Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso
- Mila Puente Herrera: Filhaaaaaa \0/ se não aparecesse ia apanhar u.u hahaha Dulce vc vai odiar ela ainda hahahaha
- carol.aya: Scarr sua linda *-* bem vinda, vai ser diva prepare os lencinhos hahah
- Mikaella Borges: mikaa bem vinda *-*
- hallady_lais: haha postado querida *-*
- Belle_:ebaaaa a primeira a chegar \0/ postando *-*
2009
São cento e cinquenta e oito passos entre o ponto de ônibus e minha casa, mas é possível esticar esse número para cento e oitenta se você não estiver com pressa, ou, por exemplo, se estiver usando sapatos de plataforma. Ou se estiver com os sapatos que você comprou num brechó e que possuem borboletas nos dedos e nunca ficam bem presos nos calcanhares, o que explica por que custaram a pechincha de uma libra e noventa e nove centavos. Virei a esquina na nossa rua (sessenta e oito passos) e logo pude ver a casa — uma casa geminada de quatro quartos numa sequência de outras casas geminadas de três e quatro quartos. O carro de papai estava do lado de fora, o que significava que ele ainda não tinha ido para o trabalho.
Às minhas costas, o sol se punha atrás do castelo Stortfold, sua sombra escura escorrendo pela colina feito cera derretida para me engolir. Quando eu era pequena, costumávamos fazer com que nossas sombras alongadas participassem de tiroteios, nossa rua era o O.K. Corral. Em outro dia, eu poderia contar tudo o que vivi nessa rua: onde papai me ensinou a andar de bicicleta sem rodinhas; onde a Sra. Doherty, com sua peruca torta, fazia bolos galeses para nós; onde Treena, aos onze anos, prendeu a mão numa cerca viva e perturbou um ninho de vespas nos fazendo correr aos gritos por todo o trajeto até o castelo.
O triciclo de Thomas estava jogado no meio do caminho e, ao fechar o portão atrás de mim, eu o arrastei até a entrada e abri a porta. O calor me atingiu com a força de um air bag. Mamãe é torturada pelo frio e mantém a calefação ligada o ano inteiro. Papai está sempre abrindo janelas, reclamando que ela vai nos levar à falência. Ele diz que nossa conta de luz é maior que o PIB de um pequeno país africano.
- É você, querida?
- Sou eu. — Pendurei minha jaqueta no gancho, lutando para conseguir um espaço no meio das outras.
- Eu quem? Any? Treena?
- Any.
Da porta da sala, olhei ao redor. Papai estava de bruços no sofá, o braço enfiado entre as almofadas, como se elas estivessem tentando engoli-lo. Thomas, meu sobrinho de cinco anos, o observava atentamente logo atrás.
- Lego. — Papai virou-se para mim, o rosto vermelho devido ao esforço.
- Não sei por que eles fazem as malditas peças tão pequenas. Você viu o braço esquerdo de Obi-Wan Kenobi?
- Estava em cima do aparelho de DVD. Acho que ele trocou o braço do Obi pelo do Indiana Jones.
- Bom, aparentemente Obi não pode ter braços bege agora. Temos de achar os braços pretos.
- Eu não me preocuparia. Darth Vader não arranca o braço dele no segundo episódio? — Apontei para minha bochecha para Thomas dar um beijo. — Cadê a mamãe?
- No andar de cima. Veja o que eu achei! Uma moeda!
Olhei para cima bem a tempo de escutar o conhecido ranger da tábua de passar. Josie Portilla, minha mãe, jamais se senta. É uma questão de honra. Era conhecida por ficar numa escada do lado de fora pintando as janelas, parando de vez em quando para acenar, enquanto o restante de nós jantava rosbife.
- Você pode achar o bendito braço para mim? Thomas está me obrigando a procurar por isso há meia hora e preciso me arrumar para o trabalho.
- Você está no turno da noite?
- Sim. São cinco e meia. Dei uma olhada no relógio.
- Na verdade, são quatro e meia.
