Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso
Epílogo
Eu estava apenas seguindo as instruções.
Sentei-me sob a lona verde-escura do café, olhando a Rue de Francs Bourgeois ao longo de seu comprimento, o sol tépido de um outono parisiense aquecendo um lado do rosto. Em frente a mim, o garçom, com sua eficiência gálica, pôs sobre a mesa um prato de croissants e uma xícara grande de café. Alguns metros distante na rua, dois ciclistas pararam perto do sinal de trânsito e ficaram conversando. Um deles tinha uma mochila azul com duas grandes baguetes enfiadas ali dentro num ângulo estranho. O dia, parado e pesado, cheirava a café, pães e tinha o toque acre do cigarro de alguém.
Terminei a carta para Treena (ela disse que gostaria de telefonar, mas não podia bancar os custos de uma a ligação internacional). Tinha terminado Contabilidade II como a melhor aluna do curso e arranjara um novo namorado, Sundeep, que estava em dúvida se trabalhava na empresa de importação e exportação do pai perto de Heathrow e tinha um gosto ainda pior do que o dela para música. Thomas estava muito animado por passar de ano na escola. Papai continuava bem satisfeito no trabalho e mandava lembranças. Treena estava certa de que mamãe me perdoaria em breve. Recebeu sua carta, com certeza, escreveu. E leu. Dê um tempo a ela.
Dei um gole no café e por um instante fui transportada para Renfrew Road e um lar que parecia a milhares de quilômetros de distância. Apertei os olhos em direção ao sol baixo, vendo uma mulher de óculos escuros ajeitar os cabelos no espelho de uma vitrine. Apertou os lábios diante do reflexo, empertigou-se um pouco e então seguiu seu caminho rua abaixo.
Coloquei a xícara sobre o pires, respirei fundo e peguei a outra carta, que eu levava para todos os cantos há quase um ano.
Na frente do envelope estava escrito, em letras maiúsculas digitadas, sob o meu nome:
PARA SER LIDO EXCLUSIVAMENTE NO CAFÉ MARQUIS, RUE DES FRANCS BOURGEOIS, COM CROISSANTS E UMA XÍCARA GRANDE DE CAFÉ CRÈME.
Ri até mesmo quando chorei, ao ler o envelope pela primeira vez. Era bem típico de Poncho — autoritário até o último momento.
O garçom, um homem alto e ágil, com uma dúzia de pedaços de papel saindo do bolso do avental, virou-se e olhou para mim. Tudo certo? Perguntavam suas sobrancelhas levantadas.
— Sim — respondi. Depois, mais segura, repeti: — Oui.
A carta tinha sido impressa. Reconheci a letra por uma carta que ele tinha me mandado há muito tempo. Recostei-me na cadeira e comecei a ler.
Portilla,
Quando você ler esta carta, terão se passado um ano (mesmo com a sua recém-adquirida capacidade de organização, não acredito que esteja em Paris antes do início de setembro). Espero que o café esteja saboroso e forte, os croissants frescos e o tempo ainda ensolarado o bastante para que você se sente na calçada numa daquelas cadeiras de ferro que nunca estão bem firmes no chão. O Marquis não é ruim. O filé também é bom, se você quiser voltar no almoço. E se olhar a rua, à esquerda, verá o L’Artisan Parfumeur onde, depois de ler esta carta, você deveria experimentar um perfume que eles chamam de algo como Papillons Extreme (não me lembro direito do nome). Sempre achei que ia ficar ótimo em você.
Certo, as recomendações acabaram. Gostaria de dizer algumas coisas e as teria dito pessoalmente, mas: a) você se emocionaria e b) você não me deixaria dizer tudo. Sempre falou demais.
Portanto, eis aqui: o cheque que você recebeu de Michael Lawler no envelope anterior não é a quantia total, apenas um pequeno presente para ajudá-la nesse primeiro ano de faculdade e para ir a Paris.
Quando voltar para a Inglaterra, leve esta carta para Michael, no escritório dele em Londres, e ele vai lhe entregar os documentos necessários para você acessar a conta que foi aberta, a meu pedido, no seu nome. Essa conta tem o suficiente para você comprar um bom lugar para morar e manter as despesas enquanto estiver estudando em tempo integral.
Meus pais serão comunicados de tudo. Espero que isso, e os serviços jurídicos de Michael Lawler, garantam que não haverá a menor dificuldade possível.
Portilla, quase consigo ouvir daqui você hiperventilar. Não entre em pânico, nem tente desistir — isso não é o suficiente para você sentar o seu traseiro pelo resto da vida. Mas pode comprar a sua liberdade, tanto daquela claustrofóbica cidadezinha que nós chamamos de lar quanto das escolhas que você foi obrigada a fazer até agora.
Não estou lhe dando dinheiro porque quero que fique saudosa, em dívida em relação a mim ou para que isso seja uma espécie de maldita lembrança.
Estou lhe dando isso porque poucas coisas ainda me fazem feliz, e você é uma delas.
Sei que me conhecer lhe causou sofrimento e tristeza e espero que um dia, quando estiver menos zangada e chateada comigo, veja não só que eu só podia ter feito o que fiz, mas também que isso lhe ajudará a ter uma vida realmente boa, melhor do que se não tivesse me conhecido.
Durante algum tempo, você vai se sentir pouco à vontade em seu novo mundo. É sempre estranho ser arrancada de sua zona de conforto. Mas espero que fique animada também. Sua expressão, quando voltou da aula de mergulho naquele dia, me disse tudo: você tem ambição, Portilla. É destemida. Mas escondeu essas qualidades, como quase todo mundo.
Não estou lhe dizendo para saltar de prédios altos, nadar com baleias ou algo assim (embora, no fundo, gostaria que você fizesse essas coisas), mas para viver corajosamente. Ir em frente. Não se acomodar. Usar aquelas meias listradas com orgulho. E se quiser mesmo se acomodar com algum
sujeito ridículo, garanta que um pouco de tudo isso fique guardado em algum lugar. Saber que você ainda tem possibilidades é um luxo. Saber que lhe dei algumas me dá certo alívio.
É isso. Você está marcada no meu coração, Portilla. Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas, suas piadas ruins e sua total incapacidade de disfarçar o que sente. Você mudou a minha vida muito mais do que esse dinheiro vai mudar a sua.
Não pense muito em mim. Não quero que você fique toda sentimental.
Apenas viva bem. Apenas viva.
Com amor, seu Poncho
Uma lágrima caiu sobre a mesa bamba diante de mim. Sequei-a com a mão e pousei a carta na mesa. Levei alguns minutos para enxergar direito.
- Mais um café? — perguntou o garçom que ressurgiu à minha frente.
Aquela voz? Levantei rapidamente o olhar para enxergar o garçom a minha frente. Ele deu uma olhada rápida na carta e sorriu como se compreendesse. E no mesmo instante o mundo parou ao meu redor e meu coração palpitou mais rápido que o bater de asas de um beija-flor.
FIM????
hey amores o que me dizem querem esse final ?? kkkk
Autor(a): day
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Comentários da Fanfic 121
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milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40
Não entendi o final :(
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franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42
Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36
;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54
;( quando vc vai postar mais??????
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36
VC NAO MUDOU O FINAL????????
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Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17
Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31
Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva
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Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58
AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????
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franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49
Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(