria caminho por entre um grupo que viajaria de ônibus, afastando os adolescentes mochileiros como Moisés dividindo as águas do mar. As luzes do aeroporto brilhavam nos cabelos dela, fazendo com que ficassem totalmente acobreados. Usava uma linda pashmina cinza, que se dobrava artisticamente num de seus ombros. Imaginei como ela devia ter sido bonita, apenas alguns poucos anos antes.
- Por favor, pare, por favor.
Parei e olhei para trás na estrada, esperando que o ônibus aparecesse naquela hora, que me recolhesse e me levasse embora. Que qualquer coisa acontecesse. Um pequeno terremoto, talvez.
- Anahi?
- Ele se divertiu. — Minha voz pareceu cortada. Estranhamente como a dela, pensei.
- Ele parece estar bem. Muito bem. — Ela me olhou, parada ali na calçada.
De repente, ficou paralisada, apesar do mar de gente ao redor.
Não falamos nada. Então eu disse:
- Sra. Herrera, gostaria de pedir demissão. Não posso... não posso ficar estes últimos dias. Dispenso o que ainda tenho a receber. Na verdade, não quero o salário deste mês. Não quero nada. Eu só....
Então, ela empalideceu. Eu vi a cor sumir de seu rosto e como ela balançou de leve ao sol da manhã. Vi o Sr. Herrera surgir atrás dela, seu passo acelerado, segurando firme o chapéu panamá na cabeça com uma das mãos. Murmurava pedidos de desculpas ao empurrar a multidão, seus olhos fixos em mim e na esposa quando, a alguns passos de distância, ficou hirto.
- Você... você disse que achava que ele estava feliz. Que isso podia fazê-lo mudar de ideia. — Ela parecia desesperada, como se me suplicasse para que eu dissesse mais alguma coisa, para dar a ela alguma notícia diferente.
Não pude falar. Olhei bem para ela e o máximo que consegui fazer foi um pequeno aceno de cabeça.
- Desculpe — sussurrei, tão baixo que ela não deve ter ouvido.
Ele estava quase ali quando ela desmaiou. Foi como se as pernas dela desistissem de sustentá-la, e o braço esquerdo do Sr. Herrera se esticou e a segurou quando ela caiu, a boca formando um grande O, o corpo tombando sobre o dele.
O chapéu caiu no chão. Ele olhou para mim, seu rosto confuso, ainda sem entender o que tinha acontecido.
Eu não pude olhar. Virei-me, atordoada, e comecei a andar, um pé na frente do outro, as pernas se movendo antes mesmo que eu tomasse consciência do que faziam, para longe do aeroporto, ainda sem nem saber para onde eu estava indo.
AMORES DESCULPE PELO SUMISSO MAS ESTOU DE VOLTA 0/ HAHA
AII MUITAS EMOÇÕES NESSES CAPITULOS TO CHORANDO :*
COMENTEM MUITO PQ JA ESTAMOS CHEGANDO NO FINAL .......
SERA???
BEIJOS
Autor(a): day
Este autor(a) escreve mais 12 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ei meninas, bem a Day pediu para avisar que está com problemas no PC, ela pede desculpas e assim que possível ela vai postar bem muito. Continuem acompanhando essa história pq realmente é muito linda *---*. Mila :3
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40
Não entendi o final :(
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franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42
Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36
;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54
;( quando vc vai postar mais??????
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36
VC NAO MUDOU O FINAL????????
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Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17
Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31
Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva
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Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58
AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????
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franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49
Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(