Fanfic: Como eu era antes de você adaptada AyA/ Ponny | Tema: anahi e alfonso
Christian entrou quando eu estava terminando com os pratos.
- Ele está de bom humor — disse, quando lhe entreguei uma caneca de chá.
- Está? — Eu estava comendo meus sanduíches na cozinha. Estava muito frio lá fora e de algum modo a casa não parecia tão hostil nos últimos tempos.
- Ele disse que você está querendo envenená-lo. Mas disse… você sabe… de um jeito legal.
Fiquei estranhamente satisfeita com a notícia.
- É… bom… — disse eu, tentando esconder o que eu sentia — preciso de tempo.
- Ele também tem falado um pouco mais. Havia semanas em que mal dizia uma palavra, mas nos últimos dias ele anda definitivamente mais a fim de conversar.
Pensei em Poncho dizendo que, se eu não parasse com aquela porcaria de assovio, ele teria de me despedir.
- Acho que a noção de conversa dele é pouco diferente da minha.
- Bom, nós conversamos um pouco sobre críquete. E vou lhe dizer…. — Christian baixou a voz — Há mais ou menos uma semana, a Sra. H. perguntou se eu achava que você estava indo bem. Eu disse que achava você muito profissional, mas eu sabia que não era isso que ela queria saber. Então, ontem ela me disse que tinha ouvido vocês dois rindo.
Lembrei da tarde anterior.
- Ele estava rindo de mim — expliquei.
Poncho tinha achado muito engraçado que eu não soubesse o que era pesto. Eu disse que o jantar seria “macarrão com molho verde”.
- Ah, ela não se importa com isso. É que há muito tempo ele não ri de alguma coisa.
Era verdade. Parecia que Poncho e eu tínhamos encontrado um jeito mais simples de conviver. O que girava em torno, principalmente, de ele ser rude comigo e de eu, de vez em quando, devolver a grosseria. Poncho dizia que eu tinha feito algo errado e eu perguntava se aquilo era da conta dele, então ele falava de maneira educada. Ele me xingava, ou dizia que eu era um pé no saco, e eu respondia que ele poderia tentar ficar sem aquele pé no saco específico. Era meio exagerado, mas parecia funcionar para ambos os lados. Às vezes, parecia até um alívio para ele que houvesse alguém preparado para tratá-lo mal, contradizê-lo ou alertá-lo para o fato de que estava sendo desagradável. Eu tinha a sensação de que, desde o acidente, todo mundo andava na ponta dos pés ao redor dele, exceto talvez Christian, a quem Poncho parecia tratar com um respeito maquinal e que provavelmente não se incomodaria de todo modo com nenhum dos comentários afiados de Poncho. Christian era um veículo blindado em forma de homem.
- Você deve procurar continuar sendo o alvo das piadas dele, certo? Coloquei minha caneca na pia.
- Acho que isso não será um problema.
A outra grande mudança, além das condições atmosféricas no interior da casa, era que Poncho não pedia para ficar sozinho tanto quanto antes, e em algumas tardes até me perguntava se eu queria ficar e assistir a um filme com ele. Não me incomodei muito quando foi a vez de O exterminador do futuro — embora eu já tivesse assistido a todos os filmes da série —, mas quando ele me mostrou o filme francês legendado, dei uma rápida olhada na capa e disse que achava que eu preferia deixar passar aquele.
- Por quê? Dei de ombros.
- Não gosto de filme legendado.
- É o mesmo que não gostar de filmes com atores. Não seja ridícula. Do que você não gosta?De precisar ler ao mesmo tempo que vê alguma coisa?
- Eu só não gosto mesmo de filme estrangeiro.
- Qualquer filme que não se enquadre no festival de cinema local é estrangeiro. Você acha que Hollywood é um subúrbio de Birmingham?
- Muito engraçado.
Ele não acreditou quando eu admiti que nunca tinha visto um filme legendado. Mas meus pais costumavam monopolizar o controle remoto à noite e era tão plausível que Manuel assistisse a um filme estrangeiro quanto seria sugerir que nós nos matricularíamos em aulas noturnas de crochê. O multiplex na cidade mais próxima da nossa só passava os últimos filmes de tiroteio ou comédias românticas e ficava tão lotado de crianças encapuzadas perturbando durante a sessão que a maioria das pessoas que moravam perto da cidade nem se dava o trabalho de ir ao cinema.
- Você precisa assistir a esse filme, Anahi. Na verdade, isso é uma ordem.
- Poncho moveu sua cadeira de rodas para trás e fez sinal com a cabeça em direção à poltrona. — Ali. Sente-se ali. Não se mexa até que termine. Nunca assistiu a um filme estrangeiro! Pelo amor de Deus — resmungou ele.
Autor(a): day
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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milaaya16 Postado em 08/12/2017 - 20:36:40
Não entendi o final :(
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franmarmentini♥ Postado em 24/07/2016 - 01:43:42
Continua por favor....toda vez q leio esse final.morro de tanto soluçar.... Queria tanto eles juntos ;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:49:36
;(
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franmarmentini♥ Postado em 06/06/2016 - 15:29:54
;( quando vc vai postar mais??????
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franmarmentini♥ Postado em 09/05/2016 - 09:57:36
VC NAO MUDOU O FINAL????????
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Beca Postado em 19/04/2016 - 09:36:55
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:03:17
Onde está a porta da licença poética? Pq vc não mudou esse final?
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hadassa04 Postado em 18/04/2016 - 23:02:31
Day nunca terminei de ler uma fic sua com tanta raiva
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Mila Puente Herrera ® Postado em 15/02/2016 - 19:54:58
AI MDS MORTAAAAAAA AQUI :O DESIDRATADA DE TANTAS LÁGRIMAS OQ FO ESSE FIM????
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franmarmentini♥ Postado em 24/01/2016 - 23:47:49
Day pelo amor de deus...vc não deixa ele morrer....Plis... Cadê a noite de amor deles????? ;(