Fanfics Brasil - 15 Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny

Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 15

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Passaram-se duas semanas, e com elas surgiu uma espécie de rotina. Todos os dias eu chegava na Granta House às oito da manhã, avisava que estava lá e, quando Christian terminava de ajudar Poncho, eu ouvia cuidadosamente ele me dizer o que eu precisava saber a respeito dos medicamentos de Poncho e, o mais importante, como estava o humor dele.


Depois que Christian saía, eu sintonizava o rádio ou a TV para Poncho, dava seus comprimidos. Geralmente, depois de mais ou menos dez minutos ele deixava claro que estava cansado da minha presença. Eu então realizava com dificuldade as pequenas tarefas domésticas do anexo, lavando panos de prato que não estavam sujos ou usando partes aleatórias do aspirador para limpar os menores cantinhos de cortinas ou peitoris de janelas, enfiando minha cabeça pela porta religiosamente a cada quinze minutos, conforme a Sra. Herrera me pedira. E, quando eu fazia isso, Poncho continuava sentado em sua cadeira, olhando para fora na direção do jardim.
Mais tarde, eu levava um copo d’água, ou uma daquelas bebidas calóricas que serviam supostamente para manter seu peso e que pareciam cola para papel de parede num tom pastel, ou lhe servia a comida. Os dedos deles tremiam muito, mas mesmo com dificuldades ele comia sozinho e me olhava com cara feia quando tentava ajudar. Essa era a pior parte do dia, me fazia parecer desajeitada e inábil. Poncho odiava tanto isso que não conseguia nem me olhar enquanto comia.


E então, pouco antes da uma da tarde, Christian chegava e eu pegava o meu casaco e sumia para andar pelas ruas. Às vezes comia meu almoço no ponto de ônibus que ficava do lado de fora do castelo. Fazia frio e provavelmente eu parecia patética empoleirada ali, comendo sanduíches, mas eu não ligava. Não conseguia passar o dia inteiro dentro daquela casa.


À tarde, eu colocava um filme — Poncho era sócio de uma locadora de DVDs e chegavam filmes novos pelo correio todos os dias —, mas ele nunca me convidou para assistir a nenhum com ele, então eu costumava ficar na cozinha ou no quarto extra. Passei a levar um livro ou uma revista, mas me sentia estranhamente culpada por não estar trabalhando de verdade, e não conseguia me concentrar nem um pouco nas palavras. De vez em quando, no final do dia, a Sra. Herrera aparecia — embora nunca falasse muita coisa comigo além do “Está tudo bem?”, cuja única resposta aceitável parecia ser “Sim”.


Ela perguntava a Poncho se ele queria alguma coisa, às vezes sugeria algo que ele poderia gostar de fazer no dia seguinte — sair ao ar livre, ou visitar algum amigo que havia perguntado por ele —, e ele quase sempre respondia com desprezo, quando não diretamente com uma grosseria. Ela parecia magoada, corria os dedos por sua correntinha dourada e sumia de novo.
O pai de Poncho, um homem gorducho de aparência gentil, costumava chegar quando eu estava saindo. Era o tipo do sujeito que pode ser visto assistindo a um jogo de críquete usando um chapéu panamá e que, aparentemente, desde que se aposentara de seu emprego bem-remunerado na cidade, supervisionava a administração do castelo. Eu desconfiava de que era como um daqueles ricos fazendeiros que de vez em quando planta alguma coisa ele mesmo, só para “manter a mão na massa”. Ele encerrava o expediente todos os dias às cinco em ponto e vinha ver TV com Poncho. Às vezes, ao sair eu o escutava fazer uma observação sobre alguma coisa do noticiário.


Precisei prestar muita atenção em Poncho Herrera naquelas primeiras semanas. Reparei que ele parecia determinado a não lembrar em nada com o homem que tinha sido; deixara seu cabelo castanho crescer em uma bagunça disforme e a barba por fazer se espalhava sobre o rosto. Seus olhos castanho esverdeados tinham marcas de cansaço, ou do desconforto que ele sentia quase o tempo todo (Christian me disse que ele raramente se sentia bem). Eles levavam o olhar vazio de alguém que está sempre alguns passos afastado do mundo a seu redor. Às vezes, eu me perguntava se aquilo não era um mecanismo de defesa de Poncho, já que a única maneira que encontrou de lidar com sua vida foi fingir que não era com ele que aquelas coisas estavam acontecendo.