Ele retirou o braço de baixo das almofadas e estreitou os olhos para conferir o relógio de pulso.
- E o que você está fazendo em casa tão cedo?
Balancei a cabeça vagamente, como se não tivesse entendido a pergunta direito, e entrei na cozinha.
Vovô estava sentado na cadeira ao lado da janela, completando um sudoku. O assistente social nos tinha dito que o jogo seria bom para melhorar a concentração dele, que ajudaria nisso depois dos derrames. Desconfio de que eu era a única a perceber que ele apenas preenchia os quadradinhos com o primeiro número que lhe viesse à cabeça.
- Oi, vovô.
Ele me olhou e sorriu.
- Quer uma xícara de chá?
Ele balançou a cabeça e abriu um pouco a boca.
- Uma bebida gelada? Ele anuiu.
Abri a porta da geladeira.
- Não tem suco de maçã. — Disse, e então me lembrei de que suco de maçã era muito caro.— Quer um pouco de Ribena?
Ele balançou a cabeça.
- Água?
Ele fez que sim e murmurou alguma coisa que poderia ser um obrigado quando lhe entreguei o copo.
Minha mãe entrou na cozinha carregando um enorme cesto de roupas lavadas e cuidadosamente dobradas.
- São suas? — perguntou, exibindo ostensivamente um par de meias.
- São de Treena, eu acho.
- Também pensei que fossem dela. Cor estranha. Devem ter ficado junto com o pijama cor de ameixa do seu pai. Você chegou cedo. Vai a algum lugar?
- Não. — Enchi um copo com água da torneira e bebi.
- Manuel vem aqui mais tarde? Ele ligou para cá de manhã. Você desligou seu celular?
- Hum.
- Ele falou que está tentando marcar as férias de vocês. Seu pai disse que ele viu alguma coisa sobre isso na TV. Vocês querem ir para onde? Ipsos? Calipso?
- Skiathos.
- É, isso. Você precisa verificar o hotel com muito cuidado. Faça isso pela internet. Ele e seu pai viram algo no noticiário da hora do almoço. Parece que estão fazendo uns sites, oferecendo pacotes pela metade do preço, e você só fica sabendo quando chega lá. Papai, quer uma xícara de chá? Any não ofereceu uma para você? — Ela colocou a chaleira com água para esquentar e olhou para mim. Finalmente deve ter percebido que eu não disse nada. — Você está bem, querida? Está tão pálida.
Colocou a mão na minha testa como se eu tivesse bem menos que meus vinte e seis anos.
- Acho que não vamos tirar férias.
A mão da minha mãe ficou imóvel. O olhar dela tinha aquela coisa meio raio x desde quando eu era criança.
- Você e Manuel estão com algum problema?
- Mãe, eu…
- Não estou querendo me intrometer. É que vocês estão juntos há tanto tempo. É muito natural que as coisas se compliquem de vez em quando. Quer dizer, eu e seu pai, nós…
- Fui demitida.
Minha voz cortou o silêncio. As palavras ficaram ali, no ar, esmorecendo na pequena cozinha por muito tempo após o som ter sumido.
- Você o quê?
- Frank vai fechar o café. Amanhã. — Estendi a mão com o envelope meio molhado que, em estado de choque, eu havia apertado ao longo de todo o trajeto para casa. Todos os cento e oitenta passos desde o ponto de ônibus. — Ele pagou os três meses do seguro.
Autor(a): day
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* * * O dia tinha começado como outro qualquer. Todo mundo que eu conhecia detestava manhãs de segunda-feira, mas eu nunca me incomodei. Gostava de chegar cedo ao The Buttered Bun, ligar a enorme máquina de chá, trazer os caixotes de leite e pão do depósito e conversar com Frank enquanto nos preparávamos para abrir. Gostava ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40
Não entendi o final :(
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franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42
Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36
;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54
;( quando vc vai postar mais??????
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36
VC NAO MUDOU O FINAL????????
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Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17
Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31
Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva
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Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58
AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????
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franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49
Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(