Eu gostaria de sentir pena dele. Eu realmente queria. Quando o pegava olhando para fora através da janela, pensava que ele era a pessoa mais triste que eu já conhecera. E, à medida que os dias se passavam e eu notava que sua condição não tinha relação somente com o fato de estar preso naquela cadeira ou com a perda de sua liberdade física, mas por uma série infinita de problemas de saúde, riscos e desconfortos, concluí que, se eu fosse Poncho, provavelmente também me sentiria infeliz.


Mas, meu Deus, ele era horrível comigo. Tinha uma resposta mordaz para tudo o que eu dizia. Se eu queria saber se ele estava bem aquecido, ele retrucava que era suficientemente capaz de me avisar se precisasse de outro cobertor. Se eu perguntava se o aspirador fazia muito barulho


— eu não queria atrapalhar seu filme —, Poncho questionava o porquê daquela pergunta, por acaso eu conseguia fazer o aparelho funcionar em silêncio? Quando eu lhe fazia as refeições, ele reclamava que a comida estava quente demais ou fria demais. Ele possuía a habilidade de distorcer quase todas as minhas palavras ou ações, me fazendo parecer uma idiota.
Nessas duas primeiras semanas, fiquei bastante boa em manter uma expressão totalmente neutra, em dar as costas e me retirar para outro cômodo e em falar com ele o mínimo necessário. Comecei a odiá-lo, e tenho certeza de que ele sabia disso.


Eu não imaginava que fosse possível sentir ainda mais falta do meu antigo emprego. Sentia saudades de Frank e de como ele realmente parecia satisfeito ao me ver quando eu chegava pela manhã. Sentia falta dos clientes, da companhia deles, das conversas fáceis, dos suaves sons de engolir e de coisas sendo mergulhadas em líquidos que pareciam um mar calmo. Aquela casa linda e elegante era vazia e silenciosa como um necrotério. Seis meses, eu repetia mentalmente quando tudo parecia insuportável. Seis meses.


Então, numa quinta-feira, quando eu estava preparando a bebida hipercalórica que Poncho tomava no meio da manhã, ouvi a voz da Sra. Herrera no corredor. Só que, dessa vez, havia outras vozes também. Parei, ainda com o garfo na mão. Identifiquei apenas uma voz feminina, jovem e clara, e outra, masculina.


A Sra. Herrera surgiu na porta da cozinha e tentei parecer ocupada, batendo rápido o suco no copo especial de Poncho.


- Misturou na proporção de seis partes de água para quatro de leite? — ela perguntou, observando atentamente a bebida.


- Sim. É o de morango.


- Os amigos de Poncho vieram visitá-lo. Seria melhor se você…


- Tenho várias coisas para fazer aqui — falei.


Na verdade, estava um tanto aliviada por ter sido dispensada de sua companhia durante mais ou menos uma hora.


- As visitas gostariam de um chá ou café? Ela ficou quase surpresa.


- Sim, seria muito simpático. Café. Acho que vou…


Ela parecia ainda mais tensa que o normal, seu olhar disparando em direção ao corredor, de onde podíamos escutar o murmúrio de vozes. Supus que Poncho não recebia muitas visitas.


- Eu acho… vou deixá-los conversar. — Deu uma olhadela para o corredor, seus pensamentos pareciam estar longe. — Christopher. É Christopher, um velho amigo do trabalho — disse ela, virando-se de súbito para mim.


Tive o pressentimento de que aquele era de certa forma um momento significativo e que ela queria dividir a notícia com alguém, mesmo que fosse comigo.


- E Dulce. Poncho e ela foram… muitos próximos… por algum tempo. Café seria adorável. Obrigada, Srta. Portilla.




  BOM AMORES POR HJ É SÓ .....O QUE SERA QUE VAI ACONTECER NESSA VISITA??


SE TIVER BASTANTE COMENTARIOS EU FAÇO MARATONA NA PROXIMA VEZ QUE POSTAR 


BEIJOS E COMENTEM



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AMORES NÃO VOU RESPONDER OS COMENTARIOS HJ...MAS AI VAI A MARATONA Q EU TINHA FALADO *-*       * * *   Hesitei por um instante antes de abrir a porta, empurrando-a com o quadril de modo a conseguir equilibrar a bandeja que estava em minhas mãos. - A Sra. Herrera disse que gostariam de um café — falei ao entrar, colocand ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 121



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  • milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40

    Não entendi o final :(

  • franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42

    Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36

    ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54

    ;( quando vc vai postar mais??????

  • franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36

    VC NAO MUDOU O FINAL????????

  • Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17

    Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?

  • hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31

    Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva

  • Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58

    AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????

  • franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49

    Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(


